Destemida
img img Destemida img Capítulo 1 Uma mentira pode ser escondida
1
Capítulo 6 O amigo de Joshua. img
Capítulo 7 O jantar e... img
Capítulo 8 Conhecendo Park. img
Capítulo 9 Sejam bem-vindos! img
Capítulo 10 O mau humor de Joshua. img
Capítulo 11 A vergonha depois da tempestade. img
Capítulo 12 Algo diferente naquela noite img
Capítulo 13 O que você quer img
Capítulo 14 Medos. img
Capítulo 15 Sentindo culpa. img
Capítulo 16 Reconciliação ! img
Capítulo 17 Eu qurro que me perdoe, pois também errei. img
Capítulo 18 Segredos que não podem ser descobertos. img
Capítulo 19 As desconfianças. img
Capítulo 20 Uma suspeita, será ! img
Capítulo 21 Alarme falso, mas não perca as esperanças. img
Capítulo 22 Uma ajuda de onde menos se espera. img
Capítulo 23 Quem é ele afinal img
Capítulo 24 Um final de semana e uma desagradável surpresa parte 11 img
Capítulo 25 Um final de semana e uma desagradável surpresa parte 2 img
Capítulo 26 Um final de semana e uma desagradável surpresa parte 3 img
Capítulo 27 Aysha ou Ashley img
Capítulo 28 Obrigada! Dividindo a desconfiança. img
Capítulo 29 Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece. img
Capítulo 30 Ligando para um amigo. img
Capítulo 31 Os Sherlock img
Capítulo 32 A descoberta é terrível. img
Capítulo 33 POV Aysha img
Capítulo 34 Um passo de cada vez... img
Capítulo 35 Descobrindo... Parte 1 img
Capítulo 36 Descobrindo... Parte 2 img
Capítulo 37 Descobrindo... Parte 3 img
Capítulo 38 A dor da traição... img
Capítulo 39 Uma decisão. img
Capítulo 40 Um tempo longe... img
Capítulo 41 Me deixe em paz img
Capítulo 42 Me conte o que aconteceu... img
Capítulo 43 Estou sim, grávida! img
Capítulo 44 Quando uma tempestade passa, surge a esperança. img
Capítulo 45 O inferno de Joshua img
Capítulo 46 Tentando se acertar. img
Capítulo 47 Buscando a reconciliação... img
Capítulo 48 Será ! img
Capítulo 49 Um pai muito tradicional, mesmo que não o suporte. img
Capítulo 50 As notícias correm... img
Capítulo 51 De volta! img
Capítulo 52 Não é bem assim... img
Capítulo 53 Como é ! img
Capítulo 54 Pensou errado! img
Capítulo 55 Os indícios... img
Capítulo 56 É isso mesmo! img
Capítulo 57 Um passo de cada vez... img
Capítulo 58 POV. Carly img
Capítulo 59 Uma conversa inevitável parte 1 img
Capítulo 60 Uma conversa inevitável parte 2 img
Capítulo 61 Nasce uma mulher que ninguém imaginava que existia... img
Capítulo 62 Seguindo... img
Capítulo 63 POV. Joshua img
Capítulo 64 As surpresas da vida. img
Capítulo 65 Tentando mudar as coisas. img
Capítulo 66 Os papéis estão prontos. img
Capítulo 67 O mundo dá voltas. img
Capítulo 68 Entendo... mas... img
Capítulo 69 Um passo de cada vez... img
Capítulo 70 O tempo passa... img
Capítulo 71 O dia D. img
Capítulo 72 Agora sim, você é minha! img
img
  /  1
img
img

Destemida

Witchgi
img img

Capítulo 1 Uma mentira pode ser escondida

"911, qual a sua emergência?"

- Ele, ele invadiu... invadiu a minha casa e a minha mulher... – O homem balbuciava as palavras com a voz embargada e nervosa.

- Senhor, respire e me diga o seu nome e endereço. – A atendente parecendo padecer da dor daquele homem, tenta tranquiliza-lo.

Respirando fundo, o homem se acalma um pouco para falar o que aconteceu.

- Meu nome é Joshua Stanley e moro na Rua xxxxx no bairro xxx da cidade de Shelburn Falls. Por favor, mandem uma ambulância.

- Ok senhor, mas o que aconteceu?

- Um homem invadiu a casa e atacou a minha esposa Carly Stanley na sala. Venham rápido por favor.

- Uma viatura da polícia e outra de ambulância estão a caminho senhor.

