A Pianista do Mafioso: Uma Sinfonia Perigosa
img img A Pianista do Mafioso: Uma Sinfonia Perigosa img Capítulo 5 Um contrato
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Capítulo 6 Ela não lembra de nada img
Capítulo 7 Um preço alto img
Capítulo 8 A única solução img
Capítulo 9 Tome cuidado img
Capítulo 10 Quando você vai voltar para casa img
Capítulo 11 Um cliente ilustre img
Capítulo 12 A proposta img
Capítulo 13 Desejo você img
Capítulo 14 Desastrada img
Capítulo 15 Não deixe ela escapar! img
Capítulo 16 Dominado pelo desejo img
Capítulo 17 Uma fascinação obsessiva img
Capítulo 18 Fique de olho nela img
Capítulo 19 Uma centelha de esperança img
Capítulo 20 Um herdeiro perdido img
Capítulo 21 A apólice de seguro img
Capítulo 22 Uma chance img
Capítulo 23 Alguém como você img
Capítulo 24 Cativado por completo img
Capítulo 25 Você é minha! img
Capítulo 26 Lamento por partir o seu coração img
Capítulo 27 Vou cuidar de você! img
Capítulo 28 Vou te proteger img
Capítulo 29 Impulsos primitivos img
Capítulo 30 Não posso me apaixonar img
Capítulo 31 Não tente fugir img
Capítulo 32 Não entre no meu quarto img
Capítulo 33 Olhos do predador img
Capítulo 34 Você não vai a lugar nenhum img
Capítulo 35 Você é muito gostosa! img
Capítulo 36 Apetite sexual vigoroso img
Capítulo 37 Um desejo avassalador img
Capítulo 38 Minhas obrigações img
Capítulo 39 Você tem o dom de me acalmar img
Capítulo 40 Um olhar malicioso img
Capítulo 41 Prazer sexual incontrolável img
Capítulo 42 O passado img
Capítulo 43 A ragazza descobrirá a verdade img
Capítulo 44 Um rei mandão img
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Capítulo 5 Um contrato

Numa ampla suíte da cobertura do hotel Mercure Villa Romanazzi Carducci Bari, uma mulher jovem se remexeu na cama. A cabeça de Luísa latejava enquanto massageava as têmporas e lutava para abrir os olhos. Com esforço, abriu as pálpebras e, ao virar a cabeça, estreitou os olhos para enxergar o homem sentado na poltrona. Assustada, ergueu o torso e puxou o lençol para cobrir o corpo.

"Cadê a minha roupa?" pensou, engolindo em seco ao fitar Paolo novamente. Ele usava apenas uma calça de moletom com o cós abaixo da cintura. "O que foi que eu fiz?" Forçando a memória, ela tentou recordar o que ocorreu no bar após a última música que tocou, mas sua mente estava fragmentada.

O homem a observava com uma postura fria, sem qualquer emoção aparente.

Paolo se levantou, revelando um físico impecável, com ombros largos e o abdômen trincado por músculos. Quando chegou mais perto, ela sentiu o cheiro da fragrância ambarada. A proximidade fazia o seu coração bater mais forte.

- Como cheguei aqui? - A voz de Luísa saiu trêmula quando indagou.

- Eu te trouxe para esta suíte. Você estava bêbada demais para andar por aí sozinha.

Tentando entender a situação, ela olhou ao redor, procurando uma saída. Quando tentou sair da cama, ele foi mais rápido. Paolo avançou e segurou o lençol, segurando-a na cama.

- Sabe o que é gratidão? - As palavras saíram num tom rouco e insinuante. - Existem vários modos de agradecer...

Sem desviar o olhar, ele apoiou as mãos ao lado de seu rosto. O perfume provocante e a intensidade nos olhos dele pareciam hipnotizá-la. Sentia-se dividida entre a atração e a indignação.

- Não devia ter vindo para cá, senhor! - Murmurou, empurrando-o após apoiar a mão no peitoral do capo.

Paolo ainda tinha esperança de que ela se recordasse, mas Luísa continuava a tratá-lo como um estranho.

- Claro que podemos - retrucou, tocando de leve o seu lábio inferior;

- Não! Tenho um filho.

- Você me contou ontem... - Os lábios carnudos percorriam por seu rosto.

- Sou casada e fiel ao meu marido. - Luísa enfatizou. - Eu estava bêbada e não devia ter passado a noite com o senhor.

A reação dele foi imediata. Com uma expressão sombria, Paolo se afastou, saltou da cama e atravessou o quarto para pegar algo na cômoda. Retornou com um papel na mão.

- O que é isso? - perguntou, intrigada.

- Um contrato - explicou. - A partir de hoje, você vai trabalhar para mim. Vou te ajudar a promover o seu trabalho e fazer de você uma pianista conhecida pelo mundo.

- Não, eu não posso. Preciso cuidar da casa, do meu marido e do meu filho. - Luísa estava habituada às tarefas inculcadas em seu cotidiano.

- Prefere continuar cuidando de um marido que trai você! - Paolo disparou, revoltado.

- Como o senhor sabe?

- A cidade inteira sabe que sua meia-irmã é amante do seu marido.

Aquilo era mais humilhante do que imaginava. Luísa puxou o lençol, cobrindo o rosto.

