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Maleke parou, o silêncio envolvendo-os como um manto pesado. Ele olhava para Soudyn , buscando as palavras certas, mas tudo que encontrava era um abismo de arrependimento. Soudyn , percebendo a dor do Principe, não hesitou.
Com um impulso natural, ela o abraçou apertado, envolvendo Maleke em um gesto de solidariedade.
Era um abraço longo, onde ambos podiam sentir a carga emocional que se dissipava aos poucos.
Naquele momento, algo floresceu entre eles. Um sentimento profundo de compreensão, um laço que transcendeu as palavras.
Ambos estavam ali, juntos com suas feridas expostas, mas também com a esperança de que juntos, poderiam encontrar um caminho diferente.
O silêncio se manteve, mas não era mais um silêncio de dor. Era um espaço seguro, onde a amizade e o amor ao próximo começavam a se enraizar.
Enquanto Soudyn e Maleke se encontravam, rodeados pela serenidade de seus reinos que testemunhou guerras e discórdias, a tensão que antes permeava suas interações parecia evaporar como a névoa da manhã.
Ambos, carregando o peso de suas heranças, olharam um para o outro e pela primeira vez, viram além das rivalidades que os haviam moldado.
Soudyn , com sua determinação em libertar seu reino da maldição que o afligia, começou a questionar tudo o que lhe havia sido ensinado.
As histórias de glórias passadas e conquistas territoriais soavam vazias frente ao sofrimento de seu povo.
Em contraste, Maleke que sempre foi ensinado a lutar e a se impor, começou a perceber que a verdadeira força estava na união e na empatia, não na guerra.
A rosa de safira, um artefato de tempos imemoriais, parecia brilhar intensamente entre eles, como se tivesse consciência de sua importância.
O que poderia ser um simples artefato, agora se revelava como um símbolo poderoso de transformação e esperança.
A magia da rosa não se limitava aos encantamentos que prometia; era uma força que despertava sentimentos adormecidos, uma conexão que transcendeu as rivalidades.
Ambos estavam cientes de que suas famílias esperavam deles a continuidade de uma guerra que nunca trouxe verdadeira vitória.
No entanto, ao olharem nos olhos um do outro, uma nova ideia começou a florescer. Por que não unir forças para libertar não apenas seus reinos, mas todos os reinos que sofreram com a mesma maldição?
A atmosfera ao redor deles se tornou eletrizante, cheia de possibilidades. O sentimento que ambos experimentavam não era apenas o efeito da rosa de safira, mas o reconhecimento de que a paz poderia ser mais poderosa do que qualquer espada.
Juntos, poderiam transformar a rivalidade em aliança e a dor em esperança.
Assim, a jornada de Soudyn e Maleke começou a se desenhar não mais como um confronto entre herdeiros de antigas rivalidades, mas como a união de duas vozes que clamavam por mudança.
E, com isso, os reinos poderiam enfim se unir, não em conquistas, mas em amor e compreensão.