- Obrigado! – Após agradecer, encerrou a ligação.

Minutos depois...

A polícia e a ambulância chegaram ao local. Ao adentraram, viram uma cena de horror jamais esperada de anos de trabalho na polícia e até mesmo como paramédicos viram algo igual.

Sangue espalhado pelo carpete, dois corpos estudados no chão numa posição que a princípio não é suspeita, mas um homem com dois ferimentos a bala no peito caído ao lado com a cabeça na direção dos pés da mulher que estava com o corpo caído do lado oposto sendo a sua cabeça na direção dos pés dele com golpes de martelo na mesma e um homem, sentado no sofá de cabeça baixa com as mãos sobre a mesma.

- Senhor, Polícia de Shelburn Falls. O senhor está ferido?

Erguendo a sua cabeça, os olhos vermelhos e inchados demonstram que estava chorando.

- Graças a Deus! Por favor, salvem a minha esposa.

Um dos paramédicos que constatava os sinais vitais dos corpos, olhou em direção ao policial e meneou a cabeça com um semblante frustrado. As notícias não eram boas. Mas, o policial, vendo o estado em que o homem se encontrava, achou melhor mentir.

- Senhor, se acalme. Vamos agora levá-los. Qual o nome da sua esposa? Conhece o homem que está aqui na sua sala?

- Carly Stanley a minha esposa. Ele é um homem que a perseguir recentemente. Um motorista de táxi chamado Clever Duncan. Por causa de uma viagem que ela fez com ele, tudo começou.

Acenou para o paramédico que junto aos seus colegas, levariam primeiro a vítima. A esposa de Joshua que ao primeiro momento, o pulso estava muito fraco, mas ainda com vida. Infelizmente, o taxista não teve o mesmo que ela. Estava sem vida. O levariam depois.

Antes de a levarem, como precisavam correr com ela, o policial parceiro já havia solicitado um detetive forense para registro inicial pelo menos do que havia corrido no lugar.

Somente registrou com fotos as posições dos corpos para que fizessem a conclusão da investigação, já que o possível agressor, estava morto no local do crime.

Rapidamente a levaram ao hospital, seguido por Joshua no carro logo atrás com a filha de 6 meses do casal dormindo na cadeira de transporte.

Dois médicos já aguardavam na entrada da emergência para levá-la. Assim que o paramédico abre a porta traseira da ambulância, já relata aos médicos o que aconteceu com a vítima.

- Paciente Carly Stanley, de aproximadamente entre 25 a 28 anos, ferimento na cabeça lateral direita por golpes de martelo. Pulsação em 45 e saturação em 50. Nenhuma intercorrência durante o trajeto até aqui. Inserimos um cateter de acesso e inicialmente adrenalina.

Um dos médicos que era uma mulher, ao ver Carly sobre a maca sendo levada imediatamente para o centro cirúrgico, fica estática reconhecendo a amiga e cunhada. Era Brenda, a noiva de Cliff que estava a poucos meses transferida para aquele hospital

- Carly!

- A senhora a conhece?

- É minha amiga e cunhada. Onde está o marido?

- Vindo logo atrás com a filha do casal.

- Levem-na imediatamente para o centro cirúrgico. AGORA!

Joshua chegou com a filha encontrando na entrada da recepção, Ashley Morgan a melhor amiga do casal e também médica do hospital em que tanto Brenda, ela e Carly trabalham juntas.

- Como ela está?

- Ainda em cirurgia. O que aconteceu Joshua?

Muito abalada, Ashley indaga o amigo que parece do mesmo jeito, mas achou estranho ele estar apreensivo além de abalado.

- Aquele homem apareceu lá em casa. Cumpriu as ameaças pelo visto.

- Vem, vamos sentar ali. – Apontou em direção a algumas cadeiras ao fundo sem ninguém perto.

Assim que sentaram, Joshua coloca o bebê conforto em uma das cadeiras. Acomodados, Ashley o encara e pergunta.

- Pronto. Agora fala, o que aconteceu?

Suspirou pesado e ao fita-la, entre sussurros para que ninguém ouvisse o que conversavam contou o que realmente aconteceu e que ele tenha visto.

Com as mãos na boca, ela estava chocada. Não imaginava que aquilo pudesse acontecer com a amiga.

- Como pôde. Não consigo acreditar que ele foi capaz disso com a minha amiga.

Segurando uma das mãos, Joshua sorri fraco tranquilizando a amiga da sua esposa e também dele.

- Não se preocupe Ashley, Carly sairá dessa.

