A Noiva Forçada do CEO
img img A Noiva Forçada do CEO img Capítulo 2 A cobrança
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Capítulo 6 Jogadores img
Capítulo 7 Mulher certa img
Capítulo 8 Primeiro empréstimo img
Capítulo 9 Castello della Lussuria img
Capítulo 10 Contêiner img
Capítulo 11 Eu sou a esposa img
Capítulo 12 Todos os cadeados img
Capítulo 13 Eu vou cair img
Capítulo 14 Casa dos Maziero img
Capítulo 15 Caminhando para a forca img
Capítulo 16 Cabelos macios img
Capítulo 17 Black Magic img
Capítulo 18 O sofá da estufa img
Capítulo 19 Bisbilhoteira img
Capítulo 20 Sem brigas img
Capítulo 21 Novo sócio img
Capítulo 22 Presente na cozinha img
Capítulo 23 Uma Família para Isabella img
Capítulo 24 Estou ansiosa img
Capítulo 25 Uma cadeira e um espelho img
Capítulo 26 Coração invadido img
Capítulo 27 Minha esposa e minha filha img
Capítulo 28 Vestido de princesa img
Capítulo 29 Faça amor comigo img
Capítulo 30 Marcos, não vá img
Capítulo 31 Será que é amor img
Capítulo 32 Quebrando a bolha img
Capítulo 33 Será que fui enganado img
Capítulo 34 A ladra img
Capítulo 35 Um Mafioso rendido img
Capítulo 36 Precisava fazer algo img
Capítulo 37 Sem palavras img
Capítulo 38 Sofia Rossi img
Capítulo 39 Uma viagem para o Brasil img
Capítulo 40 Um hotel e um sequestro img
Capítulo 41 O chefe veio te ver img
Capítulo 42 Uma voz conhecida img
Capítulo 43 Devolva o que é meu img
Capítulo 44 Vento Fresco img
Capítulo 45 Lobo mau da história img
Capítulo 46 Inalcançável img
Capítulo 47 O tunel img
Capítulo 48 As pessoas ali img
Capítulo 49 Em fuga img
Capítulo 50 De volta ao amor img
Capítulo 51 Uma ilha para nós img
Capítulo 52 Amor img
Capítulo 53 Os Ferrari img
Capítulo 54 Me devolva img
Capítulo 55 Venha até aqui img
Capítulo 56 Revelações img
Capítulo 57 A verdade img
Capítulo 58 Montenegro img
Capítulo 59 Por que você fez isso img
Capítulo 60 Isabella, eu te amo img
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Capítulo 2 A cobrança

Marcos Rossi

Aquela garota era a imagem viva de Paola, que Deus a mantenha bem longe de nós. Já a irmã, esta possuía uma aura intrigante que ele ainda não conseguia desvendar. Naquele momento, ela estava em seu carro, olhando pela janela perdida em pensamentos. O destino, às vezes, era irônico, colocando as pessoas certas bem na sua frente. Ele se sentia um homem de sorte.

Primeiro, ele não deixaria aquela gracinha sozinha. No cemitério, ouviu o tio dela sendo bem categórico: eles a chantageariam e fariam a mesma merda que fizeram com Paola. Seu coração acelerou ao lembrar das palavras frias e calculistas daquele homem sem escrúpulos. Ele precisava agir. Marcos Rossi tinha um objetivo em mente e aquela garota agora fazia parte de seus planos.

Ela estava molhada, a pele branca e arrepiada, encharcando o assento de couro do carro. Mas ele não se importava, se pudesse lamberia cada gota que estava escorrendo de seu corpo. Seria por uma boa causa. Mal sabia ela o que estava por vir. Ele sorriu. Os olhos inquietos não paravam de observar o entorno, e ele se perguntava quanto tempo demoraria até que ela percebesse a realidade da situação. Que ela não estava indo para um ponto de ônibus.

A estrada escura parecia interminável. O motor do carro roncava, um som grave que se misturava com o barulho incessante da chuva. A voz dela, uma mistura de desespero e determinação, ecoava no interior do veículo enquanto tentava, em vão, abrir a porta trancada. Ele já havia dito para ela se tranquilizar, e Marcos achou que ela tinha entendido.

Quando finalmente chegaram ao portão grande e imponente da mansão, seus homens já estavam a postos, abrindo a passagem. Ele entrou, seguindo pela estrada ladeada de árvores antigas, cujas sombras dançavam sob a luz dos farois e um balé das gotas da chuva deixavam tudo mais sombrio.

O chafariz ao centro do pátio surgiu imponente, uma herança de seu avô que sempre dizia que quem tivesse um chafariz na entrada de casa teria o mundo a seus pés. Era como se Marcos ouvisse a voz do avô. Ele nunca deu muita importância a isso, mas agora parecia fazer sentido.

