A Virgem Negociada - Uma flor para o Don
img img A Virgem Negociada - Uma flor para o Don img Capítulo 5 A francesa virgem
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Capítulo 6 Seja boazinha! img
Capítulo 7 Pare de espiar o Don img
Capítulo 8 Não vai gozar hoje! img
Capítulo 9 A teimosia img
Capítulo 10 A queridinha do chefe img
Capítulo 11 Você vai gostar img
Capítulo 12 Excitante img
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Capítulo 5 A francesa virgem

Juliette

- O Gaspar disse que o senhor ganharia muito dinheiro na boate se...

- Não! - Ele me interrompeu e pousou os lábios na ferida em meus ombros. - O seu corpo é meu.

Eu podia sentir o hálito quente do whisky em meu rosto. Uma mão comprida e áspera pousava em minhas costas enquanto a outra deslizava a alça da camisola até o meu braço. Isso intensificou o tremor, vindo da raiz do meu ser.

- Pitié, ne me fais pas mal, - pedi em francês.

Não consegui evitar um choro incontrolável.

Ele recuou num movimento tão brusco que me deixou cambaleando. Vito ajeitou a gola da camisa de seda, recompondo a indiferença.

- Recomponha-se - ele ordenou, virando-se para a porta. - Amanhã, você vai começar a trabalhar no Luna del Vino.

- Onde? - Minha voz falhou.

Ele parou, a mão na maçaneta. Não olhou para mim.

- Você vai trabalhar na boate para pagar a dívida do seu padrasto. - Vito tomou a decisão e saiu, batendo a porta com força.

Permaneci ali, esmagada contra o vidro. Olhei para o relógio digital ao lado da cama, eram quase duas da manhã e

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Vito.

Eu entrei no meu quarto e vi a ragazza encolhida na beira da cama. Caminhei lentamente. Assustada, ela se levantou e recuou, como um animal encurralado.

- A resistência é patética - enfatizei, irritado.

Eu a encurralei contra o vidro, sentindo o calor do corpo dela, mas mantendo a polegada.

Estava prestes a segurar seu queixo, mas minha mão estagnou no ar quando a ragazza segurou meu antebraço.

- Gemma - ela leu em voz alta. - Quem é?

- Minchia! - Carregado de raiva, xinguei.

Desvencilhei-me de sua mão e saí de perto. Olhando para as tatuagens no braço que a ragazza tocou.

Debaixo da imagem de uma leoa e do nome "Gemma" tatuado em minha pele, tinha cicatrizes que não permitia que ninguém visse, muito menos tocasse. A lembrança do passado me atingiu.

- É mais fácil trepar com uma das garotas da boate do que com você - resmunguei.

Tinha apenas uma favorita da boate que já sabia de como eu gostava de foder.

Olhei uma última vez, notando sua beleza natural e os olhos azuis de desafio. Fui para o closet, onde peguei um dos vestidos da minha falecida noiva e joguei na cama.

- Use esse vestido. - Ordenei, virando-me para a porta.

- Pra quê?

- Você vai começar a trabalhar hoje!

- Mas são duas da manhã... - chorosa, ela contestou.

- Esse será o seu horário de trabalho.

Já que não tinha o que desejava, eu usaria aquela ragazza virgem num local que me daria lucros até decidir como e quando eu a tornaria minha.

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Juliette.

O vestido que eu usava era de um vermelho saturado, quase escuro, apertado na cintura e com um decote que desafiava a gravidade. Eu parecia uma peça de exibição.

A jornada até o clube foi silenciosa, com Gianni ao volante. Ele me deixou em uma entrada discreta.

A boate Luna del Vino era um inferno de mármore e seda, com música alta e o cheiro forte de álcool caro. A luz era baixa, tingida de púrpura, criando um ambiente em que tudo parecia luxuoso e perigoso.

Fui apresentada a uma mulher ruiva, alta e magra, com um olhar de desprezo fixo em mim.

- É a francesa virgem? - Ela indagou ao Gianni.

- Sim. O chefe avisou que a garota só vai servir as mesas.

- Andiamo, ragazza! - A mulher falou comigo. - Qual seu nome?

- Juliette.

- Aqui, seu nome será Satine - avisou ela, andando na minha frente. - Fale em francês quando servir as mesas de uísque - deu a ordem. - Seja rápida. A propósito, vai pagar por qualquer louça de cristal que quebrar.

Eu comecei a trabalhar. Minhas mãos tremiam. Eu não estava acostumada a equilibrar bandejas e, em duas horas, derrubei dois copos de gim tônica em uma mesa.

- Novata inútil! - A ruiva sibilou, puxando-me pelo braço para a despensa. - O Don não quer lixo aqui. Vá se limpar e pare de arruinar meu piso.

Eu voltei para o salão, tentando me mover com mais precisão. Eu estava na ponta dos pés, tensa, a cada passo esperando o próximo erro.

Foi na mesa do canto que ele me viu. Um homem grande, de terno cinza, com um sorriso pegajoso e olhos que me despiam. Ele me chamou.

- Ei, ragazza de olhos azuis.

- Oui, monsieur! - Atendi em francês como Aurora mandou.

- Uma linda francesa... Qual seu nome?

- Je m'appelle Satine.

- Satine, quero o uísque mais caro que você tiver. Quero que você me sirva na sala privada.

- Oui, monsieur! - Eu respondi, já saindo dali.

Peguei a garrafa de uísque de rótulo dourado e segui para a sala VIP. O ambiente ali era ainda mais silencioso e íntimo, com poltronas de couro e a luz ainda mais baixa.

Respirei fundo e me inclinei para servir a bebida em sua taça.

Foi nesse momento que o homem agarrou meu braço com força, puxando-me para o assento dele.

- Você veio com essa roupa provocante só para servir bebida? Vamos lá, não perca tempo.

- Não! - Lutei para me soltar daquele homem com barriga proeminente.

- Você fala meu idioma... uma puttana perfeita.

- Não sou uma puta!

Slap! O som ecoou na sala silenciosa quando minha mão atingiu o rosto dele com força.

O homem ficou paralisado por um segundo, e então seu rosto ficou vermelho de fúria. Ele me empurrou contra a poltrona. Minha cabeça bateu no estofamento de couro. Eu me encolhi, já sabendo o que viria.

O homem tirou o cinto da calça. O couro silvou no ar quando ele ergueu o braço. Eu fechei os olhos. Mas o golpe não veio.

Eu abri os olhos. O homem robusto estava cambaleando, com o sangue escorrendo do nariz quebrado. Atrás dele, estava uma figura alta e sombria de Don Vito Lucchese.

                         

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