"Vão levar a Srta. 'Ninguém' até a mansão", Antônio ordenou, sua voz firme e autoritária. Rufos, ainda segurando a jovem, fez um gesto para avançarem.
"Oliver, você deveria ter se matado antes de entregar sua filha," Antônio disse, a frieza em sua voz é uma lembrança do quão longe ele estava disposto a ir em busca de poder. "Agora, assine este papel."
Oliver olhou para a folha que estava diante dele, um recibo de venda recém-escrito à mão, e a incredulidade tomou conta dele. "O que é isso?" ele perguntou, a voz trêmula, como se estivesse tentando entender a realidade de sua situação.
"Escute aqui," Antônio disse, aproximando-se. "Nunca mais se aproxime dela. Você agora está oficialmente livre da dívida, mas também a perdeu. Assine, e não olhe para trás."
Um alívio momentâneo surgiu no coração de Oliver, mas logo foi ofuscado pela culpa e pela dor. Ele hesitou, mas a pressão da situação era insuportável. Sem pensar, ele pegou a caneta e assinou o papel, a mão tremendo enquanto o fazia.
Após assinar, ele olhou para Antônio, a voz quase um sussurro. "Se chama Ashley. Ela só tem 18 anos."
Antônio girou a cabeça, desdenhoso. "Não eram 20 anos?" A pergunta era mais uma provocação do que uma dúvida genuína.
Oliver, agora caindo de joelhos, sentiu a verdade do que havia feito para se abater sobre ele. "Eu menti," ele confessou, as lágrimas escorrendo pelo rosto. O peso da traição e da perda era insuportável. "Eu menti para proteger minha filha. O que eu fiz?"
Antônio observou a cena com um sorriso satisfeito, a vitória desenhada em seu rosto. "Você fez uma escolha, Oliver. E agora, as consequências dela são suas para carregar."
Antônio, percebendo que o drama estava se desenrolando de acordo com seu plano, gesticulou para que Rufos levasse Ashley embora. "Vamos, Rufos. Temos um futuro a construir com essa nova aquisição."
E assim, enquanto Ashley era levada para longe, Oliver se viu sozinho no chão, a dor de sua escolha e as lágrimas de arrependimento pesando cada vez mais em seu coração. Ele sabia que havia perdido não apenas a filha, mas também a parte de si que nunca poderia ser recuperada. A mansão de Antônio se tornaria a nova prisão de sua filha, e Oliver enfrentava a dura realidade de sua covardia e da dor que causou.
Ashley se debatia. Rufos a segurava com dificuldade. Já havia sido mordido, arranhado e cuspido. Foster se ria do grande, Rufos lutando contra aquela força da natureza.
Ashley se debatia com todas as suas forças, determinada a não se deixar levar sem lutar. Rufos, embora grande e forte, estava tendo dificuldade em conter a jovem, que se mostrava uma verdadeira força da natureza. Seus movimentos eram ágeis e cheios de determinação, e cada mordida ou arranhão que ele recebia a deixava ainda mais enfurecida.
Foster, um dos comparsas de Antônio, observava a cena com um sorriso divertido no rosto. "Olha só o grande, Rufos, lutando contra uma garotinha! Isso é quase patético," ele zombou, rindo da situação. "Você não consegue controlar uma menina de 18 anos? Que vergonha!"
Rufos, ofegante e irritado, tentava manter o controle. "Cale a boca, Foster! Se você tivesse um pouco de força, ajudaria em vez de ficar rindo!" Ele puxou Ashley para mais perto, tentando imobilizá-la, mas ela não se deixou vencer.
"Você não vai me levar a lugar nenhum!" Ashley gritou, sua voz cheia de raiva e desespero. "Eu não vou ser uma propriedade de ninguém!" Com um movimento rápido, ela conseguiu se soltar de uma das garras de Rufos, dando um empurrão que o surpreendeu momentaneamente.
Foster, divertindo-se com a cena, comentou: "Essa garota tem mais garra do que muitos homens que conheço. Acho que você deveria aprender com ela, Rufos!"
"Vá se danar!" Rufos gritou, agora mais focado em manter Ashley sob controle. Ele estava perdendo a paciência e a situação estava se tornando cada vez mais complicada.
