Capítulo 2 Revelações

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Alina hesitou diante da figura encapuzada. O coração pulsava em seus ouvidos, um tambor incessante que ecoava sua mistura de medo e curiosidade. "Quem é você?" ela perguntou novamente, sua voz tremendo. A figura parecia se divertir com sua hesitação, um leve sorriso surgindo sob o capuz.

"Sou alguém que pode te ajudar a descobrir a verdade sobre seu passado," respondeu a figura, sua voz suave e hipnotizante. "Mas você deve estar disposta a ouvir."

O medo se transformou em uma atração irresistível. Algo naquele ser a fazia sentir que, finalmente, estava prestes a descobrir as respostas que tanto buscava. "Eu... eu quero saber," Alina admitiu, a determinação tomando conta dela. "Mas como posso confiar em você?"

A figura encapuzada deu um passo à frente, a luz da lua iluminando seu rosto por um breve momento. Alina ficou intrigada ao ver um par de olhos vermelhos intensos que pareciam refletir um conhecimento profundo. "A confiança é uma escolha. Mas saiba que você não está sozinha. Há mais pessoas como você, e elas também estão buscando a verdade."

Com um movimento, a figura gesticulou para que Alina a seguisse. A hesitação ainda a segurava, mas uma força inexplicável a atraía em direção àquele caminho desconhecido. "Aonde você está me levando?" ela perguntou enquanto caminhava ao lado da figura.

"Para o lugar onde tudo começou," respondeu, sua voz ecoando no silêncio da noite. "Você não pode compreender quem é sem entender de onde veio."

Conforme caminhavam, Alina sentiu o ambiente mudar. As árvores pareciam mais densas, e a escuridão parecia se tornar uma presença palpável. A figura parou em frente a um antigo templo, coberto de trepadeiras e musgo. A arquitetura era majestosa, com detalhes intrincados que revelavam uma história esquecida.

"Este é o Templo dos Antigos," a figura explicou. "Aqui, a linhagem dos vampiros foi celebrada, e aqui você encontrará a resposta para suas perguntas."

Alina hesitou à porta, uma mistura de excitação e receio a envolvia. O templo parecia vibrar com uma energia poderosa. "Eu não sei se estou pronta," ela sussurrou.

"Não há escolha," a figura respondeu, sua voz firme. "A verdade sempre encontra um jeito de se revelar. Entre."

Com um suspiro profundo, Alina cruzou o limiar. O interior do templo era impressionante. As paredes eram adornadas com murais que contavam histórias de vampiros ancestrais, suas vitórias e tragédias. Alina se sentiu atraída por um mural em particular, que retratava uma jovem com longos cabelos escuros e olhos brilhantes como os dela. Havia uma conexão ali, uma sensação de familiaridade.

"Aquela é você, Alina," a figura disse, aproximando-se. "Ou, pelo menos, uma parte de quem você é. Você pertence a um clã que foi traído e disperso. A verdade sobre sua origem é mais profunda do que você imagina."

"Eu... pertenço a um clã?" Alina gaguejou, confusa. "Mas fui criada como humana. Como isso é possível?"

A figura tirou o capuz, revelando um rosto marcante e etéreo. "Meu nome é Selene, e sou uma das últimas guardiãs do seu clã. Você foi sequestrada quando bebê, tirada de sua família por um grupo que desejava explorar seus poderes. Eles te criaram como uma humana, na esperança de que você se tornasse uma arma em sua busca por poder."

A revelação atingiu Alina como um golpe. Suas pernas vacilaram, e ela se apoiou na parede do templo. "Não... isso não pode ser verdade," ela murmurou. "Eu sou apenas Alina, a filha adotiva de meus pais. Eles me amam."

"Eles te amaram, mas a verdade é que seu amor é parte de um plano maior, um plano que não lhe disseram. O clã que você pertence é conhecido como os Sangue de Lua, e seu destino está interligado a esse legado. Agora, você deve decidir quem deseja ser," Selene explicou, seu olhar penetrante fixo em Alina.

As emoções de Alina eram um turbilhão. Vingança, raiva e confusão lutavam dentro dela. "Mas como posso acreditar em você? Como posso saber que isso não é uma armadilha?"

"Você sentirá a verdade em seu interior. Seus poderes estão despertando, e você deve aprender a controlá-los. O que você faz a seguir determinará seu destino e o de sua família," Selene respondeu. "Não posso te forçar, mas você tem que escolher."

Alina olhou para os murais mais uma vez, as histórias de seu clã chamando-a como uma música ancestral. Uma parte dela queria recuar, mas outra estava sedenta por respostas. "E se eu não quiser voltar?" perguntou, sua voz firme.

"Então você forjará seu próprio caminho, mas deve estar preparada para as consequências," Selene afirmou, seus olhos brilhando com determinação.

"Eu quero saber mais. Quero entender quem eu sou," Alina declarou, a decisão se formando dentro dela. O medo ainda estava presente, mas a necessidade de descobrir a verdade superava tudo. "O que eu preciso fazer?"

Selene sorriu, a expressão dela refletindo orgulho. "Primeiro, você deve se conectar com sua essência. Aprender a canalizar seus poderes. Vamos começar sua jornada."

Enquanto Selene se preparava para guiá-la, Alina sentiu que, finalmente, estava no caminho certo. O passado poderia ser obscuro, mas a verdade a aguardava, e ela estava pronta para enfrentá-la.

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