Capítulo 4 Como Tudo Começou

O lugar era um lindo jardim, aonde duas pessoas caminhavam e conversavam calmamente.

Carme - Pelas minhas estrelas, olha como o céu está lindo esta noite.

Elaine - Está deslumbrante.

Carme - Isto me lembra o baile que terá daqui dois dias.

Elaine - Por tocar neste assunto, Greg te convidou?

Carme - Sim, mas não tenho certeza se irei comparecer.

Elaine - Por que não iria?

Carme - O ritual acontecerá a meia-noite, tenho um grande compromisso com a lua.

Elaine - Eu não queria que você fizesse isso!

Carme - Eu preciso, não quero que minha família sofra com a maldição.

Na cabeça de Lola, várias perguntas se formavam. "Maldição?!" "Quem é Greg?!" "Carme é a primeira lua?!

Elaine - Eu preciso ir, promete que irá ficar bem?!

Carme - Prometo.

Aquele era o momento exato para interrogar Carme, mas Lola pressentia que isso poderia mudar o futuro.

Carter - Você vai me explicar o que acabou de acontecer?!

Lola - Eu posso resumir, acontece que eu sou a 16° lua, vim para a sua cidade apenas pro ritual que acontecerá no final da próxima semana a meia-noite.

Carter - Isso não pode ser real, é apenas uma lenda.

Lola - Não, eu já te mostrei que não é. Como lua, eu tenho poderes digamos que...sobrenaturais e, bom eu não posso falar com ela.

Carter - Já que você tem poderes sobrenaturais, não pode simplesmente ficar invisível?

Lola - Não, ela pode sentir a nossa presença a quilômetros de distância e também pode ler os seus pensamentos.

Carter - Você já leu os meus?!

Lola - Não, prefiro não fazer isso.

Carter virou Lola em sua direção, seus olhos próximos e respiração baixa.

Carter - Experimenta!

Lola - Não posso.

Carter - Eu deixo.

Olhando bem em seus olhos, Lola leu os pensamentos de Carter: "Eu acredito em você, só estou assustado com tudo que aconteceu. Foi tão de repente, tão inesperável! Mas estarei sempre aqui, com você e por você."

Lola - Eu-

Carme - Quem são vocês?! E o que estão fazendo em minha propriedade?!

Lola - Oh, desculpe! Nós somos apenas dois viajantes.

Carme - Viajantes?! Suas vestimentas são diferentes.

Carter - É porque assim fica melhor de andar a cavalo.

Carme - Ah, mas o que estão fazendo aqui?

Lola - Achamos o lugar lindo.

Carme - Quais seus nomes?

Carter - Eu sou Carter e ela é-

Lola - Eu sou a namorada dele.

Carme - Vocês formam um belo casal, querem ir comigo tomar um chá? Bem, eu ainda não sei o seu nome.

Lola - Ah, Lola.

Carme - Primeiro vocês precisam mudar as suas vestimentas, vamos ao meu quarto que conseguirei o que precisam.

E assim foi, Lola e Carter se trocaram no quarto de Carme que não desconfiava de nada.

Carme - Então, como se conheceram?

Lola - Ah, ele mora ao lado da minha casa.

Carme - Ótima forma de viver um romance.

Carter - Não queremos falar de nós, certo?! Por que não falamos de você?!

Carme - Ah, bem...eu sou Carme Castelain, única filha da família Castelain. Sou muito estudiosa e bem...eu não sei, mas sinto que posso confiar em vocês.

Lola - Em relação a que?!

Carme - Olhem isso!

Ela nos mostrou um livro, ao qual recebia o título "Diário da Lua", seus olhos brilhavam ao olhar para eles.

Carme - Eu vou-lhes contar uma história.

"Há muito tempo atrás, às estrelas perceberam que a noite precisava de um brilho à mais. Então todas se uniram e pediram ao universo uma estrela a mais.

Porém, algo ocorreu, o universo resolveu trocar de lua a cada 16 anos. Às estrelas concordaram e, então a primeira lua foi escolhida, no dia mais frio, na noite mais escura, a lua iria brilhar."

Carme - Não é linda esta história?!

Carter - Sim, mas cadê o resto?

Carme - Ainda não está escrito, histórias devem continuar, mas com novos caminhos e novas direções.

Lola - Ah, entendemos.

*Sinos tocam*

Carter - Está tarde, talvez esteja na hora de voltarmos para casa. Temos trabalho a fazer e, bom... não temos muito tempo.

Lola - Nós precisamos ir, foi um prazer conhecê-la.

Carme - Mas já?

Lola - Digamos que perdemos a noção da hora.

Carme - Certo, espero vê-los novamente.

Ela saiu em direção a sua mansão que era lindíssima.

Carter - Está bem, o que acabou de acontecer?!

Lola - Ela é da minha família, esta mansão é da minha família. Tudo que você está vendo ao nosso redor é da minha família, não acredito que conheci a primeira lua.

Carter - Certo, eu acredito em você. Isso é tão surreal! Você é uma lua e agora estamos no passado, já sabemos o início de tudo, vamos ter uma ótima nota no trabalho.

*Sinos tocam*

Carter - Por que estes sinos ficam tocando a toda momento?!

Lola - Sinos tocarão, quando um feitiço for em vão.

Carter - O quê?!

Lola - Nada, só vamos sair logo deste lugar. Um ciclo, uma história leve-me para onde estávamos agora.

Novamente os dois desapareceram do passado e foram para casa de Carter.

Carter - Já é tão tarde assim!

Pippa - Carter Williams, aonde você estava?!

Carter - Pippa, o que você-

Pippa - Que linda! Vocês estão ensaiando uma peça em que você é a princesa e ele é o seu príncipe encantado?

Lola - Ah, nós estávamos fazendo um trabalho e precisamos entrar no papel de cada personagem.

Pippa - Eu quero brincar com vocês.

Carter - Não! Está tarde e você tem que ir dormir!

Lola - Carter! Vamos brincar um pouco com ela e depois você vai pra cama, mocinha.

Pippa - Combinado.

Os três corriam pelo quarto de Carter brincando como se não houvesse amanhã.

Pippa - Você faz o meu irmão mais feliz.

Lola - De que forma?

Pippa - Kenzie não trás felicidade ao coração dele, já você sempre que aparece, ele fica feliz.

Lola - Que bom, quero trazer felicidade para todos.

Pippa - Você é a melhor pessoa que já conheci, o sono está cada vez mais ameaçador...

Lola - Você quer ver algo lindo?

Pippa - Quero.

Lola - Luas e estrelas, constelações sem fim trago-te.

O quarto de Pippa ficou escuro, mas logo foi iluminado pelo universo e suas constelações.

Lola - Tenha uma boa noite.

Lola foi embora para casa, agora estavam somente Pippa e Carter que estava prestes a sair do quarto da garotinha.

Pippa - Ela é mágica.

Ele olhou para a garotinha que estava com os olhos brilhando de felicidade, e lentamente fechando-os.

Carter - Sim, ela é.

Nos seus olhos transparecia profunda paixão, e em seu sorriso era visível o quanto ele gostava daquela garota.

            
            

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