Rendida pelo meu chefe mais novo
img img Rendida pelo meu chefe mais novo img Capítulo 5 O que este garoto queria comigo Brincar
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Capítulo 6 Já tinha ido para a cama com um dos Prados img
Capítulo 7 Chame-me como quiser. img
Capítulo 8 Me respeite! Tenho idade para ser sua mãe! img
Capítulo 9 O que estou fazendo img
Capítulo 10 Desvencilhei o olhar img
Capítulo 11 Visita indesejada img
Capítulo 12 Ciúme possessivo img
Capítulo 13 Carona img
Capítulo 14 Paranóico img
Capítulo 15 Visita a rural img
Capítulo 16 Realidade img
Capítulo 17 Nervosamente img
Capítulo 18 Assédio img
Capítulo 19 Documentos img
Capítulo 20 O elevador img
Capítulo 21 Indecisa img
Capítulo 22 Insisti img
Capítulo 23 Desabafando img
Capítulo 24 Flores img
Capítulo 25 Reage! img
Capítulo 26 Desculpa img
Capítulo 27 Responsabilidade img
Capítulo 28 Vitalicia img
Capítulo 29 Receio img
Capítulo 30 A porta img
Capítulo 31 Ser louco img
Capítulo 32 Confuso img
Capítulo 33 Namorada img
Capítulo 34 Teimoso img
Capítulo 35 Frieza img
Capítulo 36 Possessivo img
Capítulo 37 Churrasco img
Capítulo 38 Enlouquece img
Capítulo 39 Loucura img
Capítulo 40 Desejo img
Capítulo 41 Culpa img
Capítulo 42 Mudança img
Capítulo 43 Profissionais img
Capítulo 44 Tesão img
Capítulo 45 Mãe img
Capítulo 46 Minha img
Capítulo 47 Vencido img
Capítulo 48 Conquisto img
Capítulo 49 Insegura img
Capítulo 50 Ir até ele img
Capítulo 51 Sede incomum img
Capítulo 52 Acordo img
Capítulo 53 Um erro img
Capítulo 54 Sem defesa img
Capítulo 55 Mudança brusca img
Capítulo 56 Eu preciso img
Capítulo 57 Homologado img
Capítulo 58 A secretaria img
Capítulo 59 Linha img
Capítulo 60 Trabalho img
Capítulo 61 Chega img
Capítulo 62 Uma opção img
Capítulo 63 Como assim img
Capítulo 64 Claro minha querida img
Capítulo 65 Papinho img
Capítulo 66 Vai compensar img
Capítulo 67 Seus filhos img
Capítulo 68 Impulsivo img
Capítulo 69 O que você quer img
Capítulo 70 Me tente direito img
Capítulo 71 Pra quê img
Capítulo 72 Jogue a fora img
Capítulo 73 Se afastando img
Capítulo 74 Como não sabe img
Capítulo 75 Notificação img
Capítulo 76 Divorciada img
Capítulo 77 Tô te pedindo img
Capítulo 78 Partido perfeito img
Capítulo 79 É tão ruim img
Capítulo 80 Não há sofá img
Capítulo 81 A mesma dor img
Capítulo 82 Sou péssima img
Capítulo 83 A mercê img
Capítulo 84 Que morresse engasgada! img
Capítulo 85 Logo mais img
Capítulo 86 Não estou img
Capítulo 87 O caso é seu img
Capítulo 88 Não podemos img
Capítulo 89 O que acha img
Capítulo 90 Do mesmo jeito img
Capítulo 91 Espero que não img
Capítulo 92 indo a mansão Prado img
Capítulo 93 Companhia img
Capítulo 94 Só você img
Capítulo 95 Não cai img
Capítulo 96 Vicia comigo img
Capítulo 97 borboletas no estomago img
Capítulo 98 Ansioso demais img
Capítulo 99 A nova associada img
Capítulo 100 Nem tua dúvida. img
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Capítulo 5 O que este garoto queria comigo Brincar

Pov: Angelina Garcia

Meu ventre se contorcia.

Uma inquietação tomava conta de mim.

O calor aumentava, já sabia que era efeito da menopausa.

Meus batimentos estavam acelerados, e meu peito parecia temer a sua volta. Entrei apressadamente no escritório de Débora e, mal pus os pés dentro dele, virei-me para fechar a porta.

Tranquei.

Aquele garoto tem cabelos loiros lisos, pele clara, olhos azuis, barba no mesmo tom do cabelo. Era perfeito, tão perfeito quanto uma miragem.

Era como uma cópia do senhor Prado filho segundo. Porém mais jovem, mais bonito.

