A Esposa Virgem de Alfa
img img A Esposa Virgem de Alfa img Capítulo 4 A Rainha Chaska
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Capítulo 6 Cavalgando img
Capítulo 7 O processo sagrado img
Capítulo 8 Um uivo do lobo img
Capítulo 9 Shilah e o grande lobo de olhos vermelhos img
Capítulo 10 Uma maldição inquebrável img
Capítulo 11 Dando prazer ao alfa img
Capítulo 12 Indo ao encontro de Shilah img
Capítulo 13 Shilah e o Rei Dakota img
Capítulo 14 A quarta esposa do Alfa img
Capítulo 15 A nova esposa img
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Capítulo 17 img
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Capítulo 19 img
Capítulo 20 A cerimônia img
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Capítulo 74 img
Capítulo 75 img
Capítulo 76 img
Capítulo 77 img
Capítulo 78 img
Capítulo 79 img
Capítulo 80 img
Capítulo 81 Encontro com o lobo branco img
Capítulo 82 img
Capítulo 83 O questionamento de Pishan img
Capítulo 84 img
Capítulo 85 O encontro img
Capítulo 86 img
Capítulo 87 Passeio no mercado img
Capítulo 88 O clamor do povo img
Capítulo 89 A bebida img
Capítulo 90 img
Capítulo 91 img
Capítulo 92 O passado do Rei img
Capítulo 93 img
Capítulo 94 img
Capítulo 95 img
Capítulo 96 img
Capítulo 97 img
Capítulo 98 img
Capítulo 99 img
Capítulo 100 img
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Capítulo 4 A Rainha Chaska

A rainha Chaska movimentava-se inquieta na sala, com sua longa manta varrendo o chão enquanto andava de um lado para o outro com as duas mãos na cintura.

"Vamos, vamos", murmurou de forma impaciente para si mesma.

Por que ela estava demorando tanto assim?

Seus sapatos duros faziam um som peculiar quando se chocavam contra o chão e se não fosse pelo barulho dos guardas treinando do lado de fora, ela tinha certeza de que seus suspiros profundos já teriam sido ouvidos.

Ela estava tão nervosa que não conseguia descansar.

Nosheba. Ela já teria dado à luz? O bebê era macho ou fêmea? Seria uma fêmea? Ou um macho como ela mesmo havia se gabado?

De punhos cerrados, ela se lembrou de como havia jogado em sua cara que definitivamente daria à luz o herdeiro do rei daquela vez.

Chaska era a primeira rainha e esposa mais velha, e Nosheba era a segunda e sua maior rival.

Chaska não havia sido capaz de dar ao rei um filho homem, por isso ele teve que se casar com mais duas mulheres. E quando a rainha Nosheba ficou grávida, ela não permitiu que ninguém no palácio tivesse paz.

Ela não parava de se gabar dizendo que daria à luz um filho homem - especialmente à Rainha Chaska. E ela continuou se gabando e listando tudo o que aconteceria quando ela finalmente se tornasse a mãe do herdeiro do rei, e a Rainha Chaska, por ser uma pessoa orgulhosa, não pôde deixar de se sentir assustada e ameaçada.

Ela era a primeira esposa e não estava pronta para trocar de posição ou respeito com ninguém. Ela queria muito ser a mãe do herdeiro do rei, e queria ser a única que sustentaria essa posição, então quando chegasse a hora de o rei finalmente escolher sua Luna, a rainha Chaska teria mais motivos e pontos a seu favor.

Seu coração disparou ainda mais rápido quando ela se lembrou do que Nosheba disse para ela:

"É melhor você começar a se preparar, Rainha Chaska, para poder receber meu filho daqui alguns dias. Não se preocupe, quando ele finalmente chegar e o Rei me tornar sua esposa favorita, eu vou garantir que você ainda possa visitar o Rei uma vez a cada 4 luas", uma risada de desdém acompanhou suas palavras.

"Não!", Chaska rangeu de raiva.

Ela nunca deixaria ninguém ridicularizá-la assim. Nunca.

