- Boa noite, está feliz né safad@, pelo jeito a conversa com o barman foi ótima. - Falo, animada.
- E como foi. - Ela fala, maliciosa, enquanto continua parada na porta. - Pode entrar Nicolas, aqui ninguém morde, exceto se você pedir. - Ela fala, brincalhona.
Olhei para ela confusa e rapidamente levantei do meu lugar.
- Boa noite. - Ele fala, educado.
Engoli seco e fiquei paralisada por alguns segundos, ao notar o olhar de Nicolas em minha direção, lembro que o tecido da minha camisola é transparente.
- Boa noite, Nicolas, desculpa o jeito. - Falo, envergonhada.
Pego um lençol e cubro meu corpo.
- Amiga, preciso muito de um favor. - Samantha fala, tranquila.
- É claro, se eu puder ajudar. - Falo, amigável.
- Algum engraçadinho, furou dois pneus do carro do Nicolas.
- Nossa, sinto muito. Mas infelizmente não posso ajudar, eu não sei trocar pneu. - Falo, chateada.
Samantha ri alto e Nicolas sorri incrédulo.
- Amiga, você é engraçada. - Ela fala, divertida.
Olhei para ela confusa.
- Eu não quero que você troque os pneus.
Ela se aproxima de mim e me abraça.
- A não!? - Pergunto, confusa.
Samantha beija meu rosto.
- Não, amora. É algo bem mais fácil do que isso, preciso que você divida seu quarto com nosso amigo. - Ela fala, tranquila.
Olhei para ela surpresa.
- O quê? - Pergunto, aflita.
Nicolas não fala nada, ele apenas me observa curioso, uma de suas mãos está no queixo como se ele estivesse pensando.
- Ele já concordou em dormir na poltrona. - Samantha fala, calma.
- Desculpe, fui pega de surpresa. Mas essa poltrona não é muito pequena para ele? - Pergunto, calma.
- Sim, mas a casa está cheia de gente bêbada para tudo que é lugar, e ele não quer dormir com a Ana, então pensei que você poderia ceder um espacinho aqui para ele.
- Eu já te disse Samantha, posso pegar um uber, amanhã retorno para buscar o carro. - Ele enfim abre a boca.
- Nada disso, você não vai embora a essa hora de uber, se acontece qualquer coisa com você, eu não perdoo. - Ela choraminga.
- Não seja dramática, não vai acontecer nada comigo, eu não quero dar trabalho para ninguém.
- É claro que ele pode dormir aqui, está tudo bem Nicolas, você não está dando trabalho algum. - Manifesto minha opinião.
- Está vendo, não é trabalho nenhum, agora que está tudo bem por aqui, eu vou voltar para o meu quarto, o barman está esperando para o segundo tempo. - Ela fala, malicios@.
Sorri e neguei com a cabeça.
- Samantha, nos poupe dos detalhes e vai. - Falo, divertida.
Ela beija meu rosto, se despede de Nicolas e nos deixa a sós.
- Fique à vontade, Nicolas. - Falo, amigável.
- Obrigado. - Ele fala, gentil e fecha a porta.
- Se quiser tomar banho, o banheiro fica ali, tem toalha lá.
- Vou fazer isso. – Ele fala, tranquilo.
Nicolas segue para o banheiro, eu respiro fundo e volto a secar meu cabelo.
(...)
Minutos depois termino de secar meu cabelo, guardo o secador e deito na cama, pego meu celular para visualizar algumas mensagens, respondo meu irmão e quando estava respondendo minha mãe Nicolas reaparece.
Nos olhamos rapidamente e depois voltei dar atenção para meu celular, ele foi até a poltrona, se deitou e pegou seu celular.
- Já conhecia a Ana? - Perguntei após alguns minutos que o silêncio reinava no quarto.
- Sim, conheço. - Ele fala, sério.
- Não achou uma boa ideia dormir com ela? - Pergunto.
Nem sei porque perguntei isso, mas perguntei.
- Desculpe, sei que isso não é da minha conta. - Falo, em desculpa.
- Tudo bem, não tem problema perguntar. Faz pouco tempo que conheço ela, mas acabamos nos envolvendo e ela é um pouco pegajosa demais. - Sorri.
- Entendi, pelo jeito você não curti romance.
- Não estou em busca de relacionamento, para mim isso é uma perda de tempo. Relacionamentos geram sentimentos, e essa coisa de sentimento, só serve para deixar as pessoas frágeis e vulneráveis. - Fico surpresa com sua resposta.
- Não é bem assim, quando você encontra a pessoa certa ela se torna seu porto seguro, sua força, e isso faz com que você fique mais forte para enfrentar qualquer dificuldade. - Falo o que penso.
- Bobeira. - Ele fala, desmotivado.
Olhei para ele, incrédula.
- Você não acredita no amor? - Pergunto, curiosa.
- Não! Para mim esse sentimento é para os fracos.
- Você fala assim porque nunca se apaixonou.
- E você já? - Ele pergunta, curioso.
- Ainda não, mas acredito no amor. E bem diferente do que você pensa, para mim só se apaixona quem é forte. O amor não é para os fracos, para se amar alguém tem que ter muita coragem. - Falo, confiante.
- Palhaçada.
- Espero que um dia você se apaixone, e quando se apaixonar espero que lembre do que acabei de dizer. - Ele sorri.
- Por que entramos nesse assunto mesmo? - Ele pergunta.
Nicolas encara meus olhos com aquele olhar intimidador, engulo seco, deixo meu celular na escrivaninha e me deito.
- Não sei, boa noite, Nicolas. - Respiro fundo.
- Boa noite. - Ele fala, tranquilo, e apaga as luzes pelo sistema.