Ashley, percebendo a distração de Rufos, aproveitou a oportunidade e deu um chute forte na perna dele, fazendo com que ele cambaleasse para trás. "Deixe-me em paz!" Ela gritou, sua determinação renovada.
Antônio, que observava tudo de longe, cruzou os braços e sorriu. "Parece que temos uma pequena rebelde em nossas mãos. Isso só tornará as coisas mais interessantes."
"Ela precisa ser contida," Rufos disse, agora com uma expressão de frustração. "Isso não vai acabar bem se continuarmos assim."
"Mas é exatamente isso que quero ver," Antônio respondeu, sua voz cheia de satisfação. "Essa luta dela é um sinal de vida, e eu gosto de pessoas que lutam. Apenas se certifique de que ela não escape."
Foster, ainda rindo, se aproximou de Rufos. "Parece que você precisa de um pouco de ajuda, amigo. Vamos lá, vamos fazer essa garotinha se comportar."
Ashley, percebendo estar cercada, sentiu a adrenalina correr em suas veias. "Ninguém vai me controlar! Eu não sou uma propriedade!" Ela continuou a se debater, os olhos firmes e cheios de determinação.
A luta entre a jovem e os homens mais fortes se intensificou, e o que poderia ter sido uma simples captura se tornava um espetáculo de resistência e bravura. Enquanto isso, Antônio observava, satisfeito com a cena, ciente de que o verdadeiro jogo estava apenas começando.
Ashley, percebendo a figura imponente de Antônio se aproximando, sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Seus olhos negros, profundos e frios, pareciam refletir uma escuridão que ela nunca havia visto antes. Instintivamente, deu dois passos para trás, seu coração acelerando enquanto a adrenalina tomava conta.
Rufos, percebendo a hesitação dela, agiu rapidamente e a agarrou pelo pescoço, segurando-a com firmeza. "Não tente escapar, garotinha," ele rosnou, a frustração evidente em sua voz. "Você está apenas se complicando."
Foster, que se aproximou com um trapo embebido em clorofórmio, sorriu maliciosamente. "Vamos acabar com essa resistência, não é? Não quero que você se machuque mais do que necessário," ele disse, enquanto se preparava para colocar o trapo sobre o rosto de Ashley.
"Não! Não se atreva!" Ela gritou, lutando contra Rufos, mas sua força estava se esgotando. O medo a envolvia, mas ela não estava disposta a se render sem lutar.
Antônio parou a poucos passos de distância, observando a cena com um olhar de satisfação. "Você é uma verdadeira lutadora, Ashley. Isso me impressiona, mas não pode lutar contra o inevitável," ele disse, sua voz suave, mas com um tom ameaçador. "Rufos, mantenha-a firme. Foster, faça o que precisa ser feito."
Ashley, percebendo que o tempo estava se esgotando, tentou se desvencilhar da garra de Rufos. "Você não vai me vencer! Eu não sou sua propriedade!" Ela se contorceu, mas a força de Rufos era esmagadora.
Foster se aproximou mais, o trapo em mãos. "Só vai doer um pouco, querida. Depois disso, você estará bem," ele disse com um tom sarcástico, enquanto tentava pressionar o trapo contra o rosto dela.
"Não! Não!" Ashley gritou, lutando com todas as suas forças. Em um último esforço, ela conseguiu dar um golpe com o joelho na entreperna de Rufos, fazendo-o soltar um grunhido de dor.
Nesse momento crucial, a jovem conseguiu se desvencilhar parcialmente, mas não antes que Foster a alcançasse novamente. Com um movimento rápido, ele conseguiu colocar o trapo sobre seu rosto. O cheiro forte e químico começou a invadir suas narinas, e a luta de Ashley se tornava cada vez mais difícil.
"Resista, Ashley! Não desista!" ela pensou, tentando lutar contra a sonolência que se aproximava. Mas, pouco a pouco, suas forças foram se esvaindo e a visão começou a se turvar.
Antônio observou a cena, agora com um sorriso satisfeito. "Isso é apenas o começo, minha querida. O mundo que você conhece está prestes a mudar, e você fará parte disso. Não tenha medo do que está por vir."
E assim, enquanto a escuridão começava a envolver Ashley, a luta pela liberdade se tornava uma batalha perdida, e a mansão de Antônio se tornava a nova prisão de sua vida.