Chaska era a pessoa mais próxima do rei e estava pronta para fazer qualquer coisa que precisasse para garantir que as coisas continuassem daquela forma.

Ela continuou andando ansiosa de um lado para o outro até que, de repente, sua ama entrou correndo. "Hah...!", ela deixou um leve suspiro escapar.

"Minha Rainha", a empregada imediatamente curvou-se diante de Chaska, com as palmas das mãos juntas em frente ao corpo.

A curiosidade de Chaska aumentou ainda mais.

"O que houve, Gina?", ela perguntou de olhos bem abertos.

"Minha Rainha, a Rainha Nosheba já chegou", ela respondeu com a cabeça ainda baixa, fazendo Chaska sentir seu coração parar de bater.

Ela de repente ficou com medo de fazer a próxima pergunta.

"Fale, Gina. Você sabe o que eu quero saber", pediu.

A ama hesitou durante alguns instantes e então ergueu os olhos para ela e respondeu com um sorriso:

"É uma menina."

De modo instantâneo, Chaska sentiu como se um pouco de água do mar tivesse sido derramado em seu corpo. Durante os primeiros segundos, após ouvir aquelas palavras, ela estava rígida e nem piscou os olhos.

"O que... você acabou de me dizer?", ela perguntou, mas desta vez escolhendo as palavras.

"Você me escutou direito, Minha Rainha. Ela deu à luz uma menina", sua empregada respondeu novamente, fazendo o olhar preocupado de Chaska se transformar em sorrisos.

"Ah...", ela suspirou e zombou, olhando na direção oposta com seus pequenos e bonitos lábios se esticando em um sorriso largo.

Sua respiração tornou-se pesada quando Chaska finalmente soltou o ar que estava prendendo por um bom tempo.

Então... no final de tudo, era uma menina?

A rainha se virou para encarar sua criada.

"Você... tem certeza disso?"

"Definitivamente tenho certeza, Minha Rainha. Eu ouvi isso diretamente do guarda. Na verdade, ele até disse que o rei quase matou a parteira que lhe deu a notícia, agarrando-a pelo pescoço. Ele chamou a criança de má notícia", ela respondeu, e em seguida os olhos de Chaska se arregalaram de diversão.

"Uau...", Chaska riu e piscou de maneira apressada.

Ela encolheu os ombros, até que, de repente, caiu em gargalhadas. O som soou muito alto e ecoou com desdém.

"Má notícia?", a rainha repetiu, rindo um pouco mais disso tudo.

"Isso é novidade e deve ser algo tão patético. Ah..! Pobre Nosheba, eu me pergunto como ela deve estar se sentindo agora, escutando sua filha ser chamada de má notícia pelo próprio pai ao nascer. Deve ser algo tão doloroso", a rainha fez uma pausa e riu novamente.

"Eu realmente me sinto mal por ela, depois de toda a confiança que ela tinha que seria um menino. Como ela vai andar por aí depois disto?", a rainha se perguntou.

"Hm. Então, depois de tudo, nós ainda somos os mesmos", Chaska caminhou até à janela.

"Eu vou te dizer uma coisa: eu acho que devo dar a ela algumas frutas para que ela coma e se refresque na hora que acordar", suas risadas deduziram em largos sorrisos.

"Vá e prepare uma carruagem para mim, Gina. Preciso ir até o mercado."

A empregada ficou confusa com aquilo.

"Minha... Minha Rainha, por que não deixa que eu mesma vá buscar as frutas para você? Você não tem que..."

"Ah, Gina. Não se preocupe com isso", Chaska interrompeu sua ama com um sorriso.

"Eu estou de muito bom humor hoje e gostaria de fazer isso sozinha. Então, se apresse e arrume a carruagem."

A empregada curvou-se diante de Chaska e saiu.

*******************

Shilah ficou do lado de fora segurando a cesta vazia enquanto esperava Ina sair para que pudessem ir para o mercado juntas.

