Ele Me Traiu, Agora Ele Implora
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Capítulo 4

Ponto de Vista: Seraphina

O silêncio durou exatos trinta segundos. Meu celular vibrou novamente, desta vez de um número desconhecido. A mensagem era curta, seu tom arrogante.

*Grand Hyatt. Suíte Presidencial, 8808. Dante está aqui comigo. Venha ver por si mesma.*

Isabella.

Sua persistência era quase divertida. Ela não se contentava com uma vitória privada; ela precisava de uma plateia. Ela queria me ver desmoronar.

Uma ideia, fria e afiada, cristalizou-se em minha mente. Ela queria um show? Eu lhe daria um.

Rolei meus contatos até encontrar o número de um informante que me devia um favor.

*Preciso do WhatsApp de Rocco Medeiros*, digitei. *O noivo de Isabella Monteiro.*

A resposta foi imediata.

*Vai estragar a festa?*

*Estou enviando um presente para ele*, escrevi de volta.

Um cartão de contato apareceu na minha tela. Adicionei Rocco. Ele aceitou instantaneamente - um homem que estava claramente sempre em alerta.

Sem uma palavra de saudação, encaminhei para ele a foto de Isabella e Dante na cama. Em seguida, enviei a gravação de áudio da confissão bêbada de Dante.

Meu celular tocou antes mesmo que a segunda mensagem registrasse como 'lida'.

Eu atendi.

"Quem é?", a voz de Rocco era tensa - um rosnado baixo de fúria controlada. "Onde você conseguiu isso?"

"Meu nome é Seraphina", eu disse calmamente. "E sua noiva está atualmente com meu ex-namorado na Suíte 8808 do Grand Hyatt. Acredito que ela está esperando que nós os peguemos no flagra."

Houve uma inspiração aguda do outro lado da linha, depois um silêncio longo e pesado enquanto ele lutava pelo controle.

Quando ele falou novamente, sua voz estava perigosamente nivelada.

"Seu endereço."

"Encontro você lá embaixo. Só preciso me trocar."

Desliguei e fui até meu armário. Vesti um agasalho esportivo preto e tênis de corrida, prendendo meu cabelo para trás em um rabo de cavalo severo.

Olhando para mim no espelho estava uma estranha. Seus olhos estavam calmos, mas havia um brilho mortal em suas profundezas.

Isso não era mais sobre ciúmes. Era sobre honra - a dele e a minha.

Lá embaixo, um Maybach preto estava parado na calçada, seu motor um ronronar baixo. Rocco estava encostado nele, uma montanha de homem vestido com um terno impecavelmente cortado que pouco fazia para esconder o poder bruto contido por baixo.

Nossos olhos se encontraram e, naquele instante, um entendimento tácito passou entre nós.

Éramos estranhos unidos pela traição, agora os mais sincronizados dos aliados.

No hotel, Rocco não precisou fazer uma cena. Uma palavra silenciosa com o gerente da noite e um vislumbre de algo em sua carteira garantiram um cartão-chave extra para a Suíte 8808.

Parada do lado de fora da porta, eu podia ouvir a risada aguda de Isabella vindo de dentro. O som arranhou minha espinha.

Olhei para Rocco e gesticulei em direção à porta, dando-lhe a liderança.

Ele assentiu sombriamente.

Peguei meu celular e apertei para gravar.

Com um bipe suave, a fechadura se desativou.

Rocco abriu a porta com um empurrão, e nós invadimos a suíte.

                         

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