Depois de alguns minutos dirigindo em silêncio, Dana visualiza o motorista entrando em uma casa enorme e impressionante. Ela admira aquele lugar com os olhos arregalados, em seu estômago havia um nó horrível que ela não conseguia controlar.
Quando o carro para, a porta da casa se abre e Kristine sai. Dana a observa de dentro do carro, sem acreditar que essa mulher era sua mãe. Não havia a mínima possibilidade de ela ser mãe dele.
A motorista abre a porta e, ao sair, percebe sua mãe sorrindo abertamente. Ele parecia feliz, mas ela não sentia o mesmo.
-Dana! -seu sorriso se alarga enquanto ele caminha em direção a ela com aquelas roupas finas. Ah, minha filha! -Kristine acaba abraçando-a, o que a deixa desconfortável.
-Oi, mãe...-ele diz, inexpressivo.
-Você é tão linda, olha como você é grande. Você já é uma mulher!
Ele a bajula enquanto se afasta um pouco para olhá-la da cabeça aos pés. Dana ficou sem palavras naquele momento, ela realmente não tinha muito a dizer.
-Como foi seu voo? Tudo em ordem?
Dana olha para o rosto da mãe, era óbvio que ela não trabalhava há muito tempo. Sua maquiagem estava perfeita e as roupas que ela usava eram muito finas e elegantes. Ela era muito diferente da mulher que era há 5 anos.
-Estava tudo bem...-O sorriso de Kristine desapareceu um pouco, porém, ela olhou para a filha com grande ternura.
-Nesse caso, vamos em frente, vou te levar para o quarto onde você vai dormir.
-OK.
-Quero que você se sinta confortável em casa, você não terá problemas aqui. Eu prometo.
A jovem segue a mãe subindo uma escada enorme, a casa por dentro era impressionante. Luxuoso demais, ela nunca pensou que sua mãe chegaria tão longe. Ele se sentia um inseto naquele lugar, até suas roupas não combinavam com nada naquela casa.
A mãe dela abre uma porta e a deixa entrar.
-Mandei preparar este quarto para você, é muito confortável e fresco. Você até tem uma sacada, -ele aponta.
-É muito bonito.
-Fico feliz que você tenha gostado, você tem seu próprio banheiro e tem um espaço extra aqui para você guardar suas roupas.
A jovem olha para aquele lugar e percebe que o armário era do mesmo tamanho do seu antigo quarto.
-Acho que não vou usá-lo muito.
Kristine olha para a pequena mala da filha e pensa que cometeu um erro, depois sorri novamente, sentindo que o ambiente estava um pouco tenso.
-Você pode tomar um banho e se trocar, depois desce para jantar, ok? -Dana permanece em silêncio.
Sem outra escolha, ela concorda, não muito convencida.
-Ok, estarei esperando por você.
-Obrigado.
Deixada sozinha no quarto, Dana solta a respiração suspensa. Aquele encontro foi muito mais estranho do que eu imaginava. Ele lambe os lábios e começa a andar pelo cômodo, o banheiro era enorme e a vista da sacada era muito bonita.
Dana sentou-se na ponta da cama, sentindo-se muito confortável. Além disso, ela era enorme. Ela olha para o futuro e pensa que deveria procurar um emprego para se sustentar e não depender da mãe.
-Demônios...
[...]
Kristine continuou olhando para as escadas, sua filha não descia e ela já estava começando a ficar impaciente.
-Kristine, querida, você precisa ir com calma. Dê tempo a ela, ela descerá quando se sentir pronta.
-Não quero que ela se sinta desconfortável em casa", -ele diz com uma voz preocupada.
-Ele vai se adaptar em breve.
Nesse momento eles ouvem o som de uma porta, o que os faz olhar para cima, em direção às escadas, para vê-la descendo.
Dana olha para a mãe e o marido na mesa e sente um nó horrível no estômago. Ela morde o interior da boca, mas continua avançando em direção à mesa onde sua mãe a esperava com um grande sorriso.
-Você está se sentindo melhor?
-Estou um pouco cansado.
-Bom, depois do jantar você pode ir para a cama-Dana assente, mas naquele momento ela olha para o marido de sua mãe e Kristine percebe isso. Ah, filha! -Ele rapidamente se levanta para estender a mão para a jovem. Este é Oliver Verchot
Dana nunca tinha conhecido o novo marido de sua mãe, era a primeira vez que se viam e a verdade é que era estranho para ela. Ela olha para o homem que a olhava de uma forma muito paternal e isso a confunde muito.
Ele era um homem mais velho, mas muito bem preservado. E seu porte era muito elegante, mesmo quando estavam apenas jantando, dava para perceber a que classe social ele pertencia, incluindo sua mãe.
-Olá, prazer em conhecê-la, Dana. Sua mãe sempre me fala sobre você.
-Olá", -é tudo o que ela tem a dizer, já que ela nunca gostou daquele homem.
-Bem, teremos bastante tempo para conversar e nos conhecer melhor. Agora sente-se e coma alguma coisa.
Ela assente, percebendo que ambos estavam sendo muito gentis com ela, porém ela não conseguia parar de pensar em tudo que teve que passar durante aqueles 4 anos sem sua mãe.
Felizmente, o jantar foi bem tranquilo, de vez em quando Kristine perguntava alguma coisa e ela respondia na metade. Ele mal levantou os olhos do prato, era desconfortável jantar com aquelas duas pessoas.
Ela se lembra do pai e acredita que se ele estivesse vivo ficaria muito bravo com ela.
-Você se importa se eu for embora agora? -ele pergunta finalmente, olhando para cima.
-Eu preparei sua sobremesa favorita, você não quer esperar? -Dana olha para a mãe e sente uma profunda vontade de fugir.
