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Capítulo 2 Nascidos Para Matar

Família Murdoch, uma das mais perigosas e destemidas da Califórnia, ninguém da região ousava se meter com eles. Senhora Annelida era uma assassina de elite, fora contratada para matar alguns membros de organizações criminosas por muitos políticos, delegados e detetives. Todos os que as autoridades não podiam pegar, ela sempre dava seu jeito. A jovem senhora teve três filhos com exatamente oito anos de diferença entre eles, seus filhos são: Nicolas o mais velho, Nora a do meio e Naylin a caçula.

O senhor Andrew é o chefe da máfia, mestre em artes marciais e uma grande bagagem criminosa, desde acerto de contas a assassinatos encomendados, embora a sua família fosse a mais poderosa e rica de toda a Califórnia sempre havia um ou outro que por coragem excessiva se metia com eles. Quando o Sr. Andrew passou a ser o chefe da família e dono de todo o império ilícito do seu pai, sabia precisar proteger os seus herdeiros. A primeira coisa a ideia de fazer foi com que houvesse algo nesse mundo que escondesse o nascimento dos seus filhos até eles terem idade para lutar sozinhos.

Com isso foi criada uma organização da qual denominada por Família Somoa, eles eram subordinados diretos dos Murdoch e tendo plena confiança neles, foi designada a função de cuidar, proteger e educar os seus filhos após o nascimento deles. O primeiro a ir para lá foi Nicolas, ele tinha 3 anos quando foi "adotado" pelos Somoa, passou alguns anos como filho único e após algum tempo Nora chegou na família. Desde a infância foram tratados como filhos e fora ensinado a eles que eram irmãos, por isso cresceram unidos e são uma dupla dinâmica de combate.

No período dos oito anos que antecederam a chegada da pequena Nora, as coisas na casa dos Somoa era um tanto quanto perturbadoras, mas de certa forma ninguém se importava muito para isso. Nicolas, que era oito anos mais velho, fazia de tudo pela irmã. Cuidava, dava banho, ajudava com os deveres da escola e quando ia para os treinos, escondia cuidadosamente a irmã em meio aos equipamentos e a levava consigo.

Quando Nora já estava com 1 ano, a Sr. Somoa engravidou do seu primeiro e único filho, do qual Nicolas não achou muito agradável. Eles até se tratavam como irmãos, embora ele já soubesse que não era bem assim. Tudo ia bem, a jovem crescia como uma linda menina, era inteligente, chamava a atenção por onde passava e sempre se tornava popular mesmo quando não queria ser.

- Ouvi dizer que a nossa menina cresce forte e saudável, é mesmo verdade querido? _ Perguntava Annelida animada

- Posso confirmar minha gata-brava, a vi no treino de Nicolas, ele sorrateiramente a leva para lá todos os dias! _ Afirmava feliz o senhor Andrew

- Esse privilégio só você tem, achei injusto. Também quero ver os meus meninos, mesmo que seja de longe. _ Retrucava um tanto incomodada

- Minha querida sabe que é complicado! _ Afirmava tentando confortar a sua esposa

- Eu sei, mas sinto falta deles. Me sinto horrível por acordar todos os dias e não os verem em seus quartos, não poder dar beijo de boa noite ou ouvir o famoso "mamãe eu te amo" isso é pedir muito? _ Lamentava-se infeliz

- Me perdoe, pela minha indelicadeza, meu amor. Prometo que da próxima vez quando ir vê-lo, a levarei comigo! _ Afirmava ao beijar a testa de sua esposa

- Obrigada querido, os vê-lo de longe é melhor do que não ver, não é mesmo? _ Perguntava em tom de brincadeira

- Seu sarcasmo às vezes é falho, sabia. _ Sorri ao vê-la brava

Embora tivessem que se limitar a presença de seus filhos e toda a felicidade de ter uma família, eles supriam essa falta com o amor que tinham, com as brincadeiras de quando se conheceram. Tudo era sobre eles mesmo que no caos ficassem, nunca faltaria amor para dar, receber, amar mutualmente e seus filhos. Os Murdoch presavam a família e tudo que manchasse a honra de sua família era tratado como ameaça, tento fins trágicos.

Nora e Kairo cresciam como se fossem irmãos legítimos, Nicolas não gostava muito disso, mas confiava na irmã e sabia que ela era capaz de se defender sozinha mesmo ainda tão pequenina. Ele a levava para todos os cantos, desde piscina nos fins de semana ou ao parquinho próximo à casa dos Somoa todo fim de tarde. Eles sempre chegavam depois das 23h, a Sr. Somoa ficava inquieta de preocupação, mas confiava em Nicolas e sabia que ele não faria nada que colocasse a irmã em perigo.

Naquele dia em específico, nora acordou cedo, tomou banho, escolheu uma roupa confortável e desceu as escadas correndo a procura do irmão, ela tinha somente 6 anos e já agia como uma mocinha.

- Onde você pensa que vai com essa roupa mocinha? _ Dizia Nicolas ao se levantar do sofá, caminhando até a cozinha e arruma o seu café e o de Nora

- Para a escola, Nick! _ Afirmava indo até a cozinha e se senta a mesa em seguida

- Você só tem 6 anos, nora, quem disse que poderia usar uma roupa assim? _ Dizia sério ao olhar sua roupinha

- Nick, eu já te disse. Que sou uma mulher, no corpo de uma garotinha! _ Afirmava ao fazer um bico

- Tudo bem, senhora mulher pequena. Desculpe-me! _ Dizia na tentativa de segurar a risada

Nora tinha mania de menina moça, gostava de salto, maquiagem, perfumes e sempre arrumava uma cobaia para produzir e aprimorar a sua arte, amava fazer maquiagem nos outros, mas não gostava de fazer em si, ela dizia que não era divertido.

- Irmão, mamãe deu-me uma maleta de maquiagem. _ Dizia ao correr na direção do mais velho, com uma maletinha rosa na mão

- Nem vem pequena, eu não aceito ser a sua cobaia de novo. _ A olha já prevendo o que ela irá fazer

- Por favor, eu nunca te pedi nada. E se pedi, finge de desentendido! _ Sorri logo o puxando para a sala

- Espertinha! _ Afirmava já desistindo de ir contra ela

- Eu sei, aprendi com você! _ Faz pose

- Criei um demônio, mereço viu. _ Se senta na cadeira e deixa com que ela o pinte

- Vou levar isso como um elogio! _ Sorri satisfeita

Embora Nicolas também tivesse uma personalidade forte e um tanto frio, para Nora ele nunca ousava ser frio ou a incomodar, ele cuidava dela como uma princesa, sempre a corrigindo quando necessário e a deixando ser feliz quando fosse para ser criança. Nora era treinada para ser forte e criada para ser independente. Ele fazia o seu melhor para fazê-la crescer forte, sem perder sua inocência e imaginação de criança.

                         

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