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Resumo sobre as vidas atuais:
Anahí e Poncho viveram um a história de amor cheia de altos e baixos, ciúmes, paixão, intrigas e uma tonelada de problemas que muitas vezes os distanciaram, um desses problemas foi terem envolvido ela em um casamento de fachada com um jovem politico, que vão entender ao longo da história, hoje estão separados e cada um casado, embora ela esteja em um casamento de mentira.
Final de 2019...
O natal está chegando, como sempre arrumo minha árvore, amo essa festa é tão mágica. Manu me ajudava com toda felicidade e inocência possível de criança, para ele tudo é mágico, divertido, ele é meu mundo. E agora tenho outro mundo aqui dentro, quase 7 meses de minha segunda gravidez, passou voando. As coisas boas sempre passam depressa, logo Emi estará conosco e num instante andando e tagarelando como seu irmão. M se parece muito comigo é falante, brincalhão, tem o senso de humor sem igual, na verdade ele tem bem a quem puxar. Meu pequeno está ansioso com a chegada do irmão e a chegada do papai Noel óbvio. perdida em meus pensamentos de repente me assusto com o som do telefone, corre e atendo, meu susto foi maior ao escutar a voz do outro lado da linha.
-Any? alô? Anahí? é você?
não sei quanto tempo permaneci parada até conseguir dizer algo.
-Oi, Poncho é você?
-Ah, pensei que estava muda!
Eu estava tremendo dos pés a cabeça, mal me aguentava em pé, sei que parece até uma cena descrita por adolescente, mas não, uma mulher de 36 anos, mãe e tudo mais ainda consegue perder as palavras e tremer igual a uma garotinha só em escutar a voz de um garoto. Mas não era qualquer garoto, era o meu garoto, sempre meu Poncho.
-Escuta, eu queria muito vê você, digo vocês, quero muito reunir a banda, escutei seu podcast com Christian e senti uma vontade tremenda de vê-los.
ele ia disparando tudo aquilo e eu mal conseguia balbuciar algo. Poncho está com saudades? meu Deus e ele me inclui nesse pacote. Eu estou boquiaberta.
-E aí? o que acha? será um jantar aqui em casa, quero muito uma data que seja melhor pra todos óbvio, mas o quanto antes melhor. Já falei com os outros e se concordar será nesse sábado dia 20.
Enfim consigo dizer algo.
-Bom por mim ótimo, hoje é segunda e tenho a semana toda pra me preparar. Eu confesso que estou bem surpresa.
Ele ri, senti a tensão naquele sorriso.
-Como está? digo de verdade Anahí.
-Estou bem, inteira se é o que quer saber.
-Que bom, parabéns pelo segundo filho.
sinto uma onda avassaladora em todo meu corpo, ponho a mão na minha barriga e tento acalmar o pequeno, há pequeno tão novinho e já entende e conhece a mamãe.
-Obrigada, no sábado a que horas?
ah o jantar pode ser ás oito, mas podem chegar umas cinco horas, precisamos muito conversar e matar as saudades.
-Ok, às cinco.
-Ah, Anahí só será a gente mesmo, nós seis.
-Ótimo!
Desligamos meio estranho, na verdade ainda estava em outro planeta. Como assim ele me ligou, me convidou pra jantar e na casa dele? puta merda eu estou atônita, pego o telefone e tenho que surtar com alguém.
-Alô?
-Alô? alô um caralho Christian Chávez, traidor dos infernos eu vou te matar.
-Calma maluca, o que fiz?
-O que fez? o que não fez, como assim o Poncho liga pra todo mundo e marca um jantar e tu nem me avisa pra eu me preparar. Cara, eu quase tive um treco.
-Ah é isso? Ele me ligou ontem, achei melhor você saber por ele . Fica tranquila, relaxa e depois olha seu celular.
Espera vou pegar.
Pego me celular e deixo o telefone no viva voz. Meu coração dispara ao entrar no Whatsapp e vê um grupo chamado: La Família
-Puta merda Chris, criaram até um grupo?
-Criaram? não fofa, o Poncho criou acredita? depois lê as mensagens. Agora relaxa eu vou voltar a dormir porque a noite tenho que estar gostoso, tenho um encontro. Se cuida hermana, depois nos falamos.
