Capítulo 5 Capítulo 5

Ao ver Howard de joelhos no chão, Dorothy disse preguiçosamente: "Ah, é uma grande coincidência! Sabia que um dos meus passatempos favoritos é testar os limites?"

Naquele momento, a dor que percorria o corpo do Howard não era nada se comparada a vergonha que lhe causava estar de joelhos.

Ele olhou para Dorothy com um olhar tomado pela raiva. Tudo o que ele queria fazer era rasgá-la em pedaços, esfolá-la viva.

Howard jurou para ele mesmo que nunca esqueceria aquela humilhação na sua vida e buscaria vingança.

Ann, que estava ao lado dele, ficou atordoada.

Howard, o presidente do Grupo Sherratt, dono do poder supremo em Northon City, estava caído de joelhos diante de uma jovem?!

Como era possível?!

Era Howard Sherratt, e portanto, era ele quem fazia os outros se ajoelharem, e não o contrário.

"O que temos que fazer agora, Dorothy?" Celestine perguntou, sem demonstrar emoção.

Dorothy bufou e pegou uma bolsa de sangue vazia que estava sobre a mesa. E então, ela jogou na frente do Howard e disse: "Um deles gosta de tirar sangue das pessoas e o outro precisa de sangue?"

"Vamos transferir todo o sangue do corpo dele para o daquela mulher!"

"Ele não é tão carinhoso com ela? Eles não precisavam de sangue?"

"Por que não dar uma ajudinha para eles, então?"

"Até mesmo na morte vale, pois pelo menos, eles ainda seriam um casal de pombinhos."

O que ela queria era olho por olho, dente por dente.

"Tudo bem!"

Celestine chutou as costas do Howard, enquanto concordava com a ordem recebida.

O rosto do Howard fez contato próximo com o chão e ele soltou um gemido abafado.

Celestine pisou nas costas dele para impedi-lo de se contorcer de dor. Em seguida, ele inseriu habilmente a agulha no vaso sanguíneo do braço esquerdo do Howard, na mesma hora, o sangue começou a fluir para a bolsa de sangue.

Só então Ann percebeu o que estava acontecendo. Ela tentou desesperadamente detê-los, mas foi chutada para cinco metros de distância pelas duas pessoas que a mantinham sob custódia.

Howard estava com o rosto preso no chão. Ver Ann sendo chutada fez doer o coração dele.

Ele estava tentando o seu melhor para escapar, quando viu a testa da Ann sangrando. Mas a pressão e a força exercidas sobre as costas dele eram tão fortes, que ele não conseguia se mover.

Ann ficou chocada ao ver Howard sendo vencido daquel maneira.

Não podia ser!

Como era possível alguém derrotar o Howard?

Ele sempre tinha sido invencível e mantinha tudo sob controle. Como ele podia estar em um estado tão lamentável?

O estado mental da Ann pareceu entrar em colapso naquele momento.

Enquanto isso, a bolsa de sangue na mão de Celestine já estava cheia. Sem nenhuma medida de segurança, ele a arrancou do braço do Howard e foi na direção da Ann.

Nesse instante, Howard entrou em pânico!

Os seus olhos estavam queimavam de raiva. Ele olhou para Celestine e questionou: "Como você ousa?"

Celestine ignorou a expressão do Howard. Os seus lábios se curvaram ligeiramente ao ouvir a pergunta do homem.

Como ele ousava?

Por que não ousava?

O corpo da Ann estremeceu de medo, enquanto Celestine se aproximava dela.

Celestine caminhou lentamente até Ann e logo, se agachou perto dela. As suas mãos delgadas e ossudas, rapidamente, agarraram o braço da Ann.

Ann balançou a cabeça em desespero e gritou: "Não, por favor..."

"Por favor, não faça isso comigo... o nosso tipo sanguíneo não é o mesmo. Eu vou morrer... por favor, me deixe ir..."

Ann continuou lutando, mas não conseguia se livrar do homem.

Justamente quando Celestine estava prestes a injetar a agulha no braço dela, Howard gritou: "Solte ela! Farei tudo o que você me pedir. Solte ela..."

Celestine zombou e continuou.

"Pare!"

"Se alguma coisa acontecer com ela, eu vou fazer você sofrer!"

"Até mesmo a sua família estará em apuros!"

Dorothy olhou para Howard, que parecia um cachorro louco, e disse tranquilamente: "Se é assim, não posso deixar você viver."

Um traço de descrença passou pelos olhos de Howard ao ouvir as palavras da jovem. O coração dele apertou ao ver a expressão calma no rosto da Dorothy.

E então, ele riu. "Você não será capaz de suportar as consequências se me matar!"

A boca de Dorothy se contraiu. "Ah, é mesmo? Eu me pergunto se há alguém que eu não possa matar neste mundo!"