Atração Secreta
img img Atração Secreta img Capítulo 5 A roda gigante
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Capítulo 6 História para dormir img
Capítulo 7 Perda img
Capítulo 8 Casamento img
Capítulo 9 Bônus img
Capítulo 10 Namorada img
Capítulo 11 Paixão img
Capítulo 12 Natural img
Capítulo 13 Primeiro Passo img
Capítulo 14 Primeiro Beijo img
Capítulo 15 Depois do beijo o que vem img
Capítulo 16 Tudo img
Capítulo 17 Momentos de descobertas img
Capítulo 18 Fantasias img
Capítulo 19 Últimos momentos img
Capítulo 20 Sequestro img
Capítulo 21 O começo img
Capítulo 22 A visita img
Capítulo 23 Segredo Aberto img
Capítulo 24 Conversas img
Capítulo 25 Bônus img
Capítulo 26 Ultima manhã juntos img
Capítulo 27 Salvar vidas img
Capítulo 28 Entrando para a máfia img
Capítulo 29 Voltando img
Capítulo 30 Acordo img
Capítulo 31 O começo do fim img
Capítulo 32 Ultimo café da manhã img
Capítulo 33 Adeus img
Capítulo 34 Casado img
Capítulo 35 PARTE 2 - Recomeçando img
Capítulo 36 Virando outra pessoa img
Capítulo 37 Perdendo o controle img
Capítulo 38 Lágrimas e amor img
Capítulo 39 Escolhas img
Capítulo 40 House of the sexy img
Capítulo 41 Suspeitas img
Capítulo 42 Fatos img
Capítulo 43 Eu ainda te amo img
Capítulo 44 Necessário para sobreviver img
Capítulo 45 Finalmente juntos img
Capítulo 46 Epílogo img
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Capítulo 5 A roda gigante

PV Jake Wolf

''Eu gosto da noite. Sem a escuridão, não poderíamos ver as estrelas.''

Stephenie Meyer - Crepúsculo

Atualmente

As tão sonhadas férias finalmente chegaram e para minha sorte no mesmo dia em que irei encontrar Helena. Hoje será o festival de rodeios. Sei que Helena vai porque ela me informou há algumas semanas e disse que a Annie a levará para andar na roda-gigante. E aqui estou dirigindo para Freeport, pretendo encontrá-la um pouco mais cedo do que ela espera e fazer uma bela surpresa.

Dirijo por mais trinta minutos, até finalmente chegar ao parque, rodo pelo estacionamento por vinte minutos para conseguir uma vaga. Assim que paro o carro numa vaga perto da entrada, sorte ou trapaça eu diria. Já que passei na frente de um motorista para conseguir esse privilégio. Saio do carro, aciono o alarme e ando em direção ao parque iluminado e lotado por toda parte. Caminho em direção a uma barraca de bebidas, compro uma cerveja e vou até à barraca ao lado e compro algumas fichas para tentar a sorte no tiro ao alvo, onde consigo ter uma visão perfeita da entrada.

Estou bebericando minha cerveja e observando ao redor quando Kim aparece.

- Ei, cara. - Kim me cumprimenta. Em seguida me analisa e me pergunta - Pensei que estaria aqui apenas amanhã! Como você está?

- O plano era para vir amanhã, mas decidi acompanhar o primeiro dia da festa. - Ofereço um pouco da minha cerveja a ele, que logo recusa. - Não sabia que você curte rodeios e parque de diversões.

- Não curto. Entretanto, era a carona para Evan e Lis. Acredito que a cidade inteira deve estar aqui, o que eu faria sozinho em casa? - ele me olha desconfiado - E você, o que veio fazer aqui?

- Vim encontrar, Helena - respondo e ele apenas assente.

Começamos a entrar em outros assuntos até que meu celular começar a tocar.

- Wolf - atendo.

- Aqui é a Chapeuzinho, câmbio - ela solta uma gargalhada solta do outro lado da linha - Daqui a pouco estarei aí, estou indo com a Annie. Até mais.

Helena desliga sem me deixar falar nada. Ela sempre faz isso. Um sorriso brota em meus lábios. Ela é uma menina muito sapeca.

- Esse foi o telefonema mais rápido que já vi - Kim comenta.

- Era a Helena - respondo, ainda sorrindo para a tela.

- Helena? - pergunta surpreso.

- Sim, ela disse que está vindo com a Annie.

- Annie? - ele praticamente grita.

- Sim - avalio Kim, como faço com um paciente.

Algo transpareceu em sua voz quando mencionei o nome de Annie. Me pareceu ansioso, esses dois não conseguem enganar ninguém.

- O que está acontecendo, Kim? - sondo vendo se consigo alguma coisa.

- Nada - responde rapidamente.

- Tem certeza? - pergunto desconfiado.

Acho que ele ainda não percebeu, mas está escrito em letras gritantes o que está acontecendo aqui.

- Tenho. - Kim vira o rosto na direção contrária.