Desligo e continuo a olhar o grupo com admiração, claro que tenho contato com meus amigos e irmãos de vida, inclusive com os que não foram da banda, mas nos falávamos esporadicamente no privado, mas Poncho não falo há uns três anos. E vê aquele grupo me emocionou muito, sinto muita falta desse contato permanente com eles, essas 5 pessoas que independente de qualquer coisa sempre serão parte de mim, da minha vida. Me deparei no grupo com fotos antigas, todos rindo e relembrando bobagens. Aquilo aqueceu muito meu coração, poderia ficar o resto da vida ali. mas de repente uma pessoinha me faz voltar a realidade.
-Mamãe, tenho fome.
-A mamãe já, vai preparar algo bem gostoso pro meu príncipe.
Em algum lugar do México...
Essa foi a conversa mais estranha que já tive ao telefone, não sabia como falar com ela, na primeira palavra já a tratei como sempre a chamando de Any, tentei ser o mais impessoal possível no resto da conversa, mas puta que pariu Alfonso. "como você está? de verdade Anahí?" queria ouvir que caralho? E por que ainda fica igual a um adolescente só em falar com ela? será que sempre será assim? Pode se passar anos, mas ela sempre será a mulher que me deixa igual a um idiota, não posso fazer isso e nem sonhar em repetir isso nem em pensamentos. Sou um homem, pai, marido... bom, não vou mentir que sou o melhor dos maridos, não amo a minha esposa, gosto dela, mas não é amor, a verdade o que muito me prende é meu filho, ele sim é minha vida e por ele faço tudo, até suportar um casamento morno, não nego que me divirto muito com minha esposa, mas francamente as vezes a trato mas como o camarada que joga futebol e assisti filmes que como mulher. Ela é minha amiga não nego, gosto de nossas conversas, sempre me dá forças em tudo. E confesso que as vezes é o que me irrita. Sinto falta de ser contestado, sinto falta das brigas, de ser contrariado, desafiado. Quanto mais eu falo, mais descrevo Anahí. Quando vou parar de procurar ela em tudo? Só que convenhamos não tem como não se irritar quando você tá no carro escutando a porra do podcast da sua ex se derretendo por completo por dentro, para o carro vira pro lado e diz: "Quero muito revê-los" e a única coisa que escuta é: "Que legal querido, vai marca algo lá em casa o que acha? por mim tudo de boa" Caralho você tá dizendo que quer se encontrar com a sua ex, na minha casa? aquela que você disse na minha cara ser o amor da sua vida? vai pra puta que te pariu. Era o mínimo que ela deveria ter dito. As vezes me pergunto se estou dormindo com uma mulher ou um iceberg.
Los Angeles:
Passei o dia olhando e reolhando aquele grupo, rindo igual a idiota. Meu filho já estava a dormir e eu naquela cama enorme e vazia começava a ser perseguida por meus fantasmas. Minhas lembranças... Onde e como aquilo tudo começou..
Flash back...
Me apaixonei pelo Poncho desde a primeira vez que o vi, demorei muito a aceitar isso, tentei fugir, me enganar em outros namorinhos, mas nada nem ninguém conseguiu tirar ele do meu coração, nem a amizade com Dulce, esse que foi nosso primeiro abismo, ele era namorado da minha amiga, mas isso não impediu de eu pular de alegria ao saber que seria o meu Miguel, era o namorado da minha amiga, mas não nos impediu de passar a cena que enquanto o diretor gritava corta, o beijo da gente continuava, aquilo me deixou bem culpada, mas não impediu de eu sonhar com o beijo e desejar que acontecesse de novo. Depois do término com Dulce e eu com Christopher o abismo era: putz ele é o ex da minha amiga como não vou magoá-la? não me impediu de sozinha em Cancun com ele ter ficado louca e me entregado a ele. Me lembro como se fosse hoje, passamos o dia gravando, Mia e Miguel cheios de declarações um pro outro, depois saímos, jantamos, dançamos, pintou a porra de um clima e eu logo cortei me recolhendo no quarto, só que o tesão e a tensão sexual entre nós inevitável. Não planejei, tomei banho, pus minha camisola, me perfumei, estava tentando relaxar ao lê um livro quando me surpreendi com a porta sendo tocada, abri de supetão nem me ligando como estava vestida, fui surpreendida por ele puxando meu corpo e deixando colado ao seu nos entreolhamos e não dissemos nada, ele me tomou em um beijo avassalador, ninguém nunca tinha me beijado daquela maneira, parecia que meu corpo estava dentro de um terremoto, eram diversas sensações, quando percebi já estava montada nele e mesmo ainda de roupa sentia sua dura ereção tocando meu sexo já inchado. Ele passeava com suas mãos por todo meu corpo. Senti coisas que jamais havia sentido, não pensei em nada, Poncho também não me deixava pensar, esfregava seu sexo no meu, abaixou a camisola e chupava meus seios e apertava, me fez gozar a primeira vez só assim, enfiou a mão no meu sexo. "Caramba, como está molhada, tão pronta pra mim" não disse mais nada me olhou como se pedisse permissão e óbvio que dei, ele se livrou logo de nossas roupas, ia colocar com urgência uma camisinha eu não permite. "relaxa, uso pílula por conta da menstruação" ele riu malicioso me montou nele e de repente tudo fez sentido, quando ele estava dentro de mim, finalmente me senti completa, aquela sensação foi tão forte, sei que ele sentiu o mesmo, nossos olhos e nossos corpos diziam tudo transamos a noite toda, perdi as contas de quantas vezes gozei aquela noite, sentir a pele dele dentro da minha, juro que não consigo descrever aquilo. Não pensamos muito aquela noite só nos deixamos levar...
