Academia Ravena – Lições de Obediência
img img Academia Ravena – Lições de Obediência img Capítulo 5 Entre Regras e desejo
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Capítulo 6 O Toque que Quebra Regras img
Capítulo 7 O Jogo Silencioso img
Capítulo 8 Provocaçoes Espelhadas img
Capítulo 9 O Desconhecido Toca Primeiro img
Capítulo 10 Para Provocar o Fogo img
Capítulo 11 Concentração à Meia-Luz img
Capítulo 12 Ordens Invisíveis img
Capítulo 13 Marca Silenciosa img
Capítulo 14 O Jogo das Regras Ocultas img
Capítulo 15 Limites Invisíveis img
Capítulo 16 Submissão em Silêncio img
Capítulo 17 Quebra de Regras img
Capítulo 18 Desafios à Vista img
Capítulo 19 Sede de Controle. img
Capítulo 20 A Sala Vermelha img
Capítulo 21 Sinais de Rebelião. img
Capítulo 22 Sangue, fita e Silêncio. img
Capítulo 23 Castigos e Provações img
Capítulo 24 A Primeira Missão img
Capítulo 25 A Sala dos Espelhos Dourados img
Capítulo 26 O Novo Nível img
Capítulo 27 Desejo em Silêncio img
Capítulo 28 Provocação e Castigo img
Capítulo 29 No Limiar da Rebelião img
Capítulo 30 Olhos que Queimam img
Capítulo 31 A Fagulha img
Capítulo 32 O Retorno do Toque img
Capítulo 33 Ecos do Prazer img
Capítulo 34 Cordas Invisíveis img
Capítulo 35 Fios que se Enroscam img
Capítulo 36 Estufa de Inverno img
Capítulo 37 Vozes nas Sombras img
Capítulo 38 Quebrando Correntes img
Capítulo 39 O Grito da Escolha img
Capítulo 40 O Outro Lado da Regra img
Capítulo 41 A Porta Sob a Terra img
Capítulo 42 O Julgamento de Sophia img
Capítulo 43 A Nova Iniciação img
Capítulo 44 O Preço do Poder img
Capítulo 45 O Inicio de um Império img
Capítulo 46 A Primeira Aula de Isadora img
Capítulo 47 Vozes e Silêncios img
Capítulo 48 Vozes e Silêncios (continuação) img
Capítulo 49 A Sombra de Sophia img
Capítulo 50 Farpas do Silêncio img
Capítulo 51 O Veneno de Sophia img
Capítulo 52 O Círculo da Confiança img
Capítulo 53 O Contra-ataque de Sophia img
Capítulo 54 Fogo e Sombra img
Capítulo 55 Fogo e Sombra (Continuação Expandida) img
Capítulo 56 Fogo e Sombra (Expansão Detalhada) img
Capítulo 57 Fogo e Sombra img
Capítulo 58 Labirinto de Desejo img
Capítulo 59 Chama e Corrente img
Capítulo 60 Labirinto de desejo img
Capítulo 61 Capitulo Final img
Capítulo 62 Epílogo img
Capítulo 63 Epílogo – Entre Fogo e Cotidiano img
Capítulo 64 Novo livro img
Capítulo 65 A Chegada img
Capítulo 66 Entre Linhas img
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Capítulo 5 Entre Regras e desejo

Capítulo 5 – Entre Regras e Desejo

Na manhã seguinte ao ritual no Salão Noturno, Isadora ainda sentia os punhos onde haviam sido amarrados. A fita de seda deixara apenas uma marca leve na pele, mas o verdadeiro sinal estava cravado por dentro: o olhar de Rafael Almonte havia queimado nela como uma assinatura invisível.

Ela mal dormiu. Revivia cada detalhe - o toque, a pena, o calor entre as pernas, a ordem dita com firmeza, o castigo cruel. Mas o que mais latejava era aquilo que não aconteceu.

Ele não a tocou. Não como ela queria. E isso a deixava em ebulição.

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Durante a aula da manhã, Rafael entrou como sempre: silencioso, preciso, envolto em uma aura de autoridade. Ele falava sobre domínio de expressões faciais. Como o desejo pode ser demonstrado apenas com um olhar, uma mordida nos lábios, um leve inclinar de cabeça.

