Depois de se sentar na cama, Dana tenta respirar calmamente. E ele começa a pensar no que aconteceu com aquele cara; Ela continuou se perguntando quem ele era e por que ele estava fazendo e dizendo todas aquelas coisas para ela.
-Merda... Onde diabos eu fui parar?
Então ela se lembra daquele olhar intenso e daqueles olhos azuis penetrantes que a deixam um pouco inquieta, ela franze a testa e reage ao comportamento absurdo dele. E ela queria descer para pegar um pouco de água, mas depois daquele encontro ela nem teve vontade de fazer isso.
[...]
-Você acha que Dana dormiu bem? -Oliver pergunta à esposa enquanto folheia o jornal.
-Espero que sim, ela passou por muita coisa.
Ambos estavam esperando na sala de jantar pelo café da manhã. Mas Kristine estava preocupada com a filha, ela suspeitava que ela não viria naquela manhã.
-Você está muito nervoso, precisa se acalmar um pouco.
-É tão difícil, Dana se tornou uma jovem complicada. Eu a conheço, sei que ela não vai querer ficar em casa por muito tempo.
-Vou falar com ela para ver se ela quer trabalhar na minha empresa, pelo menos ela estará ocupada com alguma coisa.
-Se isso é uma boa ideia, querida.
A ruiva continuou olhando para as escadas. A situação com a filha não era das melhores.
-Bom dia! -mas a voz repentina de Lukas chamou a atenção dos dois adultos que o olharam com espanto. Parece que eles estão olhando para um fantasma -. Ele diz, sentando-se calmamente.
-Bom dia, filho.
-Eles servirão café da manhã? -O CEO olha para a porta da cozinha.
Naquela manhã ele acordou cedo só porque queria ver a nova governanta. Eu queria ver a reação dele quando descobrisse quem eu era.
-Eles estão prestes a servir",- responde Kristine, olhando para a loira.
-Por que você está tomando café da manhã conosco? Não é comum você acordar a essa hora da manhã.
-Estou com fome", -ele mente descaradamente.
-Lukas, tem uma coisa que preciso te contar. -Oliver fecha o jornal para falar com o filho sobre a chegada de Dana.
-Do que se trata?
O loiro olha para o pai, percebendo que ele estava franzindo a testa; talvez o que ele tinha a lhe dizer não fosse agradá-lo.
-Bom dia!
Mas uma voz feminina chamou a atenção do loiro que imediatamente virou o rosto, assim que viu aquela ruiva com uma expressão tão inocente sentiu seu coração disparar.
-Dana! Bom dia... -Kristine cumprimenta a filha animadamente, já que ela veio naquela manhã-. Você dormiu bem?
-Sim -ele mente.
Então seus olhos focaram naquele loiro de olhos azuis que não conseguia tirar os olhos dela. Quem diabos era aquele cara? Dana fica parada na entrada da sala de jantar, sem saber o que fazer.
-Venha sentar e tomar café da manhã conosco -nesse exato momento Lukas se vira para olhar para Kristine, e ela falou com ele de uma forma bem diferente dos outros funcionários.
-Lukas -a voz do pai o trouxe de volta à realidade.
-Quero apresentar a Dana, ela é filha da Kristine -o CEO foca naquela ruiva e agora ele soma dois mais dois, as duas eram ruivas, como ele não percebeu isso?
-Filha? -Ele franze a testa enquanto olha para a garota que também estava olhando para ele.
Isso o fez lembrar de quando ele a encurralou contra a porta na noite anterior, imediatamente sua libido foi ativada e ele quis pular em cima dela.
-Kristine teve uma filha do primeiro casamento, Dana morava com o pai. Mas agora ele vai morar aqui conosco.
O loiro ouviu claramente as informações que seu pai estava lhe dando, sem saber que isso só aumentava seu desejo de transar com ela.
-Então uma filha? -olha para Kristine-. Eu não sabia que você tinha uma filha, Kristine. É uma surpresa para mim, já faz 5 anos que eles estão juntos e nunca me disseram que isso existia.
-Dana morava longe, mas agora ela está aqui.
-Sim -ele olha para ela fixamente.
-Dana, este é Lukas, filho de Oliver.
Ela fica chocada ao saber que esse homem era filho do marido de sua mãe, Dana olha para ele aterrorizada, pois os dois estavam prestes a se beijar, bem, na verdade foi ele quem tentou beijá-la.
-Então você é Dana, prazer em conhecê-la.
-Da mesma forma", -ela responde, mas em seus pensamentos ela acha que não foi nada agradável.
-Espero que vocês se dêem bem, sei que não somos uma família normal, mas nesse caso vocês dois são como meio-irmãos - argumenta Oliver.
Dana percebe um brilho perigoso nos olhos daquele tal de Lukas que a faz se sentir desconfortável. Ela pisca várias vezes, pois suspeita que ele não dá a mínima se eles são irmãos ou meio-irmãos.
- Meio-irmãos! -murmura a loira-. Eu tenho uma irmã.
-Irmãzinha, Lukas... Dana ainda é muito pequena.
Ele não gostou nada daquela notícia, olhou atentamente para a ruiva, detalhando que ela era uma mulher. Mas então, o que as palavras de seu pai significavam? Ele era menor de idade? Merda, se isso fosse verdade ele não poderia mexer com ela.
-Aí vem o café da manhã", -sussurra Kristine, enquanto o homem loiro não tira os olhos da filha.
Aquele foi o café da manhã mais estranho de toda a sua vida, que Lukas não tirou os olhos dela. Era incrível que ele nem fingisse quando seus pais estavam lá; se sua mãe descobrisse que ele gostava disso, ela ficaria louca.
A ruiva apressou seu café da manhã para terminar mais cedo e poder sair dali.
-Querida, se você quiser, posso deixá-la onde você quiser e depois pedir ao motorista para buscá-la mais tarde.
-Claro, claro.
-Dana, sua mãe me disse que você talvez queira trabalhar -nesse momento ela ergue os olhos e vê o marido de sua mãe.
-Sim, sim, vou procurar um emprego. Vou começar hoje.
-Posso lhe oferecer minha companhia, há muito o que fazer.
-Não, não, estou bem... muito obrigado.
Oliver olha para Dana e depois para sua esposa, que o encarava com olhos suplicantes. Era óbvio que a garota não queria nada com ele.
-Lukas também pode lhe oferecer um emprego na empresa dele. Não é mesmo, filho? -O loiro reage, olha para o pai e depois para Kristine.
Aquela mulher nunca lhe pediu nada, mas com aquele olhar ela lhe pediu metade do universo. Ele se vira para olhar a ruiva, aquela garota arregalou os olhos de um jeito que ele gostou muito.
-Claro, como eu poderia não dar um emprego para minha irmãzinha?
-Isso também não é necessário -a loira franze a testa diante da resposta.
Tanto Kristine quanto Oliver olham para a jovem, ela parece relutante em querer qualquer coisa deles. E talvez devessem deixá-la agir do jeito que ela queria, pressioná-la não era uma boa opção.
-Então o que você vai fazer, Dana? - pergunta sua mãe preocupada.
-Kristine querida, tenho certeza de que Dana saberá o que fazer. De qualquer forma, nossa proposta continua válida caso você mude de ideia.
-Muito obrigada -ela olha para o marido da mãe e fica surpresa com o quão gentil o homem é.
-Bem, acho que estamos atrasados. Temos que ir agora, querida, diz a loira, levantando-se.
Kristine concorda; Ele olha para a filha e sorri docemente para ela. Dana olha para a mãe se sentindo um pouco desconfortável.
-Até mais, filha.
-OK...
-Vejo você na empresa, Lukas.
-Sim, pai.
Enquanto os dois se afastam, Dana não tira os olhos deles. Antes de sair, Oliver pega a mão da mãe, lembrando-o de que ele nunca a viu fazer isso com o pai dele. E isso trouxe de volta muitas memórias que ele achava irrelevantes.
Mas então, ela sente que alguém a observa, o que faz os pelos do seu corpo se arrepiarem. A ruiva vira o rosto para ver Lukas observando-a atentamente. Ela sustenta o olhar dele, mas está cheia de nervosismo.
-Então minha irmã? -Lukas coloca os braços sobre a mesa enquanto a observa.
O sarcasmo podia ser sentido a quilômetros de distância, era óbvio que esse cara seria um espinho no seu pé.
-Para minha sorte você não é meu irmão -o loiro sorri maliciosamente.
-Concordo plenamente com você -o brilho malicioso nos olhos de Lukas a assustou-. Não estou interessada em ter uma irmã, especialmente se tiver que ser você. A resposta arrogante dele a deixou furiosa.
-Você é um idiota...
-Você não está me entendendo, Dana -a menção de seu primeiro nome fez todos os pelos de sua pele se arrepiarem-. Não quero que você seja minha irmã ou meia-irmã, porque a verdade é que estou mais interessado em você por outra coisa.
A confissão de Lukas a fez se levantar rapidamente da mesa, a ruiva o encarou totalmente estupefata. Suas palavras foram muito diretas e francas.
-O que você está dizendo? -Ele se inclina para trás enquanto sorri.
-Pretendo te foder, Dana -seu olhar se arregalou enquanto ela sentia seu coração pular uma batida.
Ela vislumbra aquele sorriso pervertido e pensa que seu meio-irmão idiota acabou se revelando um pervertido.
-Isso não está funcionando para você -Dana cruza os braços, o que faz com que o sorriso dele desapareça-. Nossos pais dizem que somos uma família e, além disso, você parece velho demais para mim. Lukas se levanta, completamente sério.
-Não me diga que você é realmente menor de idade? -ele pergunta curioso.
-Eu sou! -o loiro aperta o maxilar com força-. Você ouviu seu pai, eu sou pequeno.
Ele olha para ela de baixo para cima, sabendo que estava prestes a fazer muitas coisas com aquele corpo na noite anterior.
-Bem... -ele suaviza o olhar-. Tudo bem, irmãzinha.
O loiro vira o corpo e sai da sala de jantar. Dana engole em seco enquanto o observa se afastar, mas ao mesmo tempo se sente um pouco aliviada por estar sozinha. Ele pensa no que disse e pensa que talvez não tenha sido uma boa ideia mentir para Lukas.
Ela olha para cima e o vê subindo as escadas com aquela arrogância que a faz negar. Se ela não tivesse mentido para ele, ele estaria em cima dela o tempo todo, incomodando-a e procurando maneiras de fazer coisas que não deveriam ser feitas.
Dana se recosta na cadeira e solta um suspiro.
-Merda... Que diabos foi isso? -ele franze a testa.
Lukas queria transar com ela?
Nenhum homem jamais havia se jogado em cima dela daquele jeito, mas isso era de se esperar, ele era um homem adulto. No entanto, ele se perguntava por que estava hospedado na casa de seu pai.
Ele esfrega o rosto, já estava farto da mãe e do padrasto; então agora ela tem que lidar com um meio-irmão pervertido que queria transar com ela.
-E agora como diabos eu mantenho a farsa de que ainda sou menor de idade? Droga, Dana, por que diabos você tem que falar tanto?
Era óbvio que quando ele descobrisse que ela não era menor de idade, ele tentaria encontrá-la novamente, de outra fonte; E se ele contasse à mãe o que estava acontecendo?
-Estou aqui há apenas dois dias e já estou causando problemas com o filho do marido da minha mãe. Ótimo! Brilhante! O que vem depois? Oliver vai me querer também? Preciso sair desta casa o mais rápido possível!
Mas primeiro ela tinha que encontrar um emprego onde sua renda fosse boa, se ela quisesse sair o mais rápido possível, ela precisava ganhar bem... Dana se levanta novamente, olha para as escadas e morde os lábios.
Era hora de ser forte e tentar manter a farsa o máximo que pudesse. Porque se ela se lembrava de como se sentiu na noite anterior apenas com um toque de lábios, ela não queria imaginar o que aconteceria se Lukas fizesse algo mais.