-Posso ir? - ele insiste.
Oliver olha para a expressão da esposa e depois para a da enteada. Era óbvio que Kristine estava pressionando a filha e isso não estava certo.
-Não temos problema, você pode ir dormir. Se você quiser sobremesa, ela será enviada para seu quarto", -diz Oliver, recebendo um olhar da esposa.
-Obrigado, desculpe...
Dana se levanta, chocada com a resposta do marido de sua mãe. Mas o melhor era que ele voltasse para seu quarto.
-Oliver...
-Você tem que ter paciência, dar espaço para Kristine. Se você pressioná-la, você a fará sair de casa. Ela olha para cima e vê o marido.
-Não sei como agir com minha filha, sinto que ela me odeia e não tenho ideia de como mudar isso.
-Tudo vai melhorar aos poucos, não dá para apressar as coisas.
Kristine concorda, seu marido estava certo, ela estava tentando fazer as coisas funcionarem, mas Dana precisava de tempo para se ajustar. Ela olha para as escadas e suspira, pelo menos ela estava em casa com ela.
[...]
Dana fecha a porta e os olhos, ela tenta se comportar, mas não consegue esconder o sol com um dedo. Sua estadia naquela casa seria muito difícil.
-Droga, como vim parar aqui?
Ele caminha até a cama para deitar-se e pensar no que deve fazer para resolver seu problema. Ela não podia ficar naquela casa a vida toda às custas da mãe e do marido.
-Preciso de um emprego...
[...]
Lukas desliga o carro sentindo-se muito cansado e frustrado, o loiro sai do carro e entra em casa. Já era muito tarde e todos provavelmente já estavam dormindo.
Enquanto ele sobe as escadas ele balança a cabeça de um lado para o outro, o dia tinha sido muito difícil e aquela reunião que ele teve na empresa do pai foi uma completa perda de tempo.
-Merda, você está me fazendo perder tempo.
Ele olha as horas no relógio enquanto caminha para o quarto. Ele precisava de um banho e de um sono profundo. O CEO estende a mão para a maçaneta da porta do seu quarto quando, do nada, a porta do quarto em frente ao seu se abre.
Lukas fica surpreso porque sabe que não havia mais ninguém naquele andar, exceto ele, seu pai e sua esposa, mas o quarto deles ficava nos fundos, bem longe do seu quarto. Ele fica esperando quem diabos estava saindo daquela sala quando, do nada, uma ruiva com pernas nuas e quadris pronunciados aparece.
Ela ficou parada no batente da porta enquanto ele continuava segurando a maçaneta como um idiota. Lukas pisca várias vezes ao ver a ruiva sardenta, de olhos castanhos e um corpo incrível parada na sua frente.
A garota olhou para ele como se ele fosse um pervertido, o que o fez se perguntar quem diabos era aquela garota. Em seguida, ele entra em detalhes sobre as roupas dela, notando que ela não estava usando sutiã, as pontas dos seus mamilos estavam claramente visíveis, o que o fez ter alucinações e até suar.
Aquela pele delicada e aquele rosto de menina o estavam incomodando... Lukas se vira completamente para encarar aquela mulher que o estava desconcertando.
-Quem é você? -ele cruza os braços enquanto faz a pergunta.
Dana ficou atordoada ao olhar para o enorme loiro de olhos azuis na sua frente, ele era tão alto e grande que ela teve que olhar para cima. Ela olha para os dois lados e percebe que o corredor estava completamente vazio e frio.
O que a fez lembrar que não estava usando sutiã, fazendo-a olhar para baixo e ver seus mamilos eretos. Ele então cruza os braços e olha para cima novamente.
-Acho que já os vi, não precisa cobri-los -a voz arrogante do homem o irritou-. Quem é você? Uma nova empregada que Kristine contratou?
-Empregada doméstica? -Ela franze a testa diante da arrogância daquele cara.
-Sim, você deve estar. O que não entendo é por que você estava saindo daquela sala. Você não deveria dormir aqui.
Dana engole em seco ao senti-lo caminhando em sua direção de forma ameaçadora.
-Não importa quem você é, qual é seu nome? -Lukas caminha em sua direção, fixando os olhos naquele corpo sensual e bastante voluptuoso.
A verdade é que aquela mulher chamava muito a atenção dele, aquelas sardas, aquele cabelo e aquelas curvas eram de tirar o fôlego. Naquele momento ele a imaginou chupando seu pau com aqueles lábios carnudos e imediatamente ficou muito excitado.
-Acho que você está errada. -Dana dá um passo para trás, pressionando o corpo contra a porta.
-Enganado? Não, não estou errado...
A CEO coloca uma mão contra a porta e a outra roça uma mecha ondulada de seu cabelo.
-O que você está fazendo aqui em cima? - ele sussurra, passando lentamente os dedos pelo pescoço dela até chegarem ao tecido da camisola.
-O que você está fazendo? -ela pergunta, cheia de medo e pânico, ela não conseguia nem se mover.
Ela imaginou que o homem devia ser amigo do marido de sua mãe; não havia outra explicação para ele não saber que ela era filha de Kristine.
-Não sei... -Lukas roça os lábios com os nós dos dedos sem tirar os olhos dela-. Eu realmente não sei...
Lukas se inclina em direção ao rosto da garota e toca seus lábios com os seus, foi apenas uma pequena carícia e ele sentiu seu corpo eletrificar. Quando ele faz menção de intensificar o beijo, a ruiva entra no quarto violentamente.
-Mas... que porra...!
Ele faz um gesto com as mãos de que não entende como ela escapou dele, ele fica no corredor sozinho e com uma ereção do caralho por baixo das malditas calças.
-Droga! - ele murmura com raiva.