Oliver, aproveitando a situação, olha para sua filha. "Antônio, fique com minha filha. Tem 20 anos e é virgem!"
"Pai! Gritou ela, horrorizada com a proposta. "Onde você está com a cabeça, sou sua filha!
A proposta de Oliver reverberou na sala como um trovão, e a expressão de Antônio mudou brevemente, entre a surpresa e o interesse. A jovem, com os olhos cheios de lágrimas, olhou para o pai em estado de choque, incapaz de acreditar no que acabara de ouvir.
"Pai! Como você pode dizer isso?" ela gritou, a voz vibrando com indignação e desprezo. "Você está me entregando a esses monstros? Isso é inaceitável!"
Antônio, embora intrigado pela ousadia de Oliver, rapidamente reverteu sua atenção para a jovem. "Calma, garota. Seu pai está apenas tentando salvar a própria pele," disse ele, com um tom de desdém. "Mas essa não é a solução que eu busco."
Oliver, percebendo que sua proposta não havia surtido efeito, tentou se justificar. "Filha, eu só... eu só queria garantir que você estivesse a salvo. Eles não vão me deixar sair daqui de outra forma!"
"Você não pode me oferecer como moeda de troca!" ela respondeu, a voz quase quebrando. "Isso é humilhante e errado!"
Antônio cruzou os braços, observando a interação com um sorriso sutil. Ele estava começando a compreender a dinâmica entre pai e filha, e isso poderia ser utilizado a seu favor. "Na verdade," ele disse, "a proposta do seu pai, por mais absurda que pareça, revela o quão desesperado ele está. E isso, minha cara, é o que torna essa situação tão interessante."
"Eu não sou um objeto para ser trocado!" A jovem exclamou, sua voz cheia de determinação, apesar do medo que a consumia. "Eu não vou me submeter a isso, por mais que você ameace meu pai!"
"Você não tem muita escolha, tem?" Antônio retorquiu, seu tom agora mais sombrio. "O que você prefere, ver seu pai morrer ou fazer o que for necessário para salvá-lo? Pense bem..."
Foster, impaciente, ajustou a arma, fazendo um gesto que indicava que o tempo estava se esgotando. "Chega de conversa. Ou você fala, ou as coisas vão ficar muito feias aqui."
A jovem olhou para seu pai, que agora parecia desolado, a expressão de desespero estampada em seu rosto. Oliver, em um último esforço para proteger sua filha, disse: "Não faça isso, querida. Não se sujeite a eles. Prefiro morrer a ver você nessa situação."
Antônio, percebendo que a tensão estava alcançando seu pico, decidiu intervir. "Você precisa de um plano, Oliver. E esse plano não inclui sua filha se sacrificando. Encontraremos outra maneira de resolver isso."
O clima na sala era denso, e as emoções estavam à flor da pele. A jovem, lutando contra as lágrimas, sentiu a pressão de uma escolha impossível. "Se eu puder salvar meu pai, então farei o que for preciso. Mas não assim!"
A proposta de Oliver havia mudado o curso da conversa, e agora todos estavam cientes de que a situação exigia uma nova abordagem. Antônio, percebendo a vulnerabilidade de cada um ali, começou a formular um plano, determinado a tirar proveito da confusão emocional que agora dominava o ambiente.
"Chefe, a garota não está mal", indaga Rufos. Antônio, observando a jovem e olhando para Oliver, diz: "Bem a levo comigo. Mas será minha. Não vou colocar sua filha para trabalhar entre as mulheres do cassino, parece muito jovem para isso..." Aquelas palavras insinuaram o pior e Ashley ficou branca.
Antônio fez uma pausa, o olhar fixo na jovem enquanto ponderava sobre suas palavras. A proposta de Rufos pairava no ar, e a tensão na sala se intensificou. Oliver, percebendo o que estava por vir, sentiu um frio na espinha.
"Chefe, se me permite, a garota pode ser um trunfo valioso para nós", Rufos continuou, com um tom de sugestão. "Ela pode ajudar Oliver a garantir que Oliver não faça mais jogadas perigosas. E, se for bem treinada, pode se tornar uma boa aliada."
A jovem, ainda em estado de choque, olhou furtivamente para seu pai, esperando uma resposta. Oliver, com a voz trêmula, disse: "Sr. Fabrini, por favor, não faça isso! Ela é apenas uma criança!"
"Uma criança?" Antônio riu, sua expressão sarcástica refletindo desprezo. "Ela tem 20 anos, Oliver. É uma mulher. E nesse mundo, a idade não é um escudo contra a realidade. Se você está disposto a negociar sua liberdade, então precisa entender que a vida que ela conhecia já não existe mais."
"Não vou me subjugar a ninguém!" A jovem protestou, a indignação tomou conta dela. "Isso é absurdo! Você não pode decidir sobre minha vida assim!"
"Na verdade, posso", Antônio afirmou, com um ar de autoridade. "Você está em uma posição muito delicada, e a sua resistência só tornará as coisas mais difíceis para você e seu pai."
Rufos, percebendo a tensão crescente, interveio: "Talvez um casamento seja a solução imediata. Me ofereço de noivo." Antônio olhou para Rufos, divertido com aquela situação." Se a garota estiver disposta a colaborar, poderá ter uma chance de ajudar Oliver sem se comprometer com um destino que ela não deseja." Seguiu Foster.
Antônio escutava, mas seu olhar permanecia fixo na jovem.