O que ele queria comigo? Brincar?

Eu conhecia bem o descaramento dos Prados.

Do avô, do pai e agora do neto.

Em quase vinte anos trabalhando para essa família, aprendi a me manter à margem. Quando entrei na empresa, o senhor Prado sabia que eu era casada. Algumas vezes o peguei olhando para minhas pernas, mas nunca demonstrei interesse em seus gestos. Ele adoeceu e a filha assumiu. Achei que as coisas ficariam mais fáceis.

Procurei uma blusa seca, sem sucesso. Comecei a secar as peças de roupa no secador de mãos do banheiro. Não era grande, mas ajudava. Peguei o secador da minha chefe e sequei os cabelos e o colarinho da blusa. Ajustei os fios como pude. Nada que parecesse uma escova, mas era o suficiente para o dia.

Olhei-me no espelho e notei como minha aparência estava longe do que se esperava de uma secretária da Prado Advocacia. Mas não importava.

Trabalho era trabalho.

Afinal o que importa é utilidade.

Meus olhos pousaram no batom rosa, quase nude, de Débora. Estendi a mão para pegá-lo, mas hesitei.

Desisti.

Por que aquele garoto me olhou daquele jeito?

Levei a mão à corrente dourada com a imagem da padroeira, buscando conforto para os pensamentos absurdos que me invadiam.

Ri de mim mesma. Eu só podia estar louca. Como um garoto de quê? Trinta anos? poderia parecer excitado para mim?

Os Prados abafavam os escândalos, e a origem de Saulo era pouco comentada. Mas todo mundo sabia que havia um filho ali, outro lá.

Mas somente os dos casamentos tinham acesso à mansão e aos negócios.

O toque do telefone me arrancou dos devaneios.

Fechei a porta do banheiro após guardar o secador, passei a mão pelos cabelos compridos antes de atender na mesa de Débora.

- Prado Advocacia e Assessoria Jurídica, bom dia.

- Lina, sou eu. Débora. Estou ligando para o seu celular, e você não atende.

- Oi, chefe. Vou olhar. Deve ter sido...

- Ele chegou? Está perto de você?

Olhei ao redor, sabendo muito bem de quem ela falava.

- Não. Saiu para um café.

Senti um alívio imediato.

- Atenda o celular. Não quero que ouçam a nossa conversa.

Débora desligou sem esperar resposta.

Fui até minha bolsa, sentindo o aparelho vibrar dentro dela.

O elevador apitou, anunciando a chegada de alguém. Peguei o celular e, ao olhar para a porta, vi Saulo Prado.

Ele me encarava com um sorriso fraco.

Um sorriso branco.

Dentes alinhados.

Uma aparência impecável.

E o típico cinismo dos Prados.

- Agora sim parece possível trabalhar por aqui - comentou, aproximando-se.

Atendi o telefone, desviando os olhos dele, que vestia calça preta e camisa social azul claro.

- Oi, alô.

- Lina, me escuta bem. Esse homem que chegou aí é meu sobrinho. Apesar de tê-lo colocado no meu lugar... - Olhei de relance para Saulo e desviei o olhar de novo. Uma onda de insegurança tomou conta de mim.

- ... quero que você observe tudo que ele fizer, acompanhe todas as reuniões com clientes. Eu não confio nele. Nem o conheço, na verdade. Só está aí para que o escritório não pareça abandonado.

- Sim, senhora. Entendi.

Eu realmente não entendia. Mas não era a primeira vez que via algo assim acontecer na Prado Advocacia.

- Tenha cuidado. Me informe tudo que considerar suspeito. Não quero que ele roube clientes da gente, e nem tenha acesso a aqueles documentos, você já sabe, não é?

O senhor Saulo parecia aguardar um momento para falar. Ainda estava parado diante de mim.

- Está bem, Déb.

- Era só isso, querida. Tchau.

Débora desligou sem cerimônia. Coloquei o celular sobre a mesa. Quando ergui os olhos, os de Saulo estavam em mim.

- Era a Débora? - perguntou, apontando para o aparelho.

Assenti, sem saber como esconder meu desconforto.

- Ah, ótimo, Angelina... - Ele passou os dedos entre as sobrancelhas.

- Eu não quis ligar para ela. Você me entende. Está de repouso, bebês devem dar trabalho. Mas estou com algumas dificuldades...

Assenti de novo, sem saber o que responder.

Ele indicou a sala.

- Prontamente, senhor. Se eu puder ajudá-lo, estou à disposição.

