Meu viúvo protetor
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Capítulo 3 Capitulo 3

BIANCA MARIA

- Vamos Vitinho, não quero me atrasar na faculdade!

Falo colocando minha mochila por sobre o ombro.

- Bibi, eu posso ir sozinho, não sou mais criança!

Meu irmão de seis anos fala se achando o adulto!

- nem morto garoto, eu vou te levar a escola como todos os dias!

Digo rebocando ele, que ainda está sonolento. Eu faço questão de levar o Vitinho todos os dias a escola, não só porque ele é uma criança, mas porque alguém pode se aproveitar e mandar o Vitinho levar alguma droga na mochila ou algo do tipo, na hora que larga tia Rosangela sempre vai buscá-lo. Levamos cerca de quinze minutos até a escola que fica na própria comunidade do caracol, mas quando estamos perto de chegarmos avisto Sandro, o pai biológico do meu irmão, ele está sentando numa calçada segurando uma gaiola com um passarinho dentro.

- desocupado!

Sussurro baixinho, passamos por ele, quando ele ver Vitor simplesmente vira a cara como se estivesse diante de ninguém, acelero os passos e esse também é um dos motivos de querer sair daqui, não ter que olhar na cara desse vagabundo.

Chego na escola e me despeço do Vitinho na portaria.

- te amo meu anjinho, se comporte na escola e seja um bom menino, o menino lindo da Bibi!

Digo fazendo um carinho em sua cabeça balançando seus cachinhos, aperto sua bochecha num beijo apertado e o deixo dentro da escola, então corro até a parada de ônibus, essa hora da manhã o transporte público costumam passar lotados, pois as pessoas então indo a escola, faculdade e trabalho, não pego assento e vou em pé segurando o ferro na parte de cima do ônibus, não me incomodo pois estou com meu fone de ouvido conectado ao celular ouvindo funk, esse tipo de música que mais se escuta na minha comunidade principalmente nos bailes, eu não tenho um estilo música, eu gosto de música em um modo geral, mas o funk maiores de dezoito anos confesso não ser minha praia, embora já tenha ouvido e dançado com minha vizinha e amiga de porta Bruna das quebradas, várias vezes quando estamos tomando um vinho na casa dela, geralmente no fim de semana.

Chego na faculdade em cima da hora e já vou direto para minha sala, minha amiga Renata como sempre guarda uma cadeira para mim ao lado dela e do Murilo.

- onde você comprou essas meias tem uma do meu tamanho?

Murilo pergunta tirando sarro da minha cara.

- Você não sabia? Isso aqui é a nova tendência em Milão!

Falo esticando os pés dando mais destaques as minhas meias rosas choque com vários desenhos de rostinho de porquinhos fofos, que eu acho a coisa mais fofa do mundo, se eu não colocar algo colorindo em mim, parece que o dia me faltando algo, gosto de cores vivas.

Murilo dá uma risada mostrando seus dentes muito branco e em seguida agarra meu pescoço me dando uma chave de braço como ele costuma fazer, mas sem apertar e leva minha cabeça até ele beijando o topo da minha cabeça e sussurra:

- você é única Bibi!

Então ele cheira meu cabelo.

- não sei como você consegue cheirar a doces e não ser enjoativa, da vontade de passar o dia cheirando seus cabelos!

- ih Murilo nem vem, você vai roubar meu cheiro todo com esse seu narigão!

Murilo não tem narigão, mas falo a primeira coisa que vem em minha cabeça, a verdade é que eu uso um shampoo de marshmallow e eu sou alucinada nesse cheiro, não é que eu use produtos nessa vibe, mas não consigo usar outro shampoo, a professora chega, me sento ereta no meu lugar prestando atenção em tudo.

Quando largo da faculdade já é quase 1h da tarde, estou ansiosa para chegar a casa do Sr Afonso, hoje e meu primeiro dia de trabalho e a ansiedade está me comendo viva.

- Bibi, eu iria te oferecer uma carona, mas não estou indo para casa hoje!

Renata fala e eu contava com isso, com essa carona, agora precisarei correr até a parada de ônibus, mas minha amiga tem a vida e a rotina dela, esta tudo bem.

- vou até a empresa do meu pai, ele quer almoçar comigo hoje!

- não se preocupe Renata, você fez tanto em me conseguir esse trampo, vou correndo até a parada de ônibus, falo com você mais tarde amiga.

- boa sorte Bibi.

- obrigada Renata!

Falo e ando até a parada de ônibus, mal encosto quando vejo uma moto enorme e alta para na minha frete, eu conheço muito bem o dono na moto, Murilo tira o capacete sacode a cabeça tirando seus cabelos muito lisos dos olhos.

- sobe!

Ele diz estendendo outro capacete para mim e eu faço uma cara de quem não está entendendo nada.

- estou indo próximo a casa da Renata, vou te dar uma carona.

Murilo sabe que hoje é meu primeiro dia de trabalho, pego o capacete e coloco subindo na moto, não quero correr o risco de chegar atrasada no primeiro dia de trabalho.

- Assim!

Murilo coloca minha mão em sua cintura e eu o abraço, ele liga a moto, logo estamos em movimento. Sou amiga do Murilo a quase três anos, o conheci na faculdade, ele é alto, bonito e galante, mas não faz meu tipo, muito paquerador, as meninas se jogam aos pés dele, as vezes noto que ele faz charme para mim, mas levo tudo na brincadeira, afinal eu o tenho como um grande amigo.

