Capítulo 3 Novo mundo

E foi assim que aos meus doze anos me vir sozinha vagando pelas ruas sem direção, peguei carona escondida entre cargas de caminhão e andei muito, pedia comida e as vezes comia algumas sobras do lixo,achava um lugar que julgava seguro dentro da minha realidade e dormia em cima dos lençóis que carregava comigo, eu já havia perdido a noção do tempo e da distância que tinha percorrido, só precisava continuar fugindo eu pensava.

Depois de um certo tempo em uma das minhas paradas numa cidade rodeada por altas montanhas acabei envolvida em uma confusão, tinha ido a um café bastante movimentado pedir restos de comida, mas bastou apenas o homem que julgo ser o dono do lugar me ver que começou a gritar,me chingar eu já até estava acostumada ia me retirar, mas ele veio até mim e começou a me bater me cospir enquanto chingava, estávamos em um beco que dava as portas do fundo do estabelecimento, longe daquela movimentação toda,foi quando um homem alto de cabelos grisalhos, com seus cinquenta e poucos anos passava pela principal e se atentou aquela movimentação vinda do beco ao se aproximar ele tentou intervir mas o meu algos era impiedoso com chute e pontapés ele parecia determinado a me matar o homem que mais tarde conheci como Fernando ligou para a polícia que por ser no centro chegou em minutos, eles conseguiram imobilizar o dono do café e perguntou o que havia acontecido ele disse que eu estava tentando roubar e ele não pode se controlar ao me pegar em flagrante. A essa altura eu estava no chão com tanta dor que era impossível falar em minha defesa, a polícia falou que eu séria levada em detenção mas Fernando insistiu que eu precisava de cuidados médicos e ele me acompanhou, depois de passar por uma cirurgia, sim o indivíduo quebrou algumas das minhas costelas além disso eu estava desnutrida ,anêmica e desidratada, passei um tempo no hospital e fui levada para um abrigo de detenção para menores infratores. Lá foi onde pude voltar ao meus estudos eu era muito inteligente e em dois anos conclui o ensino fundamental, nesse período Fernando o homem que me salvou naquele beco sempre me visitava passamos horas conversando e ficamos muito próximos, eu sentia o calor de ter alguém ao meu lado depois de tanto tempo só,era ele também quem insistia para que eu estudasse muito trazia livros e convencia os professores a me avançar de sere.

Aos quinze anos sair de lá, Fernando conseguiu minha guarda provisória e fui morar com ele e sua esposa Mônica, lá fui muito bem recebida e vivi os melhores anos da minha vida, estudava e trabalhava em uma lanchonete, o dinheiro que recebia era todo guardado por seu Fernando em uma conta no banco, ele não era rico apesar d viver bem e por isso queria garantir que eu não voltaria para as ruas nunca mais.

Estudei muito e com as notas excelentes ganhei uma bolsa em uma das melhores faculdades do mundo, porém em outro pais, tivkhe que deixar para trás minha melhor fase ao lado dos que agora considero minha única família, Fernando e Mônica para garantir um fluturo e foi assim que aos meus 20 anos comecei começei a cursar medicina na Suécia