Capítulo 3 Theodoro capítulo - 2

Fico perdido em meio à reunião, a pauta em questão não está me deixando satisfeito pelo trabalho que a área responsável de designe, para me deixar irritado. Toda vez que questiono ou um dos acionistas faz alguma pergunta, ela começa a gaguejar. Não aguentando mais essa palhaçada, me levanto para encerrar essa merda.

- Senhor Ventura, a reunião ainda não acabou, precisamos entender sobre o design para que o senhor possa autorizar o desenvolvimento. - Meu assessor, Lucca, diz preocupado porque sabe que irá acumular trabalho.

- Quando enviarem um funcionário que entenda do assunto e saiba explicar melhor, marcaremos uma reunião. - falo já saindo da sala de reunião. E vou direto para minha sala, meu assessor vem como cão de guarda atrás de mim.

- Theodoro, desse jeito não vamos finalizar o projeto. - Meu assessor e amigo diz irritado que terá que adiar por mais um dia o início desse projeto.

- Não venha dizer que você estava entendendo o que aquela mulher estava falando? Porque isso é mentira. Toda vez que perguntamos ou tiramos alguma dúvida, a mulher começa a gaguejar! Ou não consegue responder algo que seja coerente à pergunta feita. Pode entrar em contato com o setor e a demitir, não admito amadorismo na minha empresa. Eu pago muito bem para ter os melhores designs, é até uma afronta mandar aquele projeto para apresentar para o presidente da empresa. Eu sou a porra do homem ocupado, e meu tempo vale muito dinheiro.

- Eu sei, mas se toda vez que uma mulher for te apresentar um trabalho e você descontar toda raiva que sente, não vai dar certo. Você precisa superar, nem toda mulher é igual a ela, para receber toda sua fúria, quando acreditar que não está certo.

- Nunca mais toque nesse assunto. Tenho os meus motivos. Agora eu quero ficar sozinho. - falo e vou até a mesinha e coloco uma dose de uísque, e tomo, sentindo o gosto amargo, me livrando dessa conversa. Ele sabe que não gosto que toque nesse assunto. Só o escuto fechando a porta.

Sem paciência alguma, volto a trabalhar, minha assistente entrega uma pasta de liberação para o financeiro.

Foco em fazer logo essa liberação, assino os documentos e a entrego, ela me fala sobre o congresso convidado para dar uma palestra sobre a tecnologia mais avançada que oferecemos. E sempre ganhamos um belo destaque de inovação e qualidade. Confirmo a minha presença. Amanhã cedo, preciso ir até a cidade vizinha. Quem sabe não seja bom eu sair um pouco. Envio uma mensagem para meu assessor me acompanhar. Sei que o Lucca só quer me ver voltar a ser o mesmo de antes. Mas ainda não me sinto preparado, não estou disposto a passar por tudo novamente. Nenhuma mulher é digna de minha confiança. E nunca mais vou permitir que alguma mulher chegue tão fundo em meu coração.

Agora eu só brinco com as mulheres e não ao contrário.

Passei o resto da tarde finalizando a minha agenda, e quando estava sem paciência alguma fui embora para minha casa. Optei por morar no campo, longe de tudo e todos, aqui eu me sinto bem não preciso está fingindo ser educado.

Os empregados são discretos, sabem o quanto eu preservou a minha privacidade. Aqui em minha casa não admito erros.

Estaciono o meu carro e entro em casa, eu não sou gentil com ninguém, um simples aceno é o suficiente para os meus funcionários entenderem como um cumprimento.

Após tomar um banho pego o discurso que sempre faço, o meu assessor sempre me envia para que tudo saia bem e seja muito bom para quem tiver interesse embarcar na tecnologia.

O dia estava cheio precisava ir até empresa fazer algumas liberações e segui para a cidade vizinha. O Lucca ficou de me encontrar na empresa para seguimos juntos, assim não perdemos muito tempo.

Após sair da empresa, seguimos para cidade vizinha. Vou o caminho todo tentando não pensar no quanto esse congresso terá que ser rápido, preciso voltar para empresa ainda hoje.

- Seria interessante, o senhor permanece na cidade, quem sabe os organizadores queiram fazer alguns momentos para que o senhor possa falar mais sobre a empresa e de como essa aérea pode desperta o interesse nos alunos.

- Você sabe que não posso. Tenho alguns compromissos importante na hora do almoço, então preciso voltar antes.

- Então caso ele mencione para se estender informarei que o senhor não terá disponibilidade. - ele diz entendendo o quanto será ruim se eu tiver que reagendar os compromissos.