Quando Danilo para a moto, estou em frente a imponente e poderosa mansão do Sr Afonso, que fica dentro de um condomínio de luxo, as mansões aqui não são próximas, eles devem presar privacidade, desço da moto e lhe entrego o capacete.

- Valeu Murilo.

- não por isso gata!

Olho o relógio e são 13:30h cheguei meia hora antes do horário, o que está ótimo para o primeiro dia.

- boa sorte Bibi!

Então Murilo desce da moto e me dá sua famosa chave de pescoço cheirando meus cabelos profundamente.

- nos falamos mais tarde!

Digo e espero Murilo subir na moto, fico olhando ele ir embora, um vento forte me bate o pescoço mesmo meu cabelo estando solto o cobrindo, uma sensação de que estão me observando me faz arrepiar e eu levo a mão a nunca, a mansão tem várias câmeras de segurança, mas não é sobre ela que estou falando, é sobre algo mais forte, olho para os lados e não vejo ninguém em especifico, até que uma janela na parte mais alta da casa me chama atenção, mas não consigo ver nada por entre as janelas, passo as mãos em minha calça jeans num gesto vicioso, escolhi uma camisa polo amarela e estou de tênis, meus cabelo estão soltos tocando em minha cintura, muito perto do bumbum, eu sempre gostei de ter cabelão, mas o trabalho é grande por isso muitas vezes penso em cortar.

Me aproximo da portaria e me identifico entregando meu RG.

- ja fomos informando da sua presença, pode entrar.

Os portões da mansão são abertos e eu entro, não deixo de admirar como tudo aqui é lindo e bem cuidado, árvores, flores, quando passo perto de uma roseira não resisto e me inclino cheirando uma rosa branca.

- aceita?

Escuto uma voz e olho para trás, me deparo com um homem por volta de uns trinta anos, ele veste um macacão jeans, bota de borracha nos pés e uma camisa de manga, ele tem um grande alicate nas mãos, entendo que ele está me oferecendo uma rosa.

- ah, não se preocupe com isso, não quero dar trabalho!

- não é trabalho algum!

O homem corta a rosa com a o alicate e com o mesmo e uma habilidade notável ele se livra de todos os espinhos e me entrega a rosa.

- eu sou Chico, o jardineiro!

Seguro a rosa sorrindo e inspiro se perfume fortemente.

- ah esse cheiro é tão bom, eu sou Bianca, a babá, pode me chamar de Bibi, é assim que meus amigos me chamam.

Digo me simpatizando de cara com o Chico.

- eu preciso ir Chico, sabe como é, primeiro dia!

Digo fazendo uma careta, ele me olha com uma cara estranha, meio boba, dou um sorriso e aceno seguindo meu caminho até a casa, toco companhia e Margarete abre a porta.

- Boa tarde senhorita Bianca.

- Boa tarde, senhora!

A cumprimento sorrindo, então os olhos de Margarete vai até a rosa branca que seguro em minhas mãos.

- foi o Chico que me deu!

Falo para ela não achar que meti a mão no roseiral e arranquei a flor.

- Chico? Então você conheceu o Francisco!

Aceno que sim com a cabeça.

- quando for se referir a ele, o chame de Francisco, o Sr Afonso não aprova intimidades entre os funcionário.

Margarete fala e eu aceno, pensando o qual chato meu patrão deve ser.

- você chegou cedo e isso é um ponto para você, o patrão hoje está em casa, no seu quarto, que fica no último andar da casa, mas essa área da casa é restrita a você, apenas pessoas autorizadas podem ir até lá, venha vou lhe mostrar o quarto da Lara, área de descanso e te passar algumas instruções.

O quarto de Lara é simplesmente o quarto dos sonhos de qualquer princesa, tudo em tons rosa e bege, uma cama linda e enorme, penteadeira, brinquedos e tudo que uma garota pode querer, conheço uma parte da casa e acho tudo extremamente grande e fico pensando se tem alguma possibilidade de me perder aqui dentro!

- é muito importante para o Sr Afonso que a sua filha Lara siga sua rotina, quando chegar da escola, ela vai tomar banho e almoçar, hoje é dia de natação, ela tem natação duas vezes por semana, aos poucos você vai se familiariza com a rotina da senhorita Lara.

Margarete olha o relógio e diz:

- pronta para conhecer sua nova pupila?

Aceno e uma garotinha entra na sala arrastando uma mochila de rodinhas, Lara está com o uniforme da escola na cor vinho, em cima da sua cabeça tem um laço branco com bolinhas em pérolas prendendo metade dos seus cabelos, a outra metade está solta, seus cabelos são longos e negros fazendo uns cachos grossos na ponta.

- oi Bete, cadê meu pai? Foi trabalhar?

- não senhorita, ele está no quarto, quero lhe apresentar Bianca, ela vai cuidar de você!

Só então a garotinha fixa seu olhar em mim com muita curiosidade, um par de olhos negros mais doces que já vi, ao mesmo tempo um olhar forte para alguém tão pequena! assim que fixo meus olhos no dela, meu coração erra a batida e eu me derreto no mesmo segundo me apaixonando por Lara.

            
            

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