Ela estava esperando já fazia muito tempo e estava ficando cansada. Bem, sempre havia sido dessa forma: ela podia esperar por eles, mas nunca se atreveu a deixá-los esperar.

Ela já estava acostumada com as coisas dessa forma.

Shilah continuou esperando enquanto os minúsculos insetos se animavam em suas pernas. O sol já estava quase se pondo e em pouco tempo já anoiteceria. Por que Ina estava demorando tanto?

Ela continuou a esperar, ainda segurando a cesta ao lado da cintura até que, finalmente, viu Ina saindo de dentro de casa.

Ela estava usando um vestido deslumbrante e tinha cerca de três pulseiras caras no pulso. 'Por que ela está tão bonita assim?', Shilah pensou.

"O que você está olhando?", Ina de repente explodiu ao se aproximar de Shilah, que baixou a cabeça para o chão imediatamente.

Ina revirou os olhos e continuou andando, enquanto Shilah a seguia com a cesta nos braços.

*

Shilah sempre se considerou azarada por ter uma história patética como a dela.

Ela era filha única por parte da mãe, que havia morrido há cerca de sete anos. E desde então, a vida começou a ser muito injusta com Shilah. Mesmo quando sua mãe ainda estava viva, a vida também era injusta, mas ficou pior quando sua mãe morreu.

Sua família adotiva tinha sido muito cruel com Shilah, incluindo seu pai, fazendo com que ela se perguntasse o porquê. Era porque ela não tinha poderes? Mas isso não era culpa dela, pois não? Ela não escolheu ser a única loba sem poderes em toda a matilha de Wind Walker. Ela não havia escolhido isso. Então, por que ela tinha que ser tratada com tanto desdém assim?

Às vezes, ela se perguntava como sua vida se transformaria. Quando Shilah poderia ter uma vida melhor? Talvez, se ela pudesse ter seus poderes de loba, tudo seria diferente. Então, talvez ela só precisasse continuar rezando e pedindo para Selene.

*

*

A caminhada da casa até o mercado era bem longa e a população estava muito alarmante. Obviamente porque o mercado não estaria aberto no dia seguinte.

Shilah se perguntou como seria o dia seguinte, com a montanha inteira quieta e vazia com todas as pessoas em casa. Mas por que o Alfa teria dado essas ordens, afinal? O que aconteceria no dia seguinte para que todos tivessem de ficar em casa?

"Você vai andar mais rápido?", Ina se virou bruscamente para olhar para Shilah, que tentou apressar seus passos. Será que ela conseguiria agradar a sua irmã? Ela se perguntava isso o tempo todo.

Ela seguiu Ina como uma marionete por todos os lugares do mercado, onde ela escolheu as coisas que queria. Enquanto ela pegava as coisas, Shilah assumiu a responsabilidade de carregar tudo dentro da cesta.

Não era fácil fazer compras com Ina, pois ela sempre era muito exigente e queria o melhor produto. Elas deram voltas e mais voltas por todo o grande mercado movimentado, até que algo que Shilah não sonhava que aconteceria, infelizmente aconteceu.

Ela estava andando com Ina em sua frente quando uma carruagem em movimento de repente jogou uma água cheia de lama em Ina.

Ina parou de andar imediatamente, engasgando e olhando para o vestido em estado de choque.

"O quê?", Shilah também ficou chocada. Ah, não. O vestido deslumbrante de Ina! Quem poderia ter feito isso?

Ela olhou em direção à carruagem e percebeu que ela havia parado de andar, e antes que Shilah pudesse compreender o que estava acontecendo, Ina andou em direção ao veículo.

"Ei...", Ina rosnou, aproximando-se e atacando o rapaz em cima do cavalo.

Ela nem sequer se importou com o fato de que parecia ser uma carruagem real.

"Você é cego? Você jogou água cheia de lama em mim!", Ina gritou com toda a força que tinha, chamando toda a atenção para si mesma. E então, a cortina se abriu e uma jovem saiu de dentro dela.

Esperem lá... era a Rainha...!

A Rainha Chaska!

Eu...

            
            

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