A proposta do Meu Chefe Arrogante
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Capítulo 3 2

Júlia

- Como foi hoje? - Procuro saber.

- Ele está bem cansado e dormiu praticamente o dia todo. - Solto um suspiro de lamento e me aproximo da cama para deixar um beijo calmo nos seus cabelos.

- Eu já vou indo. - Melissa avisa, ajeitando a sua bolsa no seu ombro.

- Está bem. E, obrigada por ficar com ele de novo!

- Você sabe que eu faço com amor, não é? Não precisa me agradecer, querida, a final, é para isso que servem as amigas. E além disso, eu sou a madrinha do Alex.

Sorrio e após a sua saída fico um tempo do lado do meu filho.

- Mamãe? - Sua voz fraca faz um nó sufocar a minha garganta.

- Oi, filhote! - Ponho um pouco de empolgação na minha voz, enquanto o abraço deitado na cama.

- Você demorou!

- Eu sei. É que a mamãe tinha uma reunião, mas... - Abro um sorriso largo e pego a minha bolsa. - Eu trouxe algo para a sua coleção. - Meu garoto abre um sorriso espontâneo, porém, fraco e ainda, os seus olhos se enchem de expectativas quando tiro uma pequena embalagem, e a estendo para ele em seguida.

- Uau, esse é bem antigo! - Ela ralha, admirando a miniatura de um carro esporte na palma da sua mão. - Como conseguiu?

- E isso importa? - retruco, fazendo cócegas nele. - Você gostou?

- Eu adorei! - Alex ainda tem os olhos fixos em cima do brinquedo. - Pode colocá-lo junto com os outros? - Ele pede me devolvendo o carrinho e eu o ponho em cima de uma mesa no canto de parede, onde contém meia dúzia de carrinhos. Contudo, quando retorno para perto, Alex já está dormindo outra vez.

Eu daria a minha vida para salvar a sua. Digo mentalmente, sentindo um nó sufocar a minha garganta outra vez. Entretanto, decido deixá-lo descansar e me deito um tempo do seu lado. Horas mais tarde, como um sanduíche que trouxe na minha bolsa e me dedico a estudar o arquivo do novo projeto da Bennett Designer. Pesquiso as melhores opções para uma área de lazer agradável e confortável, mas que não faça um contraste com a proposta exigida pelo cliente. Segundos depois, começo a desenhar uma planta com seus números, formatos e cores. E sem perceber, sou vencida pelo cansaço.

***

- Ei! - Escuto o som de uma voz baixa do meu lado e com um gemido, abro uma pequena brecha de olhos, encontrando o doutor Aristides em pé bem na minha frente. Imediatamente me recomponho e percebo que adormeci em cima de um amontoado de papéis e de lápis.

- Ah, Doutor, bom dia! - Fico de pé imediatamente.

- Bom dia! Você dormiu aqui? - Ele parece surpreso.

- Oh... é que... eu tinha um trabalho para fazer e... - Bocejo. - Aproveitei a noite para adiantá-lo.

O médico força um sorriso.

- Podemos conversar um pouco, Júlia?

- Ah... é claro, doutor.

O tom sério que ele usa para essa sua indagação me deixa um tanto receosa e isso me faz olhar para o meu filho que ainda dorme profundamente. Em seguida, saímos do quarto e vamos direto para o seu consultório. O jovem médico se senta atrás da sua mesa e educadamente aponta uma cadeira para mim.

- Eu acabei de receber os últimos resultados dos exames do Alex. - Aristides anuncia, deixando-me apreensiva.

- E? - Ele pressiona os lábios antes de me responder.

- Temo que o Alex não tenha muito tempo, Júlia. - O médico lamenta e o meu coração se aperta. - O seu filho precisa desse transplante com urgência.

A aflição me absorve.

- Eu soube de um doador compatível que está a caminho desse hospital. - Interessada, me ajeito em cima da cadeira e o olho dentro dos seus olhos. - É uma cirurgia muito cara, Júlia e o plano de saúde do Alex não cobre os gastos de uma cirurgia tão delicada que levará horas.

Essas últimas palavras invadem os meus ouvidos como um eco e eu engulo o meu choro.

- Qual o custo dessa cirurgia, doutor Aristides?

- Cerca de cinquenta mil. Isso garantirá todos os materiais necessários para a cirurgia, uma equipe médica completa e preparada, e a estabilidade do pós-cirúrgico.

Arfo em agonia.

- Cinquenta... mil?! - engasgo. - Meu Deus, eu não tenho todo esse dinheiro! - Sinto o desespero consumir a minha alma.

- Quem sabe se você fizer um empréstimo com um banco, ou falar com amigos e parentes...

- Um... empréstimo? - ralho sem esperança. - Claro, eu... posso tentar fazer isso.

Após essa conversa difícil retorno para o quarto e dedico algumas horas do meu tempo para o meu filho. Café da manhã, conversas engraçadas e divertidas, e um tempinho para contar uma história para ele. Até que Melissa chega e ainda no hospital, tomo um banho rápido e ponho as roupas limpas que a minha amiga trouxe.

- Eu tenho que ir - sibilo baixo para não o acordar.

- Está bem. Vai em paz, amiga e se concentre no seu trabalho. Eu vou ficar bem aqui com ele o tempo todo.

- Obrigada, amiga!

Cinquenta mil. Céus, de onde vou tirar todo esse dinheiro? Penso na empresa. Com certeza eles não fariam esse empréstimo para alguém que só está começando. Bufo. Mas eu preciso tentar. Eu tenho que tentar qualquer coisa. Só não posso desistir da minha única família.

            
            

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