- Eles não quiseram a minha demissão, porém fizeram um acordo. Ele vai me dar em torno de 50.000,00 para ajudar no tratamento do Pietro, e vão manter o meu trabalho, mas terei que ficar na empresa presa por cinco anos. - confesso.
- Só mostra o quanto eles estão com receio de perder uma das melhores biomedicinas que eles têm. Mas o que vamos fazer para arrumar o restante do dinheiro?
- Eu ainda não sei, mas na volta para casa, uma mulher me ligou e avisou que eu teria uma reunião com um homem bem ocupado, ela disse que ele tem uma proposta. Fiquei animada, porque pode ser até um dos acionistas querendo ajudar com o tratamento do Pietro. Fiquei com um pouco de esperança. A reunião é amanhã às 09h00.
- Que notícia boa, quem sabe ele tenha se comovido com a situação. Espero que der tudo certo. Já estou finalizando o jantar do pequeno, vou esperar a senhora vim, para jantamos todos juntos!
- Já disse que é só Morgana, Manu você é de casa!
- Está bem, ainda não me habituei. - ela diz e vou para meu quarto....
Após o banho fui ficar com meu pequeno, jantamos bem animados, e na hora de dormir eu coloquei para dormir na minha cama, e ele estranhou, dizendo que já é um hominho que consegue dormir sozinho, isso apertou o meu coração. Minha vidinha estava crescendo.
Acabei contando à novidade que estaria em casa por alguns dias onde o deixou bem animado. Alegria do meu filho é o combustível para me manter firme e forte para seguir em busca para ele fazer o tratamento.
Acordei com meu pequeno em meus braços, mais preciso me organizar para sair, tomo um banho e estou me sentindo até mais confiante. Me arrumo pego minha bolsa e só tomo uma xícara de café com um pedacinho de bolo, mesmo a Manu reclamando dizendo que preciso comer bem. Mas já estava em cima da hora, não queria chegar atrasada. Sigo para endereço que a Verônica passou. E só quando eu parei na frente do empresarial fique de boca aberta, ele deve ter alugado uma sala. Só pode. Pois essa empresa é bem reconhecida é uma das melhores de tecnologia. Estaciono o meu carro e vou até recepção, dou o meu nome, e recebo um crachá provisório, ela me diz o andar que preciso sair e falar com a secretária Eu fico de boca aberta pelo fato de ter que sair no último andar. Ainda estou na hora falta cinco minutos. Entro no elevador, e não demora para outras pessoas bem sérias entrarem e saudar um bom dia, bem baixo. Fico no fundo do elevador, e só esperando as pessoas descerem, e parece que quanto mais sobe mais fico ansiosa por não saber do que se trata. Quando chego no andar, sai e vejo o quanto é lindo aqui de cima as paredes com janelões mostrar um paisagem linda. Vou até a mesa e espero a mulher finalizar o telefone.
- Bom dia, em que posso ajudar?- ela me pergunta toda educada.
- Bom dia, sou a Morgana Ávila. Tenho hora marcada com o senhor Ventura. - falo e ela abre um sorriso.
- Fui eu que falei com a senhorita. Espera só um instante, ele está com assessor, e assim que ele sair a senhorita entra. - ela diz e indica o sofá para que eu me acomode. Me sento e fico na espera e não demora muito e sai um homem bem vestido da sala, no mesmo instante a secretária vai até a sala e eu fico esperando ela retornar. Assim que faz ela diz: - Senhor Ventura já está a sua espera, por aqui.
- Obrigada. - agradeço e sigo para sala e assim que eu entro ela sai e fecha a porta e quando o homem levanta a cabeça acabou o reconhecendo. Ele abre um sorriso presunçoso enquanto eu fico como uma carranca, que merda está acontecendo aqui?
- Bom dia, senhorita Ávila, sou Theodoro Ventura! Pode se sentar. - ele diz indicando a poltrona na frente de sua mesa.
- O que o senhor quer? - pergunto sem paciência.
- Quanta grosseria senhorita Ávila. Se sente e logo saberá o que eu desejo. - quando ele fala isso me sobe um arrepiar como se me avisasse para sair dali o quanto antes. Porém eu não consigo me mover, estou relutando para saber o que seria esse assunto em comum.
- Só estou sendo realista, primeiro foi o trombo no congresso que eu estava, além de me tratar como um perfeito babaca, ontem na lanchonete, e agora essa, manda a sua secretária ligar pois você teria uma proposta para mim. Porém não vejo nada em comum para falar com você. - falo irritada.
- Você que pensa, temos muitas coisas em comum para debater. Mas só irei falar quando se acomodar. - ele diz e solto um suspiro ainda cheia de raiva. E me sento em sua frente a espera dele começa. - Como pedi tenho uma proposta para senhorita. Você aceitar passar uma noite comigo e irei realizar qualquer desejo seu, para mim não importa o valor. É só pedi que farei. - ele diz e fica me olhando estranho. Ele está sério, e a minha vontade é de voar em seu pescoço para matar.
- Você deve ter se confundido. Não sou mulher da vida ou acompanhante de luxo para aceitar esse tipo de proposta.
- Qual é, não vai me dizer que não desperto nada, senhorita? - Ele diz e isso me enche de raiva, vejo o copo com um líquido marrom-claro que está em sua frente. Abro um sorriso e vejo-o relaxar, me levanto da cadeira e vou até ele, que vira sua cadeira para ficar de frente para mim. Babaca. Chego bem perto de sua cadeira e me aproximo de seu rosto, olhando em seus olhos frios.
- Não posso dizer algo que me traz ranço. Para o seu governo, seu babaca, eu não sou qualquer uma e isso seria a última coisa que farei, me deitar com você, com um monstro sem caráter como você. - falo e pego o copo e derramo cima dele. - Vai se foder. Não sou uma vagabunda para me submeter a essa merda. Vai procurar alguém que goste de estar com babacas como você. E se aparecer na minha frente, farei coisa pior. - falo e bato a porta e escuto-o quebrando algo lá dentro e a secretária dele se assusta. E sigo para o elevador com meu coração acelerado, eu tenho vontade de gritar!
Que filho da puta!
Como ele ousar me propor uma merda dessa!
Ain, que raiva, entro no elevador e quando as portas se fecham, meus olhos começam a arder, mas eu não vou chorar, eu não posso fazer isso....