Favela na veia - Os gêmeos
img img Favela na veia - Os gêmeos img Capítulo 5 Visita inesperada
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Capítulo 6 Batendo de frente com Cléo img
Capítulo 7 O assalto img
Capítulo 8 Eu vou subir o morro img
Capítulo 9 Conhecendo a comunidade img
Capítulo 10 Autorização img
Capítulo 11 Surpresa! img
Capítulo 12 Acerto de contas img
Capítulo 13 Pegos no flagra img
Capítulo 14 A festa img
Capítulo 15 Continuação img
Capítulo 16 O reencontro na festa img
Capítulo 17 Verdade ou consequência img
Capítulo 18 pondo tudo em pratos limpos img
Capítulo 19 A missão img
Capítulo 20 Tiroteio img
Capítulo 21 Péssimas notícias img
Capítulo 22 O que você faz aqui img
Capítulo 23 Hora da despedida img
Capítulo 24 Amélia img
Capítulo 25 Sofrendo as consequências img
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Capítulo 5 Visita inesperada

Era por volta das 22 horas quando sinto pedras batendo no vidro da minha janela, eu estou assistindo uma série, mas acho estranho o barulho e vou até a janela do meu quarto.

Ao olhar para baixo vejo um dos seguranças da casa.

- Que foi, Marcelo!

- Tem um rapaz lá no portão querendo falar com você!

- Comigo? Quem?

- Victor!

- Victor? Não conheço nenhum Victor... É engano.

- Não é engano! Ele ameaçou tocar o interfone... Fiquei com medo da sua mãe...

- Droga! Tá, eu vou lá ver quem é, mas você vai comigo, por que não conheço ninguém com esse nome!

Jogo um roupão por cima do meu baby Doll e desço as escadas bem devagar para não chamar a atenção de Tânia e nem de Gilmar.

Ao chegar no portão dou de cara com o cara da boate, até paraliso com o susto.

- Droga!

Digo o encarando.

- Precisamos conversar.

Ele está bem de frente para o meu portão, então meio que no automático eu o seguro pelo braço e o puxo para a lateral do muro da casa, Tânia não podia nos ver.

- O que faz aqui? Como conseguiu meu endereço?

- Eu tenho minhas fontes!

- Ok! O que você quer?

- Saber o por que me deixou daquele jeito lá na boate!

- Você teve o trabalho de achar o meu endereço , de vir na minha casa essa hora só pra saber o por que fui embora?

Me afasto dele e fico próximo ao meu segurança.

Eu estava com medo, vai que ele seja um predador? Um serial killer.

- Podemos conversar a sós?

Ele pergunta olhando para Marcelo.

- Não saia daqui!

Grudo no braço de Marcelo.

- Qual foi? Lá na boate você não ficou com medo de mim!

- Nós estávamos na boate, tinha um monte de gente lá... sabíamos nada um do outro e agora você sabe até onde moro!

- Eu perguntei a Cléo! Só fiquei curioso em saber o por que fugiu aquele dia...

- Aí meu Deus! Você falou de mim pra Cléo? Merda! Agora sim minha vida virou um inferno!

Afundo minha cabeça no braço de Marcelo. Cléo ia acabar comigo!

- Qual o problema? Podemos conversar?

Olho para Marcelo e o mesmo diz:

- Fica tranquila, eu conheço Victor, ele mora na minha rua.

Estreito o olhar para Marcelo, mas não digo nada, só largo o seu braço e volto a me aproximar dele.

- Ok, seja rápido por que minha mãe não gosta que ... Só seja rápido!

- Por que fugiu de mim daquele jeito?

- Eu não ia transar com um desconhecido! Principalmente em um quartinho imundo como aquele!

- Era só falar que não queria! Eu não ia te obrigar.

- É, podia ser, mas não falei... Sério que você me caçou só porque fugi de você em uma boate?

Coloco a mão na cintura.

- Não! Não te cacei, na verdade eu nem lembrava mais de você, até te ver na escola da Cléo... Aí bateu a curiosidade!

- Droga! A Cléo!

Lembrei dela de novo.

- Por que esse medo da Cléo?

Ele franze a testa.

- O que você falou pra ela de mim? Cléo é famosa na escola por perseguir quem se aproxima de seus namorados.

- Não somos namorados!

- Não foi o que pareceu... Ela até te chamou de meu amor.

- Mulheres são emocionadas demais, só ficamos de vez em quando, mas nada sério.

- Ok! Só espero que ela não venha até mim... Mas era só isso? Então vou entrar.

- Não, pera aí!

Ele segura minha mão na hora que vou lhe dar as costas, e continua a falar:

- Quer dar um rolê comigo não? Marcelo já falou que me conhece...

Fico encarando ele por um tempo, pensando se devo aceitar ou não.

Ele era um gatinho, veio atrás de mim, Marcelo conhece, beija bem, sabe que não vou transar com ele... Por que não aceitar?

- Eu não posso, meus pais são rígidos e ainda não dormiram... Mas...

Antes que eu falasse qualquer coisa, Marcelo aparece desesperado.

- Sua mãe está vindo.

- Droga! Não saia daí! Amanhã às 22 em frente ao meu colégio!

Digo empurrando ele para dentro dos arbustos que tinha em frente ao nosso muro.

- Angel! O que faz aqui fora essa hora!

Tânia olha ao redor, como se tivesse procurando alguém.

- Um gato! Digo de pressa. - Eu vi um gatinho abandonado e vim buscar ele, mas ele fugiu.

Eu estou nervosa.

Se Tânia visse Victor aqui, ela era capaz de me bater na frente dele.

- Não quero bicho lá em casa! Você sabe que odeio bichos! Entra logo, você sabe que está de castigo!

Ela segura meu braço forte e já vai me puxando pra dentro do portão.

- Se eu pegar bicho dentro de casa, você sabe o que vai acontecer com ele e com você, neh?

Ela vai falando enquanto entramos dentro de casa.

Nem olhei pra trás de tanta vergonha.

                         

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