Presa sem saída
img img Presa sem saída img Capítulo 2 Confusa
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Capítulo 6 Uma noite de enredos e desenfreio img
Capítulo 7 Ilusões quebradas img
Capítulo 8 Verdades e consequências cruéis img
Capítulo 9 Aliados e inimigos img
Capítulo 10 Uma luz no escuro img
Capítulo 11 Um novo começo img
Capítulo 12 Um visitante indesejado img
Capítulo 13 Trégua efêmera img
Capítulo 14 Pai e filho img
Capítulo 15 Obsesión img
Capítulo 16 Conquistando ela img
Capítulo 17 Humilhado novamente img
Capítulo 18 Evento triste img
Capítulo 19 O último adeus img
Capítulo 20 A herdeira img
Capítulo 21 Cartas do avô Ivanov img
Capítulo 22 Parentes estranhos img
Capítulo 23 Encontro indesejável img
Capítulo 24 Dúvida perturbadora img
Capítulo 25 Assombrado por seus erros img
Capítulo 26 Tomando o controle img
Capítulo 27 Confrontando a harpia img
Capítulo 28 A Revelação da Harpia img
Capítulo 29 Enfrentando a realidade img
Capítulo 30 Sobre meu cadáver img
Capítulo 31 Uma chamada inesperada img
Capítulo 32 Entre máscaras e mentiras img
Capítulo 33 Tudo para seu filho img
Capítulo 34 Um vínculo inquebrável img
Capítulo 35 A verdadeira face de Viktor img
Capítulo 36 Noite de gala img
Capítulo 37 Comportamento errático img
Capítulo 38 O culpado de tudo img
Capítulo 39 Confronto img
Capítulo 40 Monstro img
Capítulo 41 Disposto a protegê-los img
Capítulo 42 Assustado img
Capítulo 43 Sem saída img
Capítulo 44 Presa img
Capítulo 45 Tarde demais img
Capítulo 46 Noite de núpcias img
Capítulo 47 Novamente com seu filho img
Capítulo 48 Agradando o monstro img
Capítulo 49 Cativo do terror img
Capítulo 50 Split Personality img
Capítulo 51 Reunião furtiva img
Capítulo 52 Encurralada. img
Capítulo 53 O clube img
Capítulo 54 As esposas de seus parceiros img
Capítulo 55 Descarado e cruel img
Capítulo 56 Fingindo img
Capítulo 57 Duradouro img
Capítulo 58 Aparências img
Capítulo 59 Furioso img
Capítulo 60 Louco img
Capítulo 61 Na armadilha img
Capítulo 62 Confrontado img
Capítulo 63 Fora de controle img
Capítulo 64 Cego img
Capítulo 65 Determinado a recuperar img
Capítulo 66 Afirmando img
Capítulo 67 Vida sem Viktor img
Capítulo 68 Tragédia img
Capítulo 69 Incerteza img
Capítulo 70 Uma calorosa recepção img
Capítulo 71 Convidados especiais img
Capítulo 72 Treinamento simples img
Capítulo 73 Loucura total img
Capítulo 74 Um acordo entre homens img
Capítulo 75 O fim da batalha img
Capítulo 76 Final img
Capítulo 77 Epílogo img
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Capítulo 2 Confusa

O jantar familiar na mansão Ivanov estava em pleno andamento. Anya se sentou ao lado de seu avô Vladimir, tentando manter um sorriso educado enquanto por dentro se sentia desmoronando. A traição de Misha e Katya ainda queimava em seu coração como ácido.

De repente, as portas da sala de jantar se abriram e duas figuras entraram. Anya se enrijeceu ao reconhecê-los. Eram Misha e Katya.

"Lamentamos chegar tarde," disse Misha, sua voz suave como seda, "tivemos um pequeno contratempo."

Katya soltou uma risadinha, seus olhos brilhavam com malícia.

"Sim, um contratempo."

Anya apertou os punhos sob a mesa, lutando contra o impulso de saltar e arrancar os olhos de sua prima. Como se atreviam a vir aqui, à sua casa, depois do que tinham feito?

Mas não podia fazer uma cena. Não com seu avô e toda a família presente. Assim, forçou um sorriso e se levantou para cumprimentá-los, como ditavam as normas de etiqueta.

"Katya, querida," disse com falsa doçura, beijando o ar junto às bochechas de sua prima, "que surpresa vê-la aqui."

Katya retribuiu o gesto, seus lábios roçando a pele de Anya em uma carícia zombeteira.

"Surpresa? Mas somos família, Anya. Onde mais eu poderia estar?"

O duplo sentido de suas palavras não passou despercebido por Anya. Ela apertou os dentes, mas manteve o sorriso.