- As palavras são últimas. O corpo fala antes, sempre - disse, cruzando os braços, seus olhos percorrendo a sala. - A submissão verdadeira não grita. Ela arde em silêncio.

Isadora manteve os olhos fixos nele. E, pela primeira vez, ele olhou de volta e não desviou. Um duelo invisível. Nenhuma palavra. Mas uma corrente elétrica se formou entre eles.

E Rafael percebeu.

- Senhorita Lima - disse ele, sem alterar o tom -, fique após a aula. Quero discutir seu desempenho no exercício de ontem.

O estômago dela revirou de excitação. Todos os olhares viraram-se para ela. Mas Isadora não demonstrou nada. Apenas respondeu com um aceno calmo:

- Sim, senhor.

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A sala estava vazia. Ela permanecia sentada na cadeira central, as pernas cruzadas, a camisa levemente desabotoada como o protocolo pedia.

Rafael fechou a porta com calma e se aproximou. Seu cheiro tomou o ambiente. Amadeirado. Quente. Inconfundível.

- Você está avançando rápido demais - disse ele, parado à frente dela. - Sabe o que isso significa?

- Que talvez eu esteja pronta - provocou ela.

Ele arqueou uma sobrancelha.

- Ou insolente.

Ela sorriu, baixa.

- E o senhor prefere submissas silenciosas?

Ele se aproximou, até que estivesse próximo o suficiente para que ela sentisse o calor do corpo dele.

- Eu prefiro submissas que entendem a linha que separa coragem de desafio - disse ele. - E que sabem dançar nessa linha sem cair.

Ele se abaixou até que seus rostos estivessem à mesma altura. Os olhos azuis quase cinza fixos nos dela. A respiração dele batia quente sobre a pele dela. Isadora sentiu os mamilos enrijecerem sob o tecido fino da camisa, os pelos dos braços se arrepiando.

- Então me ensine, senhor - sussurrou.

Foi nesse momento que ele a tocou.

Primeiro, com apenas dois dedos sob o queixo, erguendo o rosto dela com leveza, mas firmeza. O toque foi quase etéreo. Mas de uma intensidade brutal. Depois, sua mão deslizou pela lateral do pescoço dela, lenta, deliberada, descendo até o início do decote.

- Está me provocando, Isadora? - perguntou, finalmente usando o nome dela pela primeira vez.

Ela mordeu o lábio inferior.

- Só se isso for permitido.

Ele sorriu. Brevemente. Um sorriso pequeno, torto e cruel.

- Nada aqui é permitido. Só é ordenado. E eu... ainda não ordenei nada.

O dedo dele contornou o vale entre os seios, sem invadir. Sem passar da linha. Mas também sem respeito algum pela distância segura.

Isadora arfou. O corpo inteiro respondeu com um impulso involuntário. Quente. Palpitante.

Ele então recuou.

- Ainda não. - Sua voz voltou ao tom neutro. - Volte para o quarto. Banho frio. Caderno aberto. Escreva: "Hoje, fui tocada. Mas não possuída."

Ela ficou parada. O corpo inteiro clamava por mais. Por um beijo. Por uma mão que a puxasse pela nuca e a fizesse render-se ali mesmo. Mas nada disso veio.

Só a ordem.

- Está dispensada.

Ela se levantou. E ao passar por ele, olhou-o nos olhos e disse, num sussurro afiado:

- Isso não vai durar muito, senhor.

Ele sorriu. E respondeu sem olhar para ela:

- Não. Mas quem disse que quero que dure?

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De volta ao quarto, Isadora jogou-se sobre a cama. O coração martelava. A calcinha úmida, os lábios latejando. A mente presa àquele toque, àquela ameaça velada de prazer.

Pegou o caderno, abriu e escreveu:

"Hoje, fui tocada. Mas não possuída.

E é exatamente isso que me deixa louca."

Ela fechou os olhos, levando os dedos à barriga, sentindo o calor se espalhar. Ainda não era dele. Mas em breve, seria.

E quando fosse, ela não queria piedade.

Queria arder até o fim.

                         

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