Chegamos até o local que acontecerá o evento. Pego meu celular para verificar as mensagens que acabei de receber. Estava indo em direção ao auditório que Lucca indicou, quando uma mulher esbarra em mim. Eu a seguro, mas o que me irrita é a ousadia dela. Ela é bonita, e o modo como me olha me deixa intrigado, despertando minha curiosidade para saber mais sobre ela.

- Me desculpe, estava distraída - ela diz, mas acredito que seja mentira. No mínimo, já estava planejando isso, penso com raiva .

- Veja por onde anda. Na próxima vez, vou deixa-la cair - respondo, e logo vejo a raiva estampada em seu rosto, o que a deixa ainda mais linda.

- Obrigada pelo alerta. Mas isso não vai acontecer, babaca! - ela responde com um ar petulante, e isso só aumenta meu interesse. Ela vai embora, e eu a observo até perde-la de vista.

- Lucca, quero saber tudo sobre essa mulher - digo, voltando a seguir para o auditório.

- Mais eu preciso acompanhar o senhor até a sala.

- Faça o que estou mandando e me encontre no auditório, mais quero nome e sobrenome para ontem. Falo deixando parado no corredor. E sigo para auditório. Assim que chego já tem um dos instrutores a minha espera.

Falar sobre algo que você ama, é muito gratificante, e principalmente quando se desperta em outras pessoas o interesse, e tecnologia é algo que precisa ser explorado. Passar mais de duas horas explicando, respondendo cada perguntas e de como iniciar nessa área é gratificante.

Antes de finalizar o meu assessor voltou, agradeço pelo convite. E ao sair pergunto ao meu assessor.

- Conseguiu o que pedi?

- Aqui nesse papel está tudo, desde o nome até mesmo onde ela está hospedada e o endereço onde ela mora.

- Obrigado, agora precisamos voltar, antes que eu chegue atrasado ao meu compromisso. - falo, pegando o papel e olhando tudo sobre a tal Morgana Ávila. Então, esse é o seu nome. Eu gosto do Lucca sempre discreto. E faz sempre o relatório que preciso, como agora. O relatório que ele faz mostra que a Morgana é uma biomedicina formada e exerce a função de uma das melhores empresas. Tem um filho. Mora na mesma cidade que eu, não conta sobre ser casada, então ela é solteira. Isso me deixa bem animado com a possibilidade de ter em minha cama. Aquela beleza sendo bem venerada do jeito que ela merece. Agora, você não me escapa, Morgana Ávila. - Lucca, quero saber de tudo da vida dela, até mesmo os seus passos.

- Sim, senhor, assim que ela voltar, farei como o senhor deseja.

Após o meu pedido, Lucca ficou com uma certa loura em minha mente. Faz tempo que uma mulher me chama atenção dessa forma. Deve ser pelo seu jeito petulante que farei questão de desvendar lá. Infelizmente, depois que voltei, não tive muito tempo para pensar na loura, pois o trabalho me chama, nada melhor que ocupar a minha mente.

Os dias se passaram até receber o relatório completo sobre a vida da Morgana. E posso dizer que ela é uma coisinha surpreendente. Sabia de cada passos seus e fiz questão de encontrá-la propositalmente. Ela tinha acabado de sair do trabalho e estava na lanchonete próxima. Peguei no momento certo em que ela estava sozinha, seu olhar estava distante, me sento na cadeira em sua frente, a pegando de surpresa.

- Acho que o senhor errou de mesa ou posso dizer de lugar? - ela fala com sua língua afiada.

- Por que você diz isso? - pergunto curioso para saber o porquê dela pensar dessa forma.

- Pelo simples fato de senhor ser um daqueles homens que nem mesmo pisa no chão. Sempre tem um capacho que fica sobre seus pés, ou até mesmo de frequentar lugares como esse! - Ela é interrompida com a chegada do garçom perguntando o que eu quero, apenas pedi um café puro. Assim que o garçom sai, ela começa a rir.

- Não posso negar. Tenho tudo que quero, e não costumo frequentar lugares como esse, mas isso você nunca poderá entender não é mesmo? - pergunto e o sorriso dela morrer ao finalizar.

- Por acaso você é algum psicopata? Está me seguindo?

- Quanta prepotência. O que levou você pensar isso? Só por que me sentei em sua mesa?

- Quer saber, o que vem de você não me interessa agora se me der licença, estou esperando alguém. - ela diz com seu ar de petulância.

- Não pense que acabou. - me levanto e jogo uma nota de cem reais para pagar o café, e saio da lanchonete sem olhar para trás, mais agora ela me deixou ainda mais intrigado a provar o quanto ela deve ser em quatro paredes. Eu farei um estrago em você senhorita Morgana Ávila...