Levantei-me e o acompanhei até a sala que seria temporariamente dele. Senti um calor inesperado quando sua mão pousou em minhas costas, firme e quente, como se me guiasse.

O escutei fechar a porta.

A insegurança crescia.

Ele era um completo desconhecido.

Quando me virei, Saulo estava à minha frente.

- Não sei o que posso ou devo mexer neste computador. Como você ouviu, sua chefe e, pelo visto, ninguém daquela família confia em mim. Aliás, nem eu sei por que realmente me querem aqui.

Senti o frio no estômago me invadir.

Débora ficaria furiosa se soubesse que ele ouviu tudo.

- Como você sabe que...

- Não sejamos tolos, Angelina - interrompeu, indicando a mesa.

- Apenas me diga o que fazer nesta empresa, já que não sou de confiança.

O ambiente ficou tenso.

Mesmo trabalhando há tantos anos para os Prados, eu não sabia apontar um único caso naquele computador que não fosse arriscado expor.

Inclinei-me sobre a mesa, pegando o mouse para procurar algo útil. Parte de mim sentia pena dele. Outra, entendia a desconfiança.

- Talvez eu possa ler os casos antigos - sugeriu ele, atrás de mim.

Virei-me para encará-lo, logo atrás.

O queixo quadrado era coberto por fios loiros cobre bem aparados. Seus olhos azuis estavam fixos em mim, de cima para baixo.

Eles me tiraram da minha zona de conforto.

- Ou talvez possamos conversar - disse ele, afastando-se e sentando-se na cadeira de visitantes.

Virei para a tela do computador.

- Deve haver um caso que o senhor possa...

- Você é casada há quanto tempo?

Meu coração disparou.

A pergunta me pegou de surpresa.

Eu deveria ligar para Débora? Perguntar?

- Só um momento, por favor. - Pedi, saindo da sala.

Caminhei até minha mesa, mas mal toquei no telefone antes de sentir sua mão segurando a minha.

- Apenas uma pergunta. Por que não me responde sobre você? - Pegou meu celular e o pôs no bolso.

- Senhor Prado, seu comportamento está sendo inadequado. Por favor, devolva meu aparelho. - Estendi a mão.

- Apenas uma pergunta. Não deveria agir dessa maneira. - Enfiou a mão no bolso, me devolveu o celular.

- Talvez sua chefe não fique contente se eu disser que não poderei ficar aqui enfeitando a cadeira dela, enquanto ela estiver ausente. Logo ela pode associar esta ligação à minha partida...

- Vinte e oito anos, doutor - Respondi, sentindo a ameaça velada.

O doutor Saulo silenciou, fez um bico e assobiou.

- Nossa, são muitos anos. Você não parece ter...

- Quarenta e seis anos. Pronto. Satisfeito? Por que quer saber da minha vida? O que ganha com isso?

Ele deu de ombros e colocou o celular de volta em minha mão.

- Nossa, que tensa! Achei que ficaria mais tranquila se conversássemos sobre você.

Peguei o aparelho em seguida, ignorando a minha frente. Em seguida, disquei para Débora. Ela autorizou o acesso dele a todos os casos, mas me alertou com aquela voz preocupada.

- Fique atenta. Ele não é fácil.

E eu já sabia disso.

Segui o Doutor Saulo até a sala, a poucos passos atrás, sentindo o peso calculado da sua presença. Ele se acomodou à frente do computador como se estivesse ali há anos, abrindo um caso sobre a refinaria investigada por trabalho escravo.

Observei a forma como seus olhos percorreram as páginas e, em seguida, o movimento lento de sua mandíbula, mastigando a saliva como quem processa não apenas informações, mas possibilidades.

Não disse uma palavra.

O silêncio entre nós parecia proposital, como se ele quisesse me testar.

Aproximei-me para ajustar a tela, mas ele não recuou.

Pelo contrário.

O cheiro amadeirado do perfume dele me atingiu quando seu braço roçou de leve no meu, um toque rápido, mas suficiente para me fazer perder por um instante a linha de raciocínio, um arrepio percorrer da minha espinha vertebral para todo o resto.

- Curiosa? - ele perguntou, sem tirar os olhos da tela.

- Apenas atenta. - Minha voz soou mais baixa do que eu queria.

Foi então que ele virou a cabeça lentamente, encurtando a distância entre nossos rostos até que eu pudesse sentir seu hálito quente, senti as minhas bochechas queimarem.

Um sorriso enviesado surgiu no canto de sua boca.

- É bom que esteja. - a voz grave, quase um sussurro.

- Porque a partir de agora... tudo o que você fizer aqui vai passar por mim.

                         

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