Fim do flash back...
México:
Acordei tão cedo, fui fazer meus exercícios, a noite anterior praticamente não havia dormido, mexi na cama a noite toda em meio a lembranças. Iria vê Anahí daqui a quatro dias e não posso negar que isso me atormentava. Não houve um dia sequer nesses quatro anos que não imaginasse esse dia e que não o desejasse, sentir raiva? senti, mas nada nem essa raiva conseguiu afastar o que sinto por ela, talvez seja por isso que não consiga seguir em frente, me jogo de cabeça em meus trabalhos, na criação de meu filho, isso me faz vivo, desde o nascimento do meu filho Dani eu mudei muito, mas nada consegue tirar o vazio que ela deixou no meu peito. Há quatro anos mesmo em meio ao caos éramos felizes, éramos nós dois contra o mundo de repente tudo mudou, sei que fui o errado em questão naquela ocasião, mas se ponham em meu lugar. Quem aguentaria viver aquela vida de mentira sem surtar? o casamento dela era falso, eu era o verdadeiro marido, mas vê o mundo todo a chamando de esposa de outro. Quando percebi havia entrado em um abismo e o pior que acho que a joguei do precipício sem paraquedas, um único deslize e cá estou eu com mulher e filho, não que me arrependa de ter meu filho, mas sim de não ser com ela. Como seria perfeito se tivéssemos nossos filhos. Quando a vi grávida foi um golpe duro no meu peito, sei que fui pai primeiro e sei que a feri muito com isso, só quando vi as fotos dela grávida tive essa noção, acho que dez mil tiros doeriam menos, sei que o casamento de merda dela é uma farsa, mas vê-la grávida de outro homem foi o golpe mais duro que recebi da vida. Foi aí que decidi me "casar" na verdade viver junto com minha esposa, aquilo foi uma fuga, tentei mostrar pra todo mundo que estava bem, comecei a mostrar fotos e falar da minha super família feliz, era simplesmente a tentativa de transformar aquilo em verdade. Por Deus a quem engano? Fazia tudo aquilo como maneira de atingir ela, de alguma maneira sabia que vê tudo isso, toda aquela vida que ela não pode ter a machucava e de alguma forma isso me fazia bem. Devem estar pensando que sou um filho da puta por pensar e fazer assim, mas acho que o fazia por ser o único elo restante que nos sobrará. Nos provocávamos silenciosamente pelas redes sociais, esse era o elo que nos segurava de mãos dadas. Agora ali correndo nessa esteira percebo o quão tolo fui, daqui a uns dias deveria saber o que falar, como me comportar. Puta merda como vou a encarar? como vou conseguir está tão perto e tão longe...
Los Angeles:
Minha mãe me acorda e tomo um susto, me avisa que já passava das doze, Céus como pude dormir tanto? na verdade não dormi nada a noite, foram horas e horas de lembranças e de me tocar imaginando ser o toque dele, acordei tão moída e úmida como se tivesse realmente feito amor a noite toda. Céus, como só suas lembranças conseguem me deixar assim. Minha mãe me desperta mais uma vez, só que dessa vez de meus devaneios.
-Que cara é essa? Aconteceu algo?
-Acredita que no sábado vou a um jantar com meus amigos, reunir a banda na casa do Poncho?
-Quê? como assim? agora entendi a sua cara.
Conto a minha mãe sobre o convite e nossa pequena conversa no telefone, ela fica espantada e arregala os olhos.
-Você tem certeza que consegue? Digo, tem certeza que consegue o encarar ainda mais estando grávida?
-Eu não sei de onde tirarei forças.
-Não pode levar meu neto você sabe né?
