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O restaurante escolhido por Diego era sofisticado, mas sem exageros. Um ambiente intimista, com iluminação suave que realçava o brilho dos talheres de prata sobre as toalhas de linho. O aroma delicado de ervas frescas misturava-se ao leve toque amadeirado do vinho servido nas mesas, criando uma atmosfera convidativa.
Aline não sabia bem o que esperar daquele jantar. Sentia-se um pouco nervosa, mas Diego parecia à vontade, como se aquilo fosse apenas mais uma noite qualquer para ele. No entanto, o que a surpreendeu foi como ele a tratava. Não havia arrogância, nem tentativas forçadas de impressioná-la. Ele era direto, observador e genuinamente interessado no que ela dizia.
- Você realmente prefere vinho branco a tinto? - ele perguntou, após notar sua escolha.
Aline sorriu.
- Depende do prato. Mas, no geral, acho o branco mais leve e refrescante.
Diego inclinou a cabeça, pensativo.
- Interessante. Eu sempre fui mais fã do tinto, mas talvez seja questão de hábito.
O garçom serviu os pratos. Aline escolheu um risoto de camarão cremoso, enquanto Diego optou por um filé mignon ao molho de mostarda. O vinho branco dela contrastava perfeitamente com a suavidade do prato, e o tinto dele complementava a carne suculenta.
A conversa fluiu com uma naturalidade inesperada. Falaram sobre viagens, trabalho e até gostos musicais. Para sua surpresa, descobriram afinidades inesperadas – ambos eram apaixonados por jazz e tinham um fascínio inexplicável por cidades à beira-mar.
Quando Diego a levou para casa, um silêncio carregado pairou entre eles. A noite não fora apenas agradável. Havia algo ali. Algo crescendo no espaço entre os dois.
- Eu gostei dessa noite - ele disse, os olhos presos nos lábios dela.
O coração de Aline acelerou.
- Eu também - murmurou.
Diego ergueu a mão, deslizando os dedos suavemente pelo rosto dela. Seu toque era quente, firme, despertando um arrepio em sua pele.
Então, sem pressa, ele se inclinou e a beijou.
O beijo começou suave, uma exploração paciente, mas logo se tornou intenso. As mãos de Aline se agarraram aos ombros dele, sentindo a firmeza de seu corpo contra o dela. O mundo ao redor desapareceu, deixando apenas o gosto dele e como seu corpo reagia ao toque de Diego.
Quando se separaram, ambos estavam ofegantes.
Diego deslizou os dedos pelo queixo dela uma última vez antes de murmurar:
- Boa noite, Aline.
Ela entrou em casa com as pernas bambas, o coração martelando no peito.
Aquele homem poderia bagunçar seu mundo de formas que ela nem imaginava.