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Laços de Vidro
img img Laços de Vidro img Capítulo 2 Você está cego
2 Capítulo
Capítulo 6 Expulsara seis anos atrás. img
Capítulo 7 Um tapa na cara img
Capítulo 8 O colar é falso img
Capítulo 9 Poluir o ambiente img
Capítulo 10 Seu dinheiro me dá nojo img
Capítulo 11 Ele te incomodou de novo img
Capítulo 12 Minha ex-sogra img
Capítulo 13 Vestida de forma vulgar img
Capítulo 14 Ainda mais feroz img
Capítulo 15 Perdidamente apaixonada img
Capítulo 16 Enganar tão facilmente img
Capítulo 17 Lugar antigo img
Capítulo 18 Rotina da escola img
Capítulo 19 Importante para ele img
Capítulo 20 Sabe quando ceder img
Capítulo 21 Na empresa img
Capítulo 22 Essa fragrância img
Capítulo 23 Um pervertido img
Capítulo 24 A criança desapareceu no ar img
Capítulo 25 Testes ainda mais severos img
Capítulo 26 Sabia exatamente de quem se tratava img
Capítulo 27  Era realmente ela img
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Capítulo 2 Você está cego

A Capital de Arezzo brilhava sob o sol da tarde, mas para Luana, o ar cheirava a acerto de contas.

Ao seu lado, três pequenos vultos se agitavam.

- Mamãe, acorde! Chegamos em casa!

- A vozinha doce a despertou.

Luana abriu os olhos e encarou a selva de pedra pela janela do carro.

Arezzo , eu voltei. Mas desta vez, ela não estava sozinha.

Ela segurou as mãos gordinhas de seus filhos e seguiu para o shopping mais luxuoso da cidade.

Amanhã seria o grande banquete de posse de seu irmão como CEO, e ela queria que ele estivesse impecável.

Enquanto os bebês iam ao banheiro sob a supervisão discreta de um segurança, Luana entrou em uma boutique de grife.

Seus olhos pousaram em um casaco de corte impecável.

Mas, antes que pudesse tocá-lo, uma voz estridente rasgou o silêncio da loja.

- Não acredito!

Luana?

Pensei que você estivesse apodrecendo em algum buraco após fugir daqui há seis anos!

Luana congelou. Aquela voz... Camila .

A vilã que, com um mergulho teatral em uma piscina, destruiu o casamento de Luana, agora estava ali, coberta de joias e veneno.

Luana respirou fundo, sentindo o sangue ferver, mas seu rosto permaneceu uma máscara de gelo.

- Camila?

- Luana disse, virando-se lentamente.

- O céu tem olhos. A retribuição costuma ser lenta, mas garanto que a sua está batendo à porta.

Camila soltou uma gargalhada anasalada, apontando para o casaco nas mãos de Luana.

- Retribuição? Olhe para você!

Mal deve ter dinheiro para o ônibus. Esse casaco custa quase cem mil reais.

Largue isso antes que suas mãos pobres manchem o tecido!

A vendedora, ouvindo o veneno de Camila, aproximou-se com o nariz empinado.

- Senhora, se não for comprar, por favor, afaste-se. Se estragar a peça, teremos que chamar a polícia.

Luana sentiu o insulto, mas apenas sorriu.

- um sorriso que não chegava aos olhos.

- Quem disse que eu não vou comprar?

Vou levar este, aquele azul-marinho e os três ternos de seda.

Embrulhe tudo.

Camila cruzou os braços, esperando o momento humilhante em que o cartão seria recusado. Mas o "Bip" da máquina soou como um tiro de misericórdia.

Pagamento aprovado: 988.880 mil reais.

O rosto de Camila empalideceu de inveja.

De onde veio esse dinheiro? Algum velho rico a sustenta?

Ela pensou, furiosa por ver que Luana estava ainda mais bonita e radiante do que antes.

- Espere!

- Luana barrou a saída de Camila.

- Você prometeu que se eu pagasse, você se esbofetearia.

Eu comprei dez peças. Onde estão os tapas?

Camila tremeu de raiva, mas então, pelo canto do olho, viu uma silhueta alta e imponente se aproximando da loja.

Alessandro. Em um piscar de olhos, a vilã mudou de tática.

Ela levantou a própria mão e, com uma força brutal, esbofeteou a própria face, caindo sentada no chão enquanto as lágrimas jorravam sob comando.

- Luana, por favor!

- Camila soluçou.

- Eu sei que você me odeia por causa do divórcio, mas me bater em público?

Como você pode ser tão cruel?

-

Camila? O que aconteceu?

- A voz de Alessandro, profunda e fria, ecoou pela loja.

Ele ajudou Camila a se levantar, enquanto seus olhos .

- Aqueles olhos que um dia Luana amou.

- Cravavam-se nela como adagas. Seis anos não diminuíram a presença esmagadora dele.

- Alessandro, não a culpe...

- Camila mentiu, escondendo o rosto no peito dele.

- Foi erro meu ter falado com ela.

Eu caí sozinha...

- Você não ouviu o que ela disse?

- Luana retrucou, o sarcasmo pingando de sua voz.

- Ela mesma confessou: ela se bateu e caiu sozinha.

Alessandro avançou, a aura sombria fazendo a temperatura da loja cair.

- Peça desculpas agora, Luana. Ou eu mesmo te levo para a delegacia!

Escondidos atrás de um display de gravatas, os três pequenos observavam tudo.

- Aquele canalha é o nosso pai?

- Lucca, o mais velho, cerrou os punhos.

- Ele quer quebrar a mamãe!

- Matteo bufou, pronto para o combate.

- Vamos salvar a mamãe!

- Mia, a pequena cópia de Alessandro, tentou correr, mas foi segurada pelos irmãos.

- Mia, não! Se ele vir seu rosto, vai nos roubar dela!

- Lucca avisou.

- Matteo, me ajude. Vamos usar o sistema da loja.

Enquanto Alessandro apertava o pulso de Luana, arrastando-a para fora com força bruta, Lucca conectou seu mini-tablet à rede Wi-Fi da boutique.

- Solte-me, Alessandro! Seus olhos continuam cegos!

- Luana gritava, lutando contra o aperto dele.

- Vou te ensinar o que acontece com quem morde a mão que a protegeu.

- Alessandro sibilou.

- Você vai para a prisão por essa agressão! Ele estava prestes a arrastá-la para o carro quando, de repente, todas as telas de LED da loja e os telões gigantes do shopping center piscaram.

O som ambiente foi cortado por um sinal de alerta.

Alessandro parou. Camila parou.

Nas telas, um vídeo em ângulo perfeito .

- Gravado pelo relógio inteligente de Lucca .

- Mostrava Jéssica rindo, esbofeteando a própria cara com um estalo alto e se jogando no chão enquanto olhava para a entrada, esperando Alessandro aparecer.

O silêncio no shopping tornou-se absoluto.

Luana soltou o braço do aperto de um Alessandro paralisado. Ela limpou o ombro onde ele a havia tocado