- Assine o contrato e eu vou te dar tudo o que você quiser.

- Não, não vou ser sua pianista. - Recusou-se com veemência. - O senhor viu que eu estava bêbada e me trouxe para cá só para se aproveitar de mim.

Na verdade, Luísa havia vomitado na própria roupa enquanto ele a levava para o hotel na noite anterior. Paolo a despiu e ajudou a tomar um banho antes de colocá-la na cama. Ele chegou a acariciar a pele macia do rosto de Luísa enquanto se lembrava da garota assustada com quem ele fez amor há cinco anos. Embora a lembrança o excitasse, ele a cobriu e afastou-se para não ficar tentado.

O silêncio durou mais do que o esperado. Ultrajada, Luísa se arrastou para fora da cama até pôr os pés no chão. Ela enrolou o lençol branco em volta do corpo enquanto ele continuava calado, observando-a.

- Não vou desistir de você!

- Juro que vou fazer uma denúncia na polícia se o senhor continuar me seguindo. - Ousadamente, ela projetou o queixo.

- Nunca mais me ameace outra vez! Tu capisci? - As pontas dos dedos do homem furioso afundaram nas suas bochecha quando ele segurou o seu rosto com apenas uma mão. - Vá embora! - Soltou o seu rosto e saiu de perto. - Não quero te ver aqui quando eu voltar. - Gritou ele.

As pisadas duras de Paolo ecoaram pelo quarto até que Luísa escutou a porta batendo com força. Sem ter o que vestir, ela pegou um sobretudo masculino longo, que estava pendurado em um dos ganchos no hall de entrada próximo à saída. O tecido era grande o suficiente para cobrir seu corpo. Com pressa, ela saiu antes que ele retornasse.

Na calçada de frente para o hotel, ela fez sinal para o táxi e deu o endereço da casa de sua sogra para o motorista. A sua mente não parava de pensar naquele homem alto e de ombros largos...

"Preciso esquecer ele" fez a exigência para si em pensamentos durante o trajeto pelo coração pulsante da cidade de Bari. Quase dez minutos depois, ela desceu do táxi.

- Hei, pague a corrida. - O motorista com traços do oriente médio exigiu.

- Espere um minuto, eu já volto.

Quando chegou à casa da sogra, Luísa pediu o valor da corrida emprestado. A idosa franziu o cenho enrugado ao pegar o valor que escondia embaixo de uma estatueta na estante e, então, deu para a Luísa.

- Quero esse dinheiro de volta na próxima semana. - Advertiu a nora quando entregou a quantia com desconfiança.

- Vou devolver, senhora Larusso - Tentando disfarçar o embaraço, Luísa perguntou. - Onde está o Enzo?

- Marcos passou aqui ontem e levou ele para casa. - Após ouvir a sogra dizer isso, Luísa saiu correndo.

- Hei, pague a corrida, caloteira! - Gritou o homem que dirigiu até alcançar a passageira fujona.

Bufando, Luísa parou e deu o dinheiro para o homem. Ela estava tão nervosa que nem mesmo pegou o troco. Logo, ela retomou o seu caminho. O peso no bolso direito do casaco tornou-se mais perceptível a cada passo. Quando chegou à casa, cruzou a porta e pegou o filho no colo assim que o viu.

- Mamãe, pensei que tinha ido embora! - O garotinho disse chorando.

- Estou aqui, meu anjo. Nunca vou te deixar.

O olhar tenebroso de Marcos pairou sobre a esposa quando ele apareceu na sala.

- Onde passou a noite? - Desconfiado, ele inquiriu ao notar o sobretudo masculino que ela usava.

- Não te interessa, Marcos - rebateu sem dar espaços para mais perguntas.

Com cuidado, ela colocou o menino sobre o sofá e, então, tornou a encarar o marido.

- Passou a noite com o seu amante?

- Você não tem direito de me cobrar nada depois do que fez. - Luísa continuou sustentando o olhar dele quando declarou.

- Ora, sua rameira! - Ele avançou e desferiu um murro com o punho cerrado.

Sentindo-se um pouco tonta, Luísa se desequilibrou e caiu no sofá. Ela ainda estava desnorteada quando sentiu os dedos dele emaranhado em seus cabelos.

- Com quem você passou a noite? - Gotas de salivas saíam da boca enquanto ele a interrogava.

- Você não pode fazer isso com a mamãe. - O pequeno Enzo correu e mordeu o braço de Marcos. - Solte a minha mamãe.

Compelido pela raiva que fervilhava em seu sangue, ele lançou o menino no outro lado da sala. Enzo sentou e colocou a mãozinha na cabeça, chorando.

- Nunca mais você vai me desrespeitar. - Foi na direção do garotinho assustado.

Ao sentir o metal que estava pesando no bolso, Luísa sacou a arma e apontou para o marido. Colocando-se na frente, ela protegeu o menino como uma leoa defende sua cria.

- Afaste-se do meu filho. - Luísa ordenou, sem saber se aquele treco estava carregado.

Marcos titubeou por um instante, mas logo avançou para desarmá-la. Durante a luta, um disparo ecoou pela sala e, então, ele cambaleou, tocando no ferimento causado por Luísa.

                         

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