-Claro mãe, o meu filho não irá e também combinamos que seria só nós seis, vou precisar que a senhora tome conta dele, prometo que só vou nesse jantar e volto no mesmo dia, não vou ficar sozinha no México depois dessa noite certeza. Tanto que nem irei na nossa casa.
-Certeza que não quer que viajemos contigo?
-Certeza, não precisam se cansar e vou despreocupada porque meu bebê ficará contigo.
-Você que sabe filha.
Meu filho entra correndo e subindo na cama desesperado por minha atenção e só aquilo é suficiente pra encher meu dia...
México:
O Sábado chegou tão depressa, caramba é o dia. Levei minha esposa e meu filho pra casa dos pais dela, havia combinado que seria assim e ela aceitou, achou até bom não estar, diz que não tem a mínima vontade de conhecer Anahí pessoalmente, sim elas nunca se viram pessoalmente e acho que ambas não querem, me despeço dos dois e ela me beija me lembrando que está tudo bem pra ela, pois Anahí está grávida. Senti dureza em suas palavras e notei como ela fez questão de frisar e me lembrar isso. Ela era bem calada sobre esse assunto Anahí, mas às vezes soltava uma ou outra coisa. Corri pra casa e terminei de preparar o jantar fiz questão de cozinhar e eu mesmo e preparar coisas que eu sabia que eles gostavam, ria enquanto lembrava deles e de nossas bagunças, terminei tudo e fui tomar banho, o chuveiro sempre traiçoeiro me fez viajar ao ano de 2015...
Flash back:
Estávamos tomando banho após uma longa tarde de amor, nos abraçamos e nos olhávamos tão apaixonados.
-Por mim eu não saía daqui.
-Com certeza, mas amor você sabe que eu tenho compromissos hoje. Sabe bem que eu não devo contrariar eles, ultimamente já vem me dando várias folgas o que nos permite esses momentos.
-Ok, odeio, mas que merda posso fazer.
Voltamos a nos beijar, a encostei na parede úmida do banheiro precisava dela o quanto antes a penetrei precisava de seu corpo, seus gemidos, não demoramos muito a gozar depois encostamos nossas testas e só nossos olhares diziam tudo...
Fim do Flash back:
Caramba, como sempre estou atrasada, tive que ir na minha casa aqui do México pois sem querer rasguei a droga do vestido que estava. Foram os nervos afinal eu só estava indo jantar na casa do amor da minha vida a casa que ele vive com outra que não sou eu. Merda por que tudo tem que ser tão complicado? era só descer da porcaria do avião pegar a merda de um táxi e aparecer. Corro já arrumada e já dentro do táxi atendo o telefone.
-Já chegou?
-Oi Mai, ainda não e pela sua pergunta você também não né?
-Não, mas já estou virando a esquina. Você tá bem e pronta pra isso?
-De verdade? só saberei quando olhar pra ele. Mas não quero pensar nisso a única coisa que penso agora é que devemos viver e merecemos esse momento.
Percebo que o taxista olhava pra mim pelo retrovisor.
-A gente conversa algumas coisas pessoalmente. até daqui a pouco. beijos
CASA DO PONCHO:
Christian foi o primeiro a chegar, nos demos um abraço amistoso, saudoso, ele e Maitê eram quem tinha menos tempo que não via.
-E ai cara? Amei sua ideia. E mal posso esperar por essa noite. Como está? Digo sobre vê uma certa pessoa que está pra chegar.
-Christian, se te dissesse que não estou ansioso estaria mentindo. Anahí e eu não nos falamos a no mínimo três anos e confesso que não sei como será, mas hoje quero que esqueçamos tudo e que sejamos apenas aqueles seis jovens, que sonhavam juntos.
Em seguida Christopher chegou e continuamos a conversar e a rir, Maitê chegou fazendo uma algazarra nos abraçando e em seguida Dulce, a zoamos pelo seu recente casamento e ela ficou um pouco sem graça. Estávamos bebendo um vinho e rindo, mas no fundo todos estavam ansiosos pela última chegada, cada um por um motivo diferente óbvio, mas todos esperavam pra saber como nos comportaríamos. Confesso que eu também queria saber. Meu coração gelou ao toque da companhia.
Cá estava eu em frente a porta da casa dele, tremia muito não sei se pelo frio ou pelo nervoso, bom pelo frio seria difícil, já que eu estava com um enorme casaco que me cobria inteira. Minha boca estava seca, foram alguns segundos, mas até aquela porta abrir parecia uma eternidade. E ela abriu!