Capítulo 5 Você é minha noiva agora

Liam generosamente me emprestou o escritório no andar de cima para redigir o contrato. "Se precisar de um advogado, pode ligar para este aqui."

Ele deslizou um cartão pela mesa, o papel creme ostentando o nome Simon Tate. "É um dos escritórios com os quais o Grupo Hewitt trabalha. Ou, se não confiar, posso encontrar outro."

Guardei o cartão. Meia hora depois, o contrato estava diante dele.

Não era longo. Meu principal objetivo era me proteger e proteger a casa da minha família.

O acordo estipulava que eu ajudaria Liam a se preparar para um casamento, fingindo ser um casal em público por no máximo três meses.

Uma cláusula separada garantia que o Grupo Hewitt abandonaria planos de demolir a vila ou usá-la para qualquer outro fim.

Liam leu atentamente, depois fez duas sugestões; Primeiro, sobre a demolição da vila, se o acordo fosse quebrado, a compensação seria de cinquenta milhões.

Eu congelei. Ofertas anteriores não chegavam nem a um décimo disso.

Ele tinha perdido o juízo?

O segundo ponto veio hesitante. "Três meses parece um pouco apressado. Mesmo que o casamento seja uma jogada estratégica, as ações do Grupo Hewitt poderiam sofrer."

Eu o estudei, curiosa sobre seu próximo movimento.

Sua testa se contraiu, mas seus olhos estavam claros quando encontraram os meus. "Vamos adicionar que, se ambas as partes concordarem, você tem a opção de estender o contrato antes do final dos três meses."

Estender?

Antes que eu pudesse falar, ele continuou rapidamente, como se temesse que eu desistisse. "Julia, você está solteira agora. Mais precisamente, acabou de descobrir que seu noivo traiu você. Começar algo novo pode ajudar a superar essa mágoa, não acha?"

Quase cuspi a água em seu rosto.

Superara mágao o primo dele? Sério?

Mas Liam parecia confiante. "Não tenho tempo para conhecer outra pessoa. Por que não tentar? Três meses. Se não houver faísca, terminamos o acordo pacificamente."

Quanto mais aberto ele parecia, menos eu conseguia decifrar seus verdadeiros motivos para este acordo.

Mas eu não tinha melhores opções.

Assenti relutantemente, observando-o assinar e carimbar o contrato, com um certo alívio.

Ele o trancou em um cofre.

Então, tive que fazer um pedido constrangedor. Agora calma, enfrentei minha realidade sombria.

Traída pela mina melhor amiga e noivo, não tinha onde ficar em Riverhaven, a menos que voltasse para a vila com os gatos e cachorros de rua.

"Hum... Posso ficar aqui por um tempo?" Essas poucas palavras me deixaram tão envergonhada que quis me encolher e desaparecer.

"Claro." Ele respondeu rapidamente. "Você é minha noiva agora. Claro que fica aqui."

Seu telefone vibrou. Ele olhou para ele, a testa se franzindo.

Era Cayden ligando.

Liam tossiu levemente e se afastou para atender.

Na vila vazia, a ligação ainda era audível.

"Liam, eu estava muito exaltado hoje. Olha, amanhã vou pedir para Vivian trazê-la de volta. Elas são melhores amigas e sempre viveram juntas."

Liam sorriu. "Espere um pouco, deixa eu perguntar a ela."

Antes que Cayden pudesse fazer alguma objeção, ele ergueu a voz. "Querida, você quer voltar para a casa da sua amiga?"

Neste momento senti um frio na espinha.

"Não."

Liam assentiu. "Ouviu? Minha noiva não se lembra de nada, então não há necessidade de incomodar Vivian."

Ele fez uma pausa, depois acrescentou: "Acabamos de ter uma conversa sincera e concordamos com essa coisa de casamento."

Cayden ficou em silêncio, depois falou mais baixo. "Não vá longe demais. Ela vai se lembrar mais cedo ou mais tarde, e quando lembrar, voltará correndo para mim, chorando. Não tenho certeza sobre os outros, mas Julia está comigo há três anos. Sem pais, sem família. Sou a coisa mais importante na vida dela."

Sua voz transbordava confiança, até um toque de desdém. "Quando ela lembrar, vou enrolá-la com conversa fiada, e ela me perdoará."

Liam parecia curioso. "E a sua amiga? Como vai lidar com ela?"

"Vivian e eu estamos apenas nos usando. Ela gosta das minhas habilidades, eu gosto da emoção. Você não entenderia. Apenas cuide de Julia para mim, irmão, e te devo uma grande."

A ligação terminou.

Liam se virou, seus olhos com um traço de piedade. "Você está chorando."

Enxuguei minhas lágrimas, virando-me teimosamente. "Não, é só poeira nos meus olhos."

Ele tossiu. "Mas eu não abri nenhuma janela."