Sorriu em meio aos olhos marejados concordando. Joshua aproveitou para avisar a família dele e da esposa. O pai de Carly ficou extremamente irritado e ninguém sabia o porque, mas preferiram acreditar que era pelo que aconteceu a filha, mas havia algo a mais. O silêncio se fez depois disso até a chegada da família e que o pai de Carly encarava sombrio o genro que não entendia nada.

Minutos passaram e nada de respostas, até que duas horas depois, Brenda sai do centro cirúrgico ainda com as roupas descartáveis sujas de sangue retirando a touca com um semblante abatido e derrotado. Assim que a avistam, todos levanta-se correndo na sua direção. O pai de Carly, foi o primeiro a aborda-la.

- Brenda, como está a minha filha?

Suspirando e reunindo as palavras certas, Brenda os olha tristemente e dá a notícia que todos temiam.

- Eu sinto muito. Fizemos de tudo, mas infelizmente ela se foi.

Gritos e choros eram o romper do silêncio e dado a notícia de que a pessoa importante para eles, havia partido. Mas o pai de Carly era quem mais estava inconformado. Brenda, pediu para que o sogro a acompanhasse até uma sala para oficializar o reconhecimento, alegando que Joshua deveria ficar com a filha.

Caminharam em silêncio até o quarto que deveria reconhecer a filha. A sua garotinha que não acreditava que não iria vê-la mais.

Assim que a porta se abre, ele se surpreende. Encara a sua nora com os olhos marejados e a mesma não está diferente.

- Mas...

- Entre sogro que vou explicar.

Assim que adentram, o que ele vê o choca. Como assim? O que estava acontecendo?

Brenda o sentou numa poltrona perto daquela cama e relatou o que sabia que estava acontecendo e como fez para que ninguém descobrisse, mas infelizmente precisou que todos soubessem da sua morte.

O sogro entendeu tudo o que foi contado calmamente. Fez todos os procedimentos para liberação do corpo da filha e retornou para onde todos o aguardavam.

Fizeram tudo o que a filha merecia e na manhã seguinte o velório e enterro, foi feito de forma rápida e com o seu caixão fechado por conta dos ferimentos na cabeça e o rosto estar inchado e irreconhecível.

Nos primeiros meses após a sua morte, Joshua, deixou a filha Amber com os sogros para cuidarem da menina enquanto trabalhava, e como recebeu pelo seguro de vida e um valor de indenização do trabalho dela, conseguiu contratar uma babá para cuidar da menina devido a alguns problemas de saúde da sogra pela perda da filha e a sua mãe por ter tido nos últimos meses uma discussão e com isso, estarem brigados desde então, resolveu contratar Cindy, uma mulher de 23 anos cabelos loiros, olhos azuis e que ao primeiro momento, foi amor a primeira vista entre a filha e a babá.

O tempo foi passando e Ashley se mantinha cada vez mais presente na vida da afilhada e de Joshua. Para muitos, aquilo era normal mas não para o pai de Carly que nunca gostou muito da amizade daquela mulher com a sua filha e nem com o genro.

Mas, como Joshua era solteiro podia refazer a sua vida com quem quisesse, mas para o sogro, aquilo era inadmissível ser ela ou qualquer outra mulher.

Meses passaram, e com isso, a babá era adorada por todos pelos cuidados dela com a menina é nisso conquistou o pai. Joshua e ela estavam namorando e Ashley cada vez mais frequentando a casa do agora casal.

Dois meses após o comunicado do namoro de Joshua com Cindy, os dois se casaram numa cerimônia íntima já que a mesma estava grávida de trigêmeos para alegria do pai de Carly que a noiva não era Ashley e tristeza por em tão pouco tempo já estar com outra.

Para surpresa de muitos, a mesma não apareceu ao casamento.

No total entre a morte, relacionamento, casamento e nascimento dos trigêmeos Aysha, Lana e Luke, passaram-se 2 anos e meio e Ashley, não suportando mais, ligou para Joshua sentindo-se mal por tudo aquilo é marcaram de se encontrar como sempre na sua casa perto do escritório em que ele trabalha.

- O que você quer Ashley? – A indaga com cara de poucos amigos entrando na sua casa.

- Como o que eu quero! Depois de tudo é assim que me trata?! Você disse que não ia se casar e casou, disse que ia se separar e agora é até pai novamente. Você não cumpre nada do que me prometeu! – Furiosa, ela fala fechando a porta.

