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Em um reino distante, cercado por montanhas majestosas e vales exuberantes, havia uma aldeia chamada Brilhos do Sol. Nela, vivia Marta, uma jovem nobre com um espírito livre e coração generoso. Ela era conhecida por sua beleza radiante, mas, acima de tudo, por sua segurança e empatia com os aldeões, que a adoravam. Seus dias eram preenchidos com risadas infantis, flores colhidas no campo e histórias contadas à luz do crepúsculo.
No entanto, o destino de Marta estava prestes a mudar. A cada lua cheia, havia feiras na aldeia, onde as pessoas se reuniam para celebrar uma colheita. Foi em uma daquelas noites mágicas que Titos, o rei da Nisha, veio disfarçado entre os camponeses. Embora fosse uma monarca de grande poder, Titos tinha um desejo secreto: conhecer seu povo sem as barreiras da realidade. Ele queria entender suas alegrias e tristezas, suas esperanças e medos.
Quando Titos avistou Marta dançando sob a luz das estrelas, seu coração disparou. Havia uma doçura em seu sorriso que iluminava até mesmo a noite mais escura. A jovem, com sua graça e animação, parecia não notar a presença do rei. Intrigado, Titos se moveu, apresentando-se como um simples viajante em busca de emoções.
Os dois passaram a noite conversando, trocando histórias e risadas. Marta se sentiu tão à vontade ao lado dele, como se estivesse falando com um amigo de longa data. Titos, por sua vez, via em Marta a pureza que lhe faltava em meio às intrigas do palácio. As horas voaram, e o sol começou a nascer, trazendo consigo a realidade.
Ao se despedir, Titos sentiu um vazio imenso. Eles trocaram promessas de se encontrar novamente, mas ambos sabiam que as responsabilidades de um rei e as normas da nobreza seriam barreiras difíceis de transporte. Ao retornar ao castelo, o rei sentiu a pressão de seu papel, mas a imagem de Marta não saiu de sua mente.
Nos dias seguintes, Titos buscou maneiras de vê-la novamente. Ele decidiu organizar uma festa no palácio, convidando todos os nobres da região, incluindo os aldeões de Brilhos do Sol. Marta, animada com a ideia de ver seu novo amigo, aceitou o convite e se preparou para a ocasião.
Quando chegou ao palácio, Marta ficou maravilhada com a opulência do lugar. Mas o que mais a esquentava era a expectativa de reencontrar Titos. Ao cruzar a porta do salão, seus olhos brilharam ao ver o rei, que a esperava com um sorriso terno. No entanto, não demorou para que a pressão das obrigações reais se fizesse sentir. Nobres ambiciosos cercavam Titos, promovendo casamentos políticos e alianças estratégicas.
Marta percebeu que a distância entre eles estava aumentando, não apenas fisicamente, mas emocionalmente. Ela se sentia como um pássaro em uma gaiola dourada, enquanto Titos lutavam contra correntes invisíveis que o prendiam. Em uma conversa íntima, Titos confessou seu amor por ela, mas alertou que seu dever como rei poderia impedi-los de ficarem juntos.
Desesperada, Marta decidiu que não poderia viver em um mundo onde o amor era apenas um sonho distante. Naquela noite, ao luar, ela deixou uma mensagem secreta para Titos, pedindo que eles fugissem juntos, abandonando a vida que os separavam.
Seria um ato de coragem ou loucura? Titos, ao receber a carta, sentiu o peso de sua escolha. Ele amava Marta profundamente, mas o reino precisava de um rei forte. Com o coração dividido, decidiu que deveria fazer algo extraordinário. No dia seguinte, no meio das festividades do final do verão, ele anunciou que procuraria um conselheiro que priorizasse o amor verdadeiro e a felicidade de seu povo.
A plateia ficou em silêncio, mas Marta lembrou que a declaração era uma mensagem para ela. Ao final da celebração, Titos e Marta se resgataram sob uma árvore antiga, onde prometeram lutar pelo amor que uniu seus destinos. Assim, juntos, começamos uma nova jornada, onde o amor e o dever poderiam coexistir em harmonia, transformando não apenas suas vidas, mas também o reino de Nisha em um lugar onde o amor realmente reinava.
E assim, entre o coração e a coroa, nasceu uma nova era, onde ninguém precisaria escolher entre amor e dever.