Minha Vingança Bilionária: O Segredo Revelado
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Capítulo 2

Eu suprimi um suspiro, não tinha energia para discutir com eles. Minha voz, quando saiu, era calma e controlada, em total contraste com a agitação do meu coração. "Lino, Heloísa. Podemos, por favor, seguir com o que vocês estavam fazendo?"

Um silêncio tenso pairou sobre nós. Os amigos de Lino trocaram olhares rápidos, confusos com a minha inesperada serenidade. Então, uma risada irrompeu de Heloísa, seguida pelos outros.

"Você ouviu isso, Lino?", Heloísa zombou, sua voz estridente. "Ela está nos dando ordens! Como se pudesse!" Ela apontou para um banner enorme pendurado no teto do aeroporto. "Estamos esperando por alguém muito importante, Sofia. Alguém que você nunca teria a chance de conhecer. O bilionário recluso, Gabriel Ortega, e sua ilustre esposa. Eles são os convidados de honra do gala de negócios que meu pai está organizando."

Uma leve curva nos meus lábios. Eles não faziam ideia. O sangue em minhas veias parecia pulsar em um ritmo diferente.

"A esposa dele", Heloísa continuou, os olhos brilhando de inveja e admiração. "Dizem que ela é uma mulher incrível, de uma elegância discreta, mas impecável. Uma verdadeira dama. E Gabriel, ele é um gênio, mas também um lobo. Ele faria qualquer coisa por ela."

Eu sorri internamente. Discreta e impecável. Aquilo me descrevia perfeitamente. E Gabriel? Ah, eles não sabiam o quão certo estavam sobre o "lobo".

"E pensando bem", Heloísa disse, seus olhos fixando-se em mim novamente, "Essa sua velha joia... O colar dela é um presente único de Gabriel. Um colar de esmeraldas e diamantes raríssimos, uma fortuna incalculável. É uma peça exclusiva, feita sob medida."

Ela estreitou os olhos, e então sua voz se tornou um sibilo venenoso. "Mas o que é isso, Sofia? O seu colar... é idêntico! Onde você conseguiu essa imitação barata?"

O ambiente congelou. Todos os olhos se voltaram para o delicado colar que eu usava, o presente de aniversário de Gabriel.

Lino, com um brilho de suspeita nos olhos, deu um passo em minha direção. Ele estendeu a mão, ignorando meu espaço pessoal, e agarrou o colar com força.

"Isso é ridículo", ele zombou, examinando a peça entre os dedos. "Você realmente acha que pode enganar alguém? Isso é uma falsificação. Onde você roubou isso?"

Puxei minha mão de volta. O metal frio do colar ainda me dava uma sensação de segurança.

Eu apenas sorri, deslizando os dedos sobre as pedras. Para mim, o valor do colar não estava no preço, mas no amor de Gabriel. Era um símbolo de nossa união, da nossa história.

Eles não podiam ver isso. Eles viam um colar, um objeto, um status. Eles não viam o amor que o envolvia. A dúvida se espalhava nos olhos de Lino. Ele esperava que eu entrasse em pânico, que me desculpasse. Mas eu não o fiz.

"Você está tão calma", Lino disse, a voz cheia de desconfiança. "Por que? Você está escondendo alguma coisa, não está?"

Antes que eu pudesse responder, ele, num acesso de raiva, puxou o colar do meu pescoço. Senti um puxão forte, seguido por uma dor aguda. As pedras se espalharam pelo chão, o fio de ouro se partiu. As esmeraldas e diamantes rolaram pelos mármores polidos do aeroporto, como lágrimas de um passado que se recusava a ser esquecido.

Heloísa pegou uma das pedras, rindo com escárnio. "Olhem só! Que falsificação patética! Você realmente pensou que poderia nos enganar com isso, Sofia?"

"Você é a convidada especial, não é?", Heloísa continuou, a voz cheia de deboche. "Você é a esposa do bilionário, não é?"

Os amigos de Lino caíram na gargalhada. A ideia era tão absurda para eles que se tornou hilária. Eles não podiam imaginar a Sofia de três anos atrás, a Sofia abandonada e humilhada, como a esposa do homem mais poderoso do país.

Mas a Sofia de agora era diferente. Eu me tornei forte, mais forte do que eles poderiam imaginar. A dor física era insignificante perto da dor que ele me causou anos atrás. Eu olhei para Lino, para Heloísa, para seus amigos, e senti um nó na garganta.

Eu tentei falar, tentei dizer a verdade, mas Lino me deu um tapa no rosto, tão forte que o canto da minha boca sangrou.

"Cale a boca!", ele gritou, os olhos injetados de fúria. "Não minta! Não ouse mentir!"

Os amigos dele se mostraram indignados.

"Ela está tentando sabotar nosso relacionamento com Gabriel!", um deles gritou.

"Ela está tentando se passar pela esposa dele para nos humilhar!", outro acrescentou.

Limpei o sangue da minha boca e olhei para Lino. Seus olhos, por um instante, brilharam com um medo fugaz.

"Ela é uma manipuladora! Uma interesseira!", Heloísa gritou, a voz cheia de ódio. Ela se adiantou, apontando o dedo para mim. "Você sempre foi assim, Sofia! Sempre invejando o que é dos outros!"

Uma memória antiga me atingiu. Lino e eu, anos atrás, em uma discussão. Ele sempre foi assim, sempre me acusando, sempre me diminuindo. Ele nunca mudou.

"Você é patética, Sofia", Lino disse, a voz fria e calculista. Ele tirou algumas notas da carteira e jogou-as no chão, aos meus pés. "Aqui. Isso deve ser suficiente para você se alimentar por alguns dias. E, se você for uma boa menina, posso te dar aquele emprego de babá para o meu filho. É o máximo que você vai conseguir na vida."

Ele se gabava do seu novo status, do seu sucesso, da sua "generosidade" . Eu olhei para as notas espalhadas no chão, e para ele. Sua expressão era de auto-satisfação, de triunfo. Ele estava se divertindo. Ele realmente acreditava que eu era a mesma mulher de três anos atrás.

Lino, você não faz ideia.

            
            

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