A Traição Dele, Minha Vingança Mafiosa
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Capítulo 2

Ponto de Vista: Alessa

Santino entrou no momento em que os dedos de Valentina se atrapalhavam com o primeiro botão de sua camisa. Seus olhos, escuros e tempestuosos, pousaram em mim.

"Que diabo você está fazendo, Alessa?" ele rosnou.

"Estou restaurando um pouco de dignidade a esta casa", eu disse, sem desviar os olhos do rosto em pânico de Valentina.

"Você está assediando uma mulher grávida e de luto. Está destruindo a união da nossa família." Sua voz era baixa, um rosnado perigoso que antes me faria encolher. Agora, apenas alimentava o gelo em minhas veias.

Ele se colocou entre nós, pousando uma mão protetora no ombro de Valentina. "Ela está carregando o filho do Marco. É meu dever cuidar dela. Você precisa entender isso. Precisa mostrar um pouco de compaixão."

A hipocrisia era tão espessa que eu podia senti-la no ar. Dever. Ele falava de dever enquanto desrespeitava nossos votos, nosso laço familiar, bem na minha frente.

"Eu entendo perfeitamente", eu disse, minha voz afiada. "Você deixou suas prioridades claras. Então, vou deixar as minhas claras também. Eu quero a anulação."

A palavra pairou no ar, pesada e chocante. Em nosso mundo, o casamento era um sacramento, um contrato vinculativo entre famílias. A anulação era uma declaração de guerra.

O rosto de Santino ficou rígido. Por um segundo, pensei que ele pudesse realmente ver o abismo que se abriu entre nós.

Então ele zombou. "Não seja ridícula. Você está emotiva." Ele acenou com a mão, desdenhoso. "Quer um carro novo? Eu te compro um carro novo. Quer outra casa? Escolha uma."

Ele achava que podia comprar meu silêncio, minha submissão. Ele não tinha ideia com quem estava lidando agora. Ele ainda estava falando com o fantasma da garota que eu costumava ser.

Foi quando Valentina começou sua performance. Uma lágrima solitária escorreu por sua bochecha. Seu lábio inferior tremeu. "Oh, Santino", ela sussurrou, a voz sufocada por uma tristeza fabricada. "Isso tudo é culpa minha. Eu me meti entre vocês. Eu deveria simplesmente ir embora..."

Foi um golpe de mestre da manipulação, e Santino caiu completamente.

"Não", ele disse, sua voz suavizando instantaneamente enquanto voltava toda a sua atenção para ela. Ele a puxou para um abraço gentil. "Você não vai a lugar nenhum. Não dê ouvidos a ela. Ela só está chateada."

Ele me fuzilou com o olhar por cima da cabeça de Valentina, seus olhos cheios de acusação. Ele estava protegendo sua amante de sua esposa.

Minha raiva, fria e precisa, encontrou sua voz. "Você fica aí a consolando depois de passar a noite passada massageando os pés dela na minha cozinha?" As palavras foram baixas, mas o atingiram como um golpe físico.

Valentina, sentindo a determinação dele vacilar, aumentou a aposta. Suas lágrimas silenciosas se transformaram em soluços convulsivos. "Eu não posso ficar aqui", ela chorou em seu peito. "Não posso ser o motivo pelo qual seu casamento desmorona. Eu vou embora. Vou criar o bebê sozinha..."

Foi a jogada perfeita. A ameaça de ir embora, de levar o último pedaço de seu irmão morto, cimentou seu senso de proteção equivocado.

Ele a segurou com mais força, ignorando completamente o fato de que eu ainda estava na sala. Ele ignorou a dor gravada em meu rosto, a finalidade em minha voz.

"Este é o seu porto seguro, Valentina", ele murmurou para ela, sua voz uma promessa baixa. "Esta é a sua casa. Você nunca, jamais, irá embora."

Foi o insulto final. Ele havia dado a ela minha casa, meu marido, minha vida.

Ele nem sequer olhou para mim. Apenas ficou ali, acariciando o cabelo dela, sussurrando palavras de conforto. Naquele momento, eu não era sua esposa. Eu nem estava ali.

E nesse momento, Alessa Bianchi, a esposa, morreu. E Alessa Bianchi, a rosa com espinhos pronta para sua vingança sangrenta, nasceu por completo.

            
            

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