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Mais tarde naquele dia, durante o intervalo, Lara decidiu explorar a escola por conta própria. Ela acabou na pequena biblioteca, que estava quase vazia, exceto por uma figura familiar sentada em uma mesa no canto. Era Noah, folheando um livro grosso sobre fotografia. Seu rosto estava parcialmente escondido atrás das páginas, mas Lara podia ver a concentração em seus olhos.
Ela hesitou por um momento antes de se aproximar. "Oi, Noah, certo?", ela disse, tentando soar casual.
Ela levantou os olhos lentamente, como se fosse arrastado de volta de um mundo distante. "Sim. E você é...?"
"Lara sou nova aqui". Ela deu um sorriso tímido. "Vi você no pátio ontem. Você gosta de fotografia?"
Ele deu de ombros, fechando o livro. "É mais do que gostar. É o que eu faço."
"Você sempre tira fotos da cidade?"
"Da cidade, das pessoas, dos lugares que ninguém presta atenção. Acho que há mais coisas do que os olhos podem ver", ele respondeu, com um tom enigmático.
Lara se sentiu ainda mais intrigada. Havia uma profundidade em Noah que ela queria entender. "Posso ver algumas das suas fotos?"
Noah hesitou por um momento, mas então pegou sua mochila e retirou um pequeno caderno de fotografias. Ele abriu para uma página no meio e mostrou a ela uma série de fotos em preto e branco de lugares ao redor da cidade - o farol abandonado, uma casa antiga coberta de hera, a praia ao amanhecer.
Lara ficou impressionada com a forma como as imagens capturaram a essência de Marina Azul, de uma maneira que ela ainda não havia experimentado. "Essas são incríveis", ela sussurrou, folheando as páginas. "Você realmente vê o mundo de um jeito diferente".
Noah deu um pequeno sorriso, mas havia uma tristeza em seus olhos. "A fotografia é sobre capturar momentos que ninguém mais percebe. É sobre ver o que está escondido".