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O sol tinha irradiava quando saí da Colina. Era como caminhar por uma pintura viva.
As casas de Madeira da aldeia eram medíocres e entediantes, e pareciam minúsculas,Mas era dia de iniciação, o que significava
que a minúscula praça no centro da aldeia estaria cheia de todo tipos de novas bruxas.
A um quarteirão, o cheiro de comida quente pairava no ar; temperos que
incitava o fundo de minha memória, chamando. Raya soltou um grunhido
baixo atrás de mim.
- Não entendo para que tanta cerimônia, na minha época era só receber os poderes _ simplesmente a olhei sem dizer nada não valia a pena contestar
Me concentrei nos cheiros e cores espalhadas, sentia meu espírito livre implorando para correr a euforia tomava conta de cada hemácia do meu sangue, eu assitia cada bruxa, uma a uma recebendo seus poderes, até o momento mas aguardado, eu a vi, minha mãe, bela como sempre, me aguardando e eu fui ao seu encontro.
- Está com medo minha criança?_ concordei acenando a cabeça- não fique, só vai doer um pouco
Não doía pouco, minhas entranhas pareciam que estavam sendo esmagadas enquanto seu poder me envolvia numa tentativa de acordar meus poderes adormecidos, a dor me assolava como raios rasgando meus órgão internos, minha mente tremia até encontrar a escuridão.
Sonho on
Talvez desde sempre eu fosse quebrada e sombria por dentro.
Talvez alguém que tivesse nascido completa e boa tivesse soltado a adaga e recebido a morte em vez do que estava diante de mim.
Havia sangue por toda parte.
Foi difícil continuar segurando a adaga enquanto minha mão ensopada de
sangue tremia. Enquanto eu me despedaçava, pouco a pouco, o cadáver estatelado
do jovem jovem anjo esfriava no piso de mármore.
Não conseguia soltar a arma, não conseguia sair do lugar diante dele.
- Que bom - ronronou uma mulher de cabelos vermelhos de seu trono. - De novo.
Havia outra adaga de freixo e um homem ajoelhado, se parecia com um lorde, um deus.
Eu conhecia as palavras que ela diria. A oração que recitaria.
Eu sabia que a massacraria, assim como havia massacrado o rapaz diante de
mim.
Para libertar todos eles, para libertar meu amor, eu o faria.
Eu era a assassina de inocentes e a salvadora de uma terra.
- Quando estiver pronta, querida Destiny - cantarolou a mulher, com os
cabelos ruivos intensos tão brilhantes quanto o sangue em minhas mãos. No
mármore.
Assassina.Monstro. Ardilosa. Trapaceira.
Eu não sabia de quem estava falando eu não acontecia, mas sabia que aquilo tinha acontecido.
Sonho off
Eu não sabia o que tinha acontecido, mas todos apontavam pra mim com extremo horror, minha mãe me olhava com decepção e medo, as crianças choravam, eu não entendia o que estava acontecendo, até perceber o que estava na minha mão, havia um coração, era o coração de Raya, ele estava nas minhas mãos, meu grito foi ensurdecedor
- Monstro!_ uma mulher gritou da plateia
- Mate-a! _ a líder das bruxas exigiu
Eu olhava para minha mãe em total desespero, eu não queria morrer, eu estava com medo, mas ela iria me matar, eu sabia no seu olhar que ela iria, então eu corri.
- Anne! Venha!_ eles chamavam, gritavam para eu voltar, mas eu continuava correndo
- Filha! Vamos acabar logo com isso, não tem que ser assim_ lágrimas molhava meu rosto, enquanto uma pequena neblina se formava, eu não tinha a mínima noção para onde deveria ir, mas eu sabia que eu morreria nessa noite
Avistei uma caverna nos meados da floresta, com o musgo esmeralda e folhas espessas guardando sua entrada, aquele seria meu refúgio, adormeci escutando as vozes me chamarem, mas naquele momento eu sabia que estava segura.
___________*______
Acordei com o som dos pássaros e o cheiro de carne abraçando minhas narinas, caminhei em direção e sai da caverna até que vi um homem de belos cabelos escuros encaracolados, pele de bronze e olhar de ébano.
- Bom dia raio de sol! _ seu sorriso era divino, reconfortante e ligeiramente divertido
- onde estou?_ perguntei observando as folhas douradas das árvores e os caules brancos, aquilo não era a terra de Gaut
- Olímpia, a terra dourada, te trouxe aqui logo após te salvar_ ele falava com um o orgulho imenso - Por que me trouxe aqui
- Você deveria saber, afinal foi quem me convocou, eu sou um deus ajudante!_ ele não parecia saber bem o que falava- Então do que precisa?
- Desde quando existem deuses ajudantes?_ meus olhos demonstravam desconfiança
- Desde que os anjos decidiram que as raças precisam de protetores ou algo assim, não sei ao certo, sou novo nessa história de deus ajudante _ah ótimo os anjos me mandaram uma estagiário.
- Preciso saber o que eu fiz e porque fiz, pode me ajudar_ aquilo soou mais como uma súplica do que como uma pergunta
- Bom! Isso é fácil, você matou uma mulher durante a sua iniciação numa espécie de transe e todo mundo quer matar você, é bem louco esse lance de vocês bruxas né? Sabia que eram radicais mais não imaginava que era pra tanto _ ele enrolava seus cabelos enquanto falava aquilo já me agoniava
- Olha isso não acontece normalmente, foi algo bem diferente na verdade._ ele parecia pensativo
- Bom, eu posso te ajudar, mas vou precisar entrar na sua memória._ um sorriso esperançoso surgiu em meus lábios enquanto ele me olhava convencido
- Ótimo! Nós encontramos aqui amanhã _ ele se preparou para sair mas algo surgiu em minha mente
- Espera!_ ele imediatamente parou e se virou para minha_ - eu não tenho onde ficar
- isso é simples, posso te mandar de volta pra terra das bruxas_ ele se preparava para abrir um portal
- Não, elas vão me matar!_ ele pareceu pensar um pouco - então você vai ter que ficar comigo, venha bruxa.
- Ei! Eu tenho nome sabia!_ ele riu_- como eu poderia saber se você não me contou!
- Ah! Certo, desculpe, Meu nome é Ayanne! _ Ele riu mais uma vez
- Nome legal, bruxa!_ seus cabelos clarearam conforme ficava mais frio
- Não vai me falar seu nome?_ perguntei enquanto tentava atravessar aquela neve espessa
- Você não precisa saber meu nome! Só tem que me deixar fazer meu trabalho _ suspirei
- Só diga seu nome, por favor!_ eu realmente tentava me manter paciente
- Yuanji, agora silêncio, os outros deuses não devem saber de você._ somente concordei, afinal Não tinha outra opção, eu só queria voltar para meu povo, mas parece que Yuan era minha única esperança, o que fez meu medo vibrar em minhas entranhas enquanto caminhava pelos desertos caminhos daquele reino sagrado.