Capítulo 4 A implicância.

Guilherme: alô?

Cathe: olá bom dia, eu sou Catharina, advogada da Linhares & Paiva, estou entrando em contato devido a auditoria que será realizada em sua empresa.

Guilherme: primeiramente boa tarde Catharina, eu estou fora do Brasil e aqui já é tarde. Segundamente, a empresa não é minha. Mas estou sabendo da auditoria. Em que posso ajudá-la?

Cathe: desculpe senhor Guilherme, eu não fui avisada que o senhor estava fora, foi só uma maneira de cumprimentá-lo. Preciso confirmar alguns dados e marcar nossa visita.

Guilherme: Obviamente que você não foi avisada, você não é minha secretária e não trabalha comigo Pra saber.

Cathe: pela sua gentileza, eu também não gostaria de trabalhar, podemos nos ater as informações?

Guilherme: você é uma secretária bem mal educada, Catharina.

Cathe: não sou secretária, senhor. Sou advogada do escritório e estou encarregada de que sua auditoria saia toda como planejada.

Guilherme: essa auditoria não é minha, doutora advogada, e já te digo mais, está perdendo seu tempo, não vão encontrar defeito algum na empresa, não tenho nada a esconder.

Cathe: a auditoria nunca é perda de tempo, senhor. No mínimo ela mostrará que o senhor está certo e não tem nada a dever.

Guilherme: quem falou em dever? Aquele desgracado acha que estou roubando também?

Cathe: não foi o que eu quis dizer, senhor. Realmente gostaria apenas das informações e marcar as visitas.

Guilherme: pois comigo você não vai marcar nada, a não ser que queira vir me visitar em Paris. Aí podemos marcar um café, um jantar. (Riu com ironia)

Ao ouvir o nome da cidade luz, o coração de Cathe disparou. Como um homem tão chato é implicante podia estar trabalhando lá.

Cathe: Eu dispenso suas propostas, senhor Guilherme. Só quero mesmo fazer meu trabalho.

Guilherme: você não acha que te convidei sério né? Foi uma piada, pela sua chatice deve ser uma advogada feia e sem graça.

Catharina ficou surpresa com os insultos, mas não podia deixar barato.

Cathe: pois mesmo que fossem verdadeiros, eu jamais aceitaria o convite de um velho grosseiro.

Guilherme: velho? Eu não sou velho

Catharina já está morrendo de rir do outro lado da linha. Guilherme ao ouvir sua risada, se desarmou.

Guilherme: mas que droga, menina. Vamos marcar essas porcarias.

Marcaram e confirmaram datas para as visitas. Sem muitas delongas. Iriam se ver em 12 dias.

                         

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