Ele saiu do carro e abriu a porta para ela. Assim que a mulher sentiu a liberdade, correu em direção ao portão com todas as suas forças. Seus pés batiam rítmicos no chão molhado, e o som parecia ecoar em sua mente.

- Sério que você vai tentar fugir? - Sua voz saiu firme, mas com um toque de ironia. Ele respirou fundo e começou a persegui-la. Cada passo que dava aumentava a tensão no ar, enquanto a chuva caía pesadamente, quase como uma cortina entre eles. A adrenalina corria em suas veias, e ele sabia que, naquele jogo de gato e rato, ele tinha a vantagem.

Ela sabia que não iria conseguir sair dali. Por que essa louca estava correndo, então? O desespero parecia alimentar seus passos. Quando ela viu os homens no portão, a mulher desviou, correndo pelo jardim da mansão, transformando aquilo em uma verdadeira caçada. E Marcos gostava de caçar, mas não na chuva e no barro.

Ele correu atrás dela, mas a mulher era uma atleta nata, cada passada uma demonstração de agilidade e resistência. O chão de barro dificultava a corrida, tornando cada passo um desafio. Marcos escorregou e ela conseguiu uma distância.

- Vamos parar com isso aqui, está chovendo e frio - ele gritou, a voz se misturando com o som da chuva pesada.

- Vá a merda, me deixa sair daqui - ela retrucou, a voz carregada de fúria e medo.

Ela correu até o chafariz, as gotas de chuva explodindo na água e no mármore, criando um cenário caótico. Ela girava ao redor do chafariz, tentando despistá-lo, mas ele já estava farto daquele jogo. Com um movimento decidido, ele a alcançou. Pegou-a pela cintura e a jogou sobre o ombro, sentindo o corpo dela tenso e a respiração ofegante.

- Não faça isso, seu... - ela começou, mas foi interrompida por um tapa firme no bumbum.

- Não fuja novamente - ele ordenou, a voz firme e autoritária.

Ele correu pelos corredores da mansão, manchando o mármore. Chegando ao escritório, ele a colocou no chão com um pouco mais de cuidado. Ela estava com a calça cheia de barro e a camiseta branca grudada ao corpo, delineando suas formas. A mochila dela, provavelmente, tinha caído em algum momento durante a tentativa de fuga. Ele a observou, seus olhos duros.

- Nunca mais faça isso. Nunca mais fuja, garota - ele disse, a voz baixa e carregada de ameaça.

- É melhor você me deixar ou alguém virá atrás de mim, e as coisas não vão ficar boas para você - ela retrucou, tentando manter a coragem.

Ele deu uma risada seca, cheia de desdém.

- As coisas não vão ficar boas para você, querida.

Ele jogou um envelope sobre a mesa, o nome "Paola Maziero" escrito nele. O que poderia haver ali dentro? O ar no escritório ficou pesado, carregado de mistério e tensão. Ela olhou para o envelope, o coração batendo acelerado, enquanto tentava decifrar o que aquilo significava. O que ele sabia? E até onde iria para proteger seus segredos?

- O que tem neste envelope?

- Abra e veja você mesmo.

Ela foi até perto da mesa de mogno escuro e sentou-se na poltrona em frente à mesa. O envelope amarelo estava em suas mãos trêmulas enquanto ela o abria. Os papéis foram tirados de lá de dentro, e a mulher observava cada um deles, seu rosto mostrando confusão e crescente desespero.

- O que é isso aqui? - ela perguntou, a voz trêmula.

- Pensei que você fosse mais inteligente - Marcos respondeu, um sorriso de superioridade brincando em seus lábios.

- Há quanto tempo Paola tem pegado dinheiro emprestado?

- Sua irmã gostava de gastar. Deve ter puxado isso da sua mãe e do seu tio. Sabe, tenho pena da sua priminha, tão jovem e prestes a ficar na rua - ele debochou - Sua família deve muito dinheiro para mim, e chegou a hora de cobrar.

- Você vai cobrar dívidas da minha irmã que morreu? - ela perguntou, incrédula.

- Vou sim. E cobrarei de você.

As palavras dele caíram como um peso sobre ela. Sentiu-se impotente diante da ameaça velada, da crueldade disfarçada sob a máscara de um sorriso gélido. Seu coração acelerou, as mãos tremendo enquanto segurava os papéis que agora revelavam um lado obscuro da história de sua irmã. O que mais ele saberia? Até onde ele iria para garantir que pagasse pelas dívidas de Paola?

O silêncio no escritório era opressivo, apenas quebrado pelo som da chuva lá fora. Ela olhou para ele, os olhos cheios de uma mistura de medo e raiva.

- E se eu não puder pagar? - ela sussurrou, a voz mal conseguindo sair.

Ele se aproximou dela, tão perto que ela podia sentir seu hálito frio.

- Então, minha querida, você terá que encontrar uma maneira.

            
            

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