Capítulo 2 Buscando paz

*Antonio*

Quando eu voltar terei que conversar com Marco, esse imbecil me fez dirigir por duas horas neste carro feito para homanos, eu mal consegui descer quando cheguei ao meu destino, mas ele vai ter sua punição, ele teve sorte que a esta distância não posso usar a comunicação mental, e a droga do celular não funciona, também não posso reclamar, foi uma exigencia minha, estou procurando um pouco de paz. Após a morte do meu pai, Alfa Mirco Tenore a dois anos não tive um único momento de paz, tive que assumir todas as responsabilidades da alcatéia, mas estou a ponto de perder o juizo, sendo assim me afastei por uma semana para esquecer de tudo, só descansar. Marco è meu beta, ficou responsável por tudo até minha volta.

Assim que consegui tirar minhas pernas desta latinha de sardinha precisei alongar meus musculos, quando abri os olhos vi aquelas duas mulheres me olhando, me aproximei e uma delas veio me recepcionar.

- Bem vindo Sr. Tenore...

Ela sorria, parecendo uma adolescente, tudo nela parecia jovial, aqueles cabelos negros como a noite sem lua, era pequena, parecendo menor ainda naquele vestido azul e sapatos baixos, mas seus olhos eram...definitivamente incomuns, aquela cor violeta coberta por cilios fartos e longos me pertubaram, diabos, isso não é momento de arrumar problemas,sendo assim passei por elas sem dar muita atenção, eu me sentia cansado e não queria uma adolescente tagarelando o tempo todo.

Sara me mostrou o quarto, era gracioso, aconchegante, poren a cama me parecia um pouco pequena, mas iaso não seria um problema, escutei alguma coisa sobre outros...

-Não averá outros, somente eu estarei hospedado. Pedi para alugar todos os quartos, pois gosto de privacidade. Falei prontamente deixando claro que queria paz e silencio.

Quando ela se retirou fechando a porta atras de si, caminhei até a pequena sacada do meu quarto e fiquei ali observando o por do sol , uma visão magnifica, me recostei na porta e fechei os olhos, respirei fundo e me permiti relaxar.

"ABRA OS OLHOS? ESTA SENTINDO ESTE AROMA?" era Kira me chamando, ele tinha ficado em silêncio desde que sai da alcatéia.

-Sim, esta vindo da praia, cheiro de rosa vermelha e orvalho, simplesmente hipnotizante. Pulei a varanda sem me preocupar em sair pela porta e me dirigi para a frente da casa, aquele cheiro estava enlouquecendo Kira, e como consequência ele enlouquecia a mim. Quando contornei a casa parei, pois Sara estava entrando, sem saber o que dizer olhei para ela e resmunguei a primeira coisa que me veio a cabeça.

- Sra. Sara... -ela me interrompeu enfatizando "senhorita", que mulher mais tagarela, respirei fundo e continuei, solicitando que ela usasse menos iluminação artificial, ela não precisava saber que aquele tipo de iluminação me incomodava os olhos, após meu pedido segui até a praia em busca do perfume de rosas, mas nada encontrei, estava sozinho. Aproveitei o momento para admirar a lua, que estava enorme aquela noite, e quando olhei para a casa, Sara havia desligado todas a luzes, restando somente a do que, eu imaginei ser seu quarto.

*-não era minha imaginação, tenho um bom faro, aquele cheiro simplesmente desapareceu, como isso é possível?* Kira me torturava por que eu perdi o rastro das rosas.

-kira, o que eu podia fazer, não podia passar por cima daquela humana como uma besta feroz.

*-Tudo bem Antonio, mas é culpa sua, se não tivesse parado e perdido tempo com aquele discursinho de luz artificial.* Dei de embros, estava muito cansado para discutir com meu lobo, desde que colocou naquela cabeça dura, Kira se esta empenhando em buscar sua companheira, ele ainda disse que estou ficando velho, é um lobo muito atrevido, estou bem sozinho, mesmo aos 48 anos, mas tanto Kira como minha mãe insistem que que a alcateia precisa de uma Luna. Desde que minha mãe colocou esta ideia na cabeça misteriosamente as lobas da alcateia começaram a passar por mim e dar sorrisinhos, aparecem quando menos espero no campo de treinamento, esta foi uma das razões que decidi tirar umas férias.

- Filho, eu entendo que você tem muita responsabilidade, mas uma Luna vai te ajudar com aquelas menos pesadas, como as escolas, acampamento de jovens lobinhos, questões com o nosso hospital...todo Alfa precisa de uma Luna, e você mais que todos os Alfas, você Antonio carrega o sangue da deusa Luna, sendo o Rei Alfa. Minha mãe era muito convincente quando queria, mas comigo estava tendo alguma dificuldade.

-Tudo bem Luna Maria, quando eu voltar, prometo pensar no assunto. falei sério, mas por dentro estava sorrindo ao ver uma faísca de esperança naqueles olhos miúdos de minha mãe, Ela era uma mulher muito bonita, apesar de sua idade, mantinha sempre a elegância e tinha olhos gentis e amorosos com todos, mas quando tinha assuntos importantes a resolver era dura e implacável, apesar de ser sempre justa em seus julgamentos.

Chamei meu Beta Marco mentalmente, ele me respondeu imediatamente.

-Rei Alfa, no que posso servir?

- Preciso que você organize umas férias para mim, em algum lugar longe de tudo e de todos. Solicitei a ele, pois Marco era muito competente em relação a isso, e manteria segredo da minha localização. - Ah Marco, desta vez quero em uma praia humana, pois lá não terei problemas de ser identificado pelo meu cheiro.

-Rei Alha, mas os humanos usam muitos aromas, e sua alimentação é bem estranha ao nosso paladar.

- peça para deixarem frutas disponível, e lavem os lençóis com lavanda, alugue todo o lugar, não quero humanos circulando com seus aromas fortes, preciso de paz Marco, uma semana para me recarregar, pois sinto que estou explodindo.

Depois de dar ordens a Marco, finalizei nossa conversa mental, precisava organizar algumas coisas para deixar a alcáteia segura em minha ausência. Olhei para a pilha de papeis sobre minha mesa e coloquei as mão no rosto, ia ficar até tarde para finalizar tudo aquilo. eu não era um lobo das cavernas, a alcatéa Uivantes noturnos era muito moderna e organizada, com computadores, televisores, e toda as modernidades que existiam, apesar de gostarmos muito da natureza, existiam carros para nos locomovermos, nossas escolas eram muito bem equipadas com o que tinha de melhor, eu queria meus lobinhos bem informados . Nossos campos de treinamento eram de última geração, pois cada lobo da alcatéa deveria ser capaz de se defender, mesmo que os guerreiros estivessem por perto. Todas as tarefas da alcatéia eram bem distribuidas, ninguém ficava a toa, isso fazia com que fossemos fortes e poderosos. Para manter toda essas coisas funcionando se precisava de dinheiro, e por isso meu pai tinha muitas empresas fora da alcatéia, trabalhavamos com ouro negro, tinhamos muitas ações espalhadas por todo o mundo, e colaboradores fieis a ele, e agora a mim

Os uivantes noturnos ficavam localizados ao norte da Italia, pois apreciavamos o frio mesmo quando era verão, nossa montanha não dava acesso aos humanos, nos dando privacidade para quando nos transformavamos.