Capítulo 2 Dois

Na quarta feira uma reunião fez com que Samira visse Marcos pela primeira vez depois do termino.

Pela janela de vidro ela observou o mais velho todo de preto, de óculos, conversando animadamente com outra mulher, que tocava seu braço, com intimidade. Samira entrou na sala irritada. Sentou na última cadeira, cruzou os braços e esperou.

- Será que é namorada dele? Eu sempre achei que ele tinha alguém, vivia com chupao no pescoço. - a mulher a sua frente cochichou para a do lado e Samira rolou os olhos. Os chupoes era ela quem davam.

- Bom dia a todos, esse é minha grande parceira Joana, ela vai conversar algumas coisas a gente hoje. - Marcos disse sorrindo então se sentou numa cadeira atrás da mesa na direção de Samira, ele a olhou por alguns segundos, arrumou o óculos e então se virou para ver Joana. Samira fechou a cara, nem conseguiu ouvir nada do que a palestrante falava. E tudo piorou quando no final, saindo da sala, Samira viu Joana dar um beijo na bochecha de Marcos. Ela fechou as mãos em punho e saiu da sala pisando duro. Chegou em sua sala de TI bufando e se jogando na cadeira.

- Que isso, a reunião foi tão ruim assim? - Tales, seu subordinado perguntou.

- Você não faz ideia.

- Samira? Estão chamando o TI na sala do CEO. - a secretaria veio avisar.

- Tales, resolve isso pra mim por favor.

- Samira... estão chamando o senhorita, exclusivamente. - a secretária disse e então Samira se levantou e foi em direção ao elevador e apertou o último andar. O que Marcos queria? Se aquela mulher estivesse em sua sala ela jurou que não ia se segurar.

Respirou fundo e bateu na porta. Um "entre"foi ouvido e ela a abriu.

- Chamou o TI? - Samira disse. Uma sensação de deja-vu se apossando do seu corpo,como na primeira vez que ficaram juntos.

- O sistema travou. - Marcos disse apontando para a tela.

Samira bufou e contornou a mesa, parando em frente ao computador, era um erro básico do sistema, qualquer um podia resolver. Marcos afastou a cadeira deixando ela se aproximar mais,e em alguns toques consertou o problema.

- Pronto.

- Rápido.

- Qualquer um do TI podia ter vindo.

- Eu quis que você viesse.

- Porque? - Samira não aguentou, se virando para encara-lo, estavam pertos demais. - Pra esfregar na minha cara que já seguiu em frente?

- Ué Samira, achei q-que voce que queria isso, afinal foi voce quem terminou. Se importa t-tanto assim?

- Não, eu não me importo.

- Não m-mesmo?

- Não, você não significa nada pra mim.

- N-nem você pra mim.

E quando se deram conta os lábios já estavam colados e Marcos tirava tudo o que tinha na mesa para deitar o corpo de Samira nela. Se beijavam com vontade e saudade, agarrando cabelos e corpos, ela passou as pernas em volta do corpo de Marcos, que se deitou por cima de seus corpo. Ele abaixou os lábios chupando o pescoço de Samira enquanto esfregava a ereção na pelvis dela que também já estava acordada. Eles murmuravam coisas desconectas mas não se largavam. Lembrava muito bem a primeira vez que transaram, ali mesmo naquela sala,Mas os invés da mesa tinha sido no sofá, após o expediente, quando todos já tinham ido embora.

Marcos abaixou a mão entrando por dentro da camisa social de Samira, arranhando de leve sua pele, fazendo-a apertar a ereção contra a pelvis dela, se esfregando com mais vontade e puxando os cabelos pretos do mais velho enquanto ele dava uma mordida dolorida em seu pescoço. Mas não mais dolorida do que o que sentia no meio das suas pernas, sendo manipulada apenas pela ereção de Marcos. Ela sentia que podia gozar só com aquilo, só com os beijos e a estimulação envolta de panos, era esse o poder que ele tinha em si. Mas não precisou disso porque Marcos enfiou a mão dentro da calça dela masturbando-a por dentro calcinha, e então ela se desfez, na mão dele no mesmo momento em que ouviram duas batidas foram ouvidas na porta.

- Sim? - Marcos gritou ainda em cima de Samira na mesa.

- Senhor Marcos, o senhorita Joana quer falar com o senhor.

- Certo, só um momento.

Samira saiu debaixo de Marcos ao ouvir o nome de Joana.

- Já teve tudo que queria?

- Na verdade não. - Marcos disse olhando para sua ereção marcada na calça.

Samira riu - Quem sabe sua grande parceira não te ajuda. - disse com uma pitada de veneno e ciume na voz.

- S-Samira... - Marcos tentou, mas então arrumou a roupa, pegou o telefone - Mande o senhorita Joana entrar.

Disse olhando diretamente para Samira, então Joana entrou.

- Marquinho... - disse sorrindo então notou a presença de Samira na sala - Ah, olá.

Samira fez uma curta reverência, os lábios em uma fina reta.

- Esse é a Samira, veio me ajudar em uma coisa, mas acho que você pode terminar de me ajudar. - Marcos disse com um pequeno sorriso nos lábios.

Samira bufou, audível a todos na sala, então saiu, pisando duro.

Marcos iu, com Joana o acompanhando.

- Tá brincando com fogo.

- Não me importo. Ela quem começou.

- Tudo bem. Vamos falar da festa de sábado então? Ou você realmente quer ajuda com isso ai?

Marcos riu novamente e saiu em direção ao banheiro, um pequeno sorriso nos lábios. Se conhecia Samira, não ia demorar muito para ela explodir. Ele contava com isso.