A beleza da jovem era algo que capturava imediatamente a atenção de todos ao seu redor. Seus olhos verdes, profundos como esmeraldas, brilhavam com uma intensidade única, refletindo uma mistura fascinante de inocência e determinação. Eram olhos que contavam histórias, que revelavam uma alma forte mesmo em momentos de medo.
Seu rosto tinha traços delicados e harmoniosos, com maçãs do rosto suavemente delineadas e uma pele clara e aveludada, que parecia brilhar com uma luz própria. Os lábios, naturalmente rosados e bem desenhados, formavam um arco perfeito que se destacava ainda mais quando ela falava ou sorria, embora agora estivessem tremendo levemente devido ao medo.
Os cabelos longos e sedosos caíam em ondas suaves até a metade das costas, num tom rico de castanho dourado que capturava a luz e criava reflexos naturais. Algumas mechas mais claras emolduravam seu rosto, realçando ainda mais seus traços delicados.
Seu corpo era esguio e gracioso, com curvas sutis, mas bem definidas. Mesmo em momentos de tensão, ela mantinha uma postura naturalmente elegante, que revelava uma educação refinada. Sua altura mediana a tornava ainda mais graciosa, combinando perfeitamente com sua estrutura delicada.
Havia algo mais naquela bela jovem além da beleza física - uma aura de juventude e vitalidade que a envolvia, misturada com uma força interior que transparecia mesmo nos momentos mais difíceis. Era o tipo de beleza que ia além da aparência, que tocava a alma de quem a observava.
Naquele momento de tensão, sua beleza ganhava um aspecto ainda mais dramático. O medo e a coragem se misturavam em seu semblante, criando uma imagem que seria difícil de esquecer - uma jovem que, mesmo assustada, mantinha uma dignidade e uma força que a tornavam ainda mais extraordinária.
A combinação de sua beleza física com sua força interior criava uma presença magnética que era impossível de ignorar, mesmo em uma situação tão tensa e perigosa. Era uma beleza que falava não apenas aos olhos, mas também ao coração de quem a via.
"Então, o que você diz, garota? Você está disposta a fazer um acordo? Ajudar seu pai e garantir que ele não se coloque mais em perigo? Isso poderia ser um caminho para você ter um futuro longe desse jogo."
Respirou fundo, tentando controlar as emoções que a dominavam. "Eu só quero que meu pai fique seguro. Não quero fazer parte do seu mundo, Sr. Idiota. Não quero ser uma peça no seu jogo."
"Entendo", Antônio disse, com um tom que misturava compreensão e frieza. "Mas, como você deve saber, as opções são limitadas. Se você realmente deseja proteger seu pai, precisará considerar suas alternativas."
Oliver olhou para sua filha, arrependido e com preocupação em seus olhos. "Não faça isso, querida. Não se submeta a eles. Encontrarei uma maneira de resolver isso sem que você precise se sacrificar."
Antônio, percebendo a determinação da jovem e a vulnerabilidade de Oliver, sabia que a situação exigia uma abordagem cuidadosa. "Vou dar a vocês algum tempo para pensar. Mas lembrem-se: sou um homem de ação. Não esperarei para sempre."
Os olhares se cruzaram, a incerteza permeando o ar. O destino de Oliver e sua filha estava em jogo, e cada decisão poderia levar a consequências irreversíveis. A sala estava carregada de tensão, enquanto todos ali ponderavam sobre o que o futuro poderia reservar.
Como você se chama? Perguntou Antônio: "Me chamo Ninguém, Sr. Imbecil!"
Antônio arqueou uma sobrancelha, um sorriso sutil se formando em seus lábios ao ouvir a resposta desafiadora da jovem. "Ninguém, é? Um nome interessante para alguém que parece ter muito a dizer," ele comentou, admirando a coragem dela em meio ao caos que a cercava.
"Você pode me chamar de qualquer coisa que quiser, mas isso não muda que eu não sou uma peça de sua coleção," ela retorquiu, a bravura ressoando em sua voz. "E não vou me submeter às suas exigências."
A petulância dela apenas alimenta a curiosidade de Antônio. Ele gostava de pessoas que não tinham medo de se opor, que desafiavam a autoridade. "Você tem um espírito forte, 'Ninguém'. Isso pode ser uma qualidade valiosa, dependendo de como você escolher usá-la."
Rufos olhou para Antônio, intrigado. "Chefe, talvez essa atitude possa ser moldada para algo mais... produtivo. Se ela tiver a determinação de resistir, talvez possamos canalizar essa energia de forma diferente."
Antônio assentiu, considerando a sugestão. "Sim, isso pode ser verdade. Mas, 'Ninguém', você deve entender que essa determinação pode ter um preço. Se você quiser proteger seu pai e sair dessa situação, precisará aprender a jogar o jogo que estamos jogando."
Ela cruzou os braços, desafiando-o com o olhar. "E qual é o seu jogo, Sr. Cretino? Manipulação? Medo? Eu não quero fazer parte disso."
"É exatamente isso que você não entende," Antônio respondeu, sua voz suave, mas intensa. "O mundo em que vivemos é feito de escolhas difíceis. E a escolha que você fizer agora pode definir seu futuro e o de seu pai."
Oliver, ainda preso à cadeira, olhou para a filha com preocupação. "Filha, não escute o que ele diz. Há sempre uma maneira de escapar dessa situação. Não se deixe levar por ele."
"Eu sei, pai," ela respondeu, sua voz um pouco mais calma. "Mas não posso ignorar a realidade. Temos que pensar em como sair dessa."