Massageando a testa e com raiva por estar sendo pressionado, Joshua já não suportava mais toda aquela situação. Decidido, disparou.

- Ashley, eu não prometi nada, mas agora acabou. Não quero mais isso. Chega!

- Ok, você diz assim com essa calma bem aqui na minha casa que não prometeu sendo que a idiota aqui que pensou que você amava a Carly até àquele momento. Mas agora saia! Eu me enganei com você. Mas uma coisa te aviso, isso não ficará assim.

Passando por ela que estava com a porta aberta o esperando sair para e segura no seu queixo com força.

- Tudo bem querida. Estarei reparando para ver o que irá fazer.

Sorriu debochado e saiu daquela casa sem olhar para trás. Batendo a porta com força, Ashley desliza sobre a porta até o chão sentando-se e abraçando os joelhos chorando.

- Isso não vai ficar assim.

Pegando o celular do bolso após se recompõe, faz uma ligação. No segundo toque, é atendida.

- Alô, sou eu. Quero fazer o certo e espero que não sobre para mim já que me garantiu que não sofrerei nada se cooperar.

- Ótimo. Já sabe o que fazer então.

A pessoa lhe responde e não da margem para respostas e desliga a ligação. No minuto seguinte, Ashley faz uma nova ligação. Aquela era a ligação que mudaria o rumo das coisas.

Enquanto a vida de Joshua corria tranquilamente bem, ele nem se lembrava mais da discussão que teve com a amiga e rompido o tempo de amizade e consideração que tiveram.

Semanas depois, o caso da morte de Carly foi reaberto e com isso, a história mudava de curso.

No seu escritório fazendo umas alterações num projeto que o seu chefe pediu por conta das decisões do cliente, a porta é aberta pela secretaria que adentra pálida.

- Senhor, tem uns policiais aí na porta querendo falar com o senhor.

Franzino o cenho achando aquilo estranho, a indagou.

- Policiais?! E sobre o que querem falar?

- Disseram ser sobre a sua esposa.

Sentiu o coração errar a batida pensando ser sobre a sua esposa Cindy e a mandou deixá-los entrar.

Levantando-se da cadeira indo ao aparador pegar um copo d'água, os policiais adentram a sua sala com o semblante fechado.

- Senhor Stanley. Somos da delegacia de homicídios. Meu nome é sargento Bob e o meu parceiro Josh. Gostaríamos que nos acompanhasse a delegacia para esclarecimentos.

Bebendo o gole da sua água ainda não entendendo o que aquilo significava, indagou-os.

- Mas está tudo bem?! Aconteceu algo com a minha esposa?

- De fato é sobre a sua esposa, afinal, temos alguns esclarecimentos sobre o assassinato da senhora Carly Stanley.

Ainda não entendendo, os questionou.

- Não estou entendendo. O caso da minha esposa já foi solucionado. Porque preciso ir até a delegacia acompanha-los?

- Por favor senhor, não dificulta o nosso trabalho. Apenas nos acompanhe e lá saberá.

Percebendo que não adiantava refutar ou tentar saber algo, ligou para a secretária pedindo que cancelasse todos os seus compromissos daquele dia.

Seguiu os policiais até a delegacia e a partir daí, começa o retrocesso de toda a história com o seu mandato de prisão decretada no momento do interrogatório.

Dois meses depois da reabertura do caso da morte de Carly Stanley, a cidade de Shelburn Falls estava em alvoroço. O fórum da cidade estava acontecendo um julgamento depois de uma grande reviravolta.

Mas o que não imaginavam, era a surpresa de quem era a testemunha de acusação.

Todos no recinto estavam petrificados e num silêncio ensurdecedor. Somente o bater dos sapatos a caminho da cadeira do inquirido que era o único sim naquele tribunal.

Assim que passou pela pequena grade de madeira, colocou a sua mão direita sobre a bíblia que o escrivão lhe estendeu. A mão direita, erguida para o ar.

- Jura dizer a verdade, nada além da verdade em nome de Deus?

- Eu juro. – Assentiu para iniciar o depoimento.

- Pode começar. – O juiz quem determina lhe dando a palavra.

Antes da testemunha iniciar, olhou em direção a bancada do réu e só ouviu um murmúrio mesmo que fosse apenas pela incredulidade de quem era visto ali, mas era algo que queria confirmar para si mesmo.

- Você?!

Um sorriso desdenhoso fora dado antes de começar e enfim, a testemunha olhando ao redor começa a contar tudo desde o início...

            
            

COPYRIGHT(©) 2022