"Misha," cumprimentou friamente, evitando olhá-lo nos olhos, "bem-vindo."

Misha pegou sua mão e a beijou, seu polegar acariciando sua pele em um gesto íntimo.

"Anya, meu amor, você está tão linda como sempre."

Anya retirou sua mão bruscamente, como se seu toque queimasse. Sentia-se suja, contaminada por sua presença.

Mas antes que pudesse responder, seu avô falou.

"Misha, rapaz! Venha, sente-se ao meu lado. Temos muito o que falar sobre seu futuro na empresa," o avô não tinha ideia sobre o que Misha havia feito com sua neta.

Misha dedicou a Anya um sorriso triunfante antes de obedecer. Katya, por sua vez, sentou-se em frente a Anya, enquanto seus olhos permaneciam fixos em sua prima.

Durante todo o jantar, Anya teve que suportar os olhares cúmplices entre Misha e Katya, suas risadinhas secretas, era uma tortura, um lembrete constante de sua traição.

Mas o pior foi quando Katya se inclinou sobre a mesa, seu decote revelou mais do que o apropriado, e sussurrou em um tom meloso:

"Anya, querida, você precisa provar esta sobremesa, está divina. Embora claro, não tão divina quanto outras... sobremesas que provei recentemente."

Anya sentiu náuseas diante da insinuação. Sabia exatamente a que "sobremesa" Katya se referia. A imagem dela e de Misha juntos, seus corpos nus e entrelaçados, a perseguia como um fantasma.

Mas não podia se desmoronar. Não lhes daria essa satisfação. Então esboçou um sorriso tenso e respondeu:

"Obrigada, Katya, mas acho que passo. Perdi o apetite."

O sorriso de Katya se alargou, seus olhos brilhando com cruel satisfação.

"Mesmo? Que pena. Mas bem, mais para mim então. Nunca me canso dos... doces prazeres da vida."

Anya apertou sua taça com tanta força que temeu que se quebrasse. A raiva e a humilhação queimavam em sua garganta como bile.

Como Katya podia ser tão cruel? E como Misha podia sentar-se ali, sorrindo e conversando com seu avô, como se não tivesse destruído seu coração?

Depois do jantar, Anya pediu para falar com seu avô Vladimir em particular. Uma vez em seu escritório, longe de ouvidos indiscretos, Anya desmoronou.

"Vovô, tenho que te dizer algo," disse com voz trêmula, as lágrimas ardendo em seus olhos, "é sobre Misha e Katya."

Vladimir franziu o cenho, preocupado com o estado de sua neta.

"O que foi, Anya? O que aqueles dois fizeram?"

Entre soluços entrecortados, Anya contou tudo. A traição, o engano, como os encontrou juntos em sua própria cama. Quando terminou, estava tremendo de raiva e dor.

O rosto de Vladimir ficou vermelho de ira. Ele se levantou bruscamente, batendo na sua mesa com um punho.

"Como se atrevem?" rugiu. "Aqueles malditos ingratos! Depois de tudo que fizemos por eles, é assim que nos pagam?"

Anya se encolheu diante da fúria de seu avô. Nunca o tinha visto tão bravo.

"Vou jogá-los na rua," sibilou Vladimir, "nunca mais colocarão os pés nesta casa, nem se aproximarão de você. Juro pela minha vida."

Mas Anya balançou a cabeça.

"Não, vovô, não quero mais escândalos. Já tive humilhação suficiente."

Vladimir a olhou com tristeza, tentando dissipar sua ira.

"Oh, minha menina, você não merece isso. Merece ser feliz, ser amada e respeitada."

Anya esboçou um sorriso triste, enquanto as lágrimas em seus olhos continuavam ameaçando traí-la.

"Obrigada, vovô. Mas agora, só quero esquecer. Seguir em frente com minha vida."

Vladimir suspirou, passando uma mão por sua barba grisalha. De repente, seus olhos se iluminaram com uma ideia.

"Anya, você se lembra do meu velho amigo Anatoly Petrov?"

Anya assentiu, lembrava-se claramente dele, era um magnata do petróleo, tão rico e poderoso quanto seu próprio avô.

"Bem, acontece que o neto dele, Alexei, está em idade de se casar," continuou Vladimir, "e Anatoly e eu sempre sonhamos em unir nossas famílias."

Anya piscou, confusa.

"O que você está dizendo, vovô?"

"Estou dizendo que talvez seja hora de você conhecer Alexei," Vladimir tomou suas mãos nas dele, "sei que é repentino, mas pense nisso. Um casamento com os Petrova nos daria ainda mais poder e influência. E Alexei é um bom homem, Anya, ele é forte, inteligente e determinado. Sei que ele a trataria como a rainha que você é."

Anya mordeu o lábio. Casar-se com um desconhecido? Parecia insano. Mas ao mesmo tempo... talvez fosse exatamente o que ela precisava. Um novo começo, longe das lembranças e da dor.

"Alexei tem vivido no exterior por anos, por isso não se conhecem," acrescentou Vladimir, como se lesse seus pensamentos, "mas tenho certeza de que se darão bem. E se não... bem, sempre podem se divorciar. Mas pelo menos terão tentado."

Anya respirou fundo, era uma loucura. Uma completa e absoluta loucura.

Mas também era uma oportunidade. De começar do zero, de se reconstruir longe da sombra de Misha e Katya.

"Vovô, não acho que casar-me com alguém que não conheço seja uma boa ideia."

"Não me responda agora, pense com calma, depois me diga qual é sua resposta."

Anya saiu de lá confusa, eram muitos eventos para processar em tão pouco tempo. Assim que ela se afastou, Vladimir pegou o telefone para ligar para seu amigo.

Dias depois, na mansão Petrov, o poderoso magnata Anatoly Petrov enfrentava seu neto rebelde Alexei.

"Como se atreve a desobedecer minhas ordens? Seu dever é casar-se com a neta do meu amigo e sócio para assegurar o futuro do nosso império," rugiu Anatoly, seu rosto vermelho de ira.

Alexei soltou uma risada desdenhosa.

"Meu dever? Desculpe, vovô, mas não sou um peão no seu jogo de xadrez. Não vou me casar com uma mulher que não conheço só para satisfazer suas ambições."

O tapa ressoou no escritório. Alexei levou a mão à bochecha, seus olhos verdes ardiam de fúria.

"Cuide sua língua, rapaz insolente," sibilou Anatoly, "fará o que eu mandar, ou arque com as consequências. Quer que seu primo Nikolai fique com tudo?"

Alexei apertou os punhos, a menção de seu odiado primo era um golpe baixo. Nikolai sempre havia cobiçado sua posição como herdeiro e faria qualquer coisa para tirá-lo do caminho, além de ter se atrevido a fazer algo que jamais poderia perdoar.

"Não meta aquele bastardo nisso," rosnou Alexei.

"Então seja homem e cumpra seu dever," Anatoly serviu-se um copo de vodka e o bebeu de uma vez só, "o casamento será em um mês. E é melhor que ponha seu melhor sorriso e se comporte como o cavalheiro que supostamente é."

Alexei apertou a mandíbula, sua mente trabalhava a mil por hora. Sabia que não tinha escolha, mas isso não significava que facilitaria para sua noiva misteriosa.

"Bem, vou me casar com ela," concedeu finalmente, "mas tenho minhas condições. Quero um acordo pré-nupcial a meu favor, e me reservo o direito de adicionar as cláusulas que considerar necessárias."

Anatoly estreitou os olhos. "O que você está tramando, Alexei?"

"Nada que te interesse, vovô," Alexei sorriu com malícia, "só digamos que essa mulher desejará nunca ter aceitado este casamento," disse para si mesmo.

Enquanto isso, em seu apartamento, Anya se olhava no espelho com lágrimas nos olhos. Seu reflexo lhe devolvia a imagem de uma mulher destroçada, traída por aqueles em quem mais confiava.

"Como puderam fazer isso comigo?" sussurrou, tocando o vidro frio.

O toque da campainha a sobressaltou. Com o coração acelerado, aproximou-se para olhar pelo olho mágico. Ao ver quem era, abriu a porta de repente, a fúria renovada ardendo em suas veias.

"O que diabos está fazendo aqui, Misha?" disparou.

Seu ex-namorado, com um buquê de rosas na mão, lhe dedicou um sorriso suplicante.

"Anya, meu amor, por favor, deixe-me explicar..."

"Não me chame assim!" Anya arrancou as flores e as jogou no chão, "você perdeu o direito de me chamar assim quando decidiu se envolver com minha prima quando bem entendia."

Misha empalideceu. "Foi um erro, uma estupidez do momento, mas quem eu amo é você, sempre foi você."

"Poupe-me das mentiras," Anya cruzou os braços, contendo-se para não esbofeteá-lo, "o nosso acabou, não quero vê-lo nunca mais."

"Anya, por favor..." Misha tentou segurá-la pelo braço, mas ela se afastou bruscamente.

"Eu disse para ir embora! Antes que eu chame a segurança," ameaçou.

Misha apertou os lábios, uma veia pulsava em sua testa.

"Isto não vai ficar assim, Anya, você me pertence. E cedo ou tarde voltará para mim, nem que eu tenha que obrigá-la."

Com essa ameaça velada, Misha se virou e foi embora, deixando Anya tremendo de raiva.

            
            

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