Nossa conversa terminar aí, pelo menos da parte dele. Já que ele se vira e pede uma arma para tentar a sorte no tiro ao alvo. Decido terminar minha conversa também, então saio para comprar outra cerveja e uma pipoca que está chamando a minha atenção. Volto alguns minutos depois, e Kim está com um urso enorme na mão.

- Para quem vai dar o urso? - sondo matreiro.

- Para uma pessoa. Você só sabe comer e beber? - rebate.

Sei muito bem o que ele está fazendo, mas não irei insistir.

- Sim e devolve minha cerveja - respondo a sua pergunta e aproveito para pedir minha cerveja que ele acaba de roubar. Mas é muito folgado.

- Você não deveria beber, já que ficará de olho nas crianças.

- Que crianças? - especulo começando a ficar preocupado.

- Da Helena... Do Evan e da Lis.

- E por que em sã consciência eu ficaria com elas? - reviro os olhos.

Ele só pode estar ficando maluco, a única criança que eu fico, é a Helena. E ela com certeza não é "criança", provavelmente eu acabo sendo mais criança do que ela.

- Porque você se dá bem com elas. - Ele sorve um gole da bebida.

- Eu? Lógico que não. Você tá ficando doid... - tento tirar essa hipótese maluca de sua cabeça, porém, ele me interrompe.

- Eu nunca vi ninguém se dar tão bem com a Helena como você, então você é perfeito para cuidar das outras - diz.

- Mas eu... Helena... Bom eu... É diferente - como vou explicar que nós somos amigos? E que não tem nada a ver com ficar de olho numa criança.

- Como assim diferente? - pergunta confuso.

Olho para o lado, pensando se começo a explicar ou simplesmente fico com as crianças e tento reverter a situação. Rapidamente opto pela segunda opção.

- Eu cuido das crianças - concordo suspirando, nada feliz.

-Valeu, mas ainda quero saber o porquê de ser diferente com a Helena - Kim solta antes de sair e sumir pela multidão, me deixando de olhos arregalados.

Não vou me preocupar com isso agora, somos amigos com idades diferentes. Ele vai entender. Procuro por Evan e Lis por dentro do aglomerado de pessoas e não os vejo.

Com certeza eles já sumiram, não precisam de mim, penso.

Viro-me para a barraca de tiro e peço uma ficha. Vou ganhar um ursinho para minha Chapeuzinho. Atiro uma, duas e três. Acerto todas. E escolho um grande urso de gravata borboleta vermelha da cor branca. Irei dar a Helena. Seguro o ursinho debaixo do braço e olho para entrada e vejo uma loirinha, de macacão e blusinha branca correr até mim.

- Helena! - sorrio.

- Wolf. - Ela pula em meu colo e me abraça como sempre faz desde que nos conhecemos, há dois anos. - Pensei que você não poderia vir.

- Não tive nenhuma emergência hoje. Para minha sorte e a sua, entrei de férias. Então eu serei todo seu. Não te liguei porque queria fazer uma surpresa para você.

Ela sorri, me abraçando antes de descer do meu colo.

- Por onde você quer começar? - pergunto.

- Pela barraquinha de algodão-doce e depois roda-gigante - responde apontando para a barraquinha e depois para o brinquedo.

- Algodão-doce? Por que será que eu desconfiei que você diria isso, gulosa? - gracejo.

- Não sou gulosa, só gosto de comer. - Helena sorri, mostrando os seus dentes certinhos.

- Muito, nem parece que tem onze anos - completo.

- Porque não tenho. Eu tenho quase doze - pisca o olho e pega em minha mão, me puxando para a barraquinha.

Não consigo segurar o riso enquanto compro o algodão-doce. Em seguida, seguimos para a fila da roda-gigante que por sorte não está tão comprida.

- Tem certeza que quer ir aí? - indago com uma pontada de preocupação.

- Absoluta - diz sem medo na voz, e depois olha para mim. - Eu tinha me esquecido.

- De quê? - pergunto confuso.

- De que lobos têm medo de altura - comenta rindo e lhe dou um olhar zangado.

Ela está muito engraçadinha.

- Vou mostrar que eu sou um lobo único: o tipo que gosta de altura - respondo enquanto entrego o bilhete e andamos até as cadeiras, assim que nos prendem começamos a subir.

Não estou com medo por mim e sim por ela, eu amo altura. Onde trabalho costumo subir até o último andar e ficar no telhado onde consigo ver toda a cidade de Las Vegas, me sinto livre. Tenho medo que Helena não goste ou fique com medo. Contudo, acho que me esqueci que minha Chapeuzinho é diferente. Ela parece não ter medo de nada. Tão segura de si, mesmo tão pequena. Ela é diferente.

Olho em sua direção enquanto ela olha para o horizonte. Estamos no alto. É esplêndido aqui em cima e vejo pelo seu olhar que ela está encantada e alegre. E essa sua animação me faz ficar radiante feliz se é que é possível alcançar maior felicidade do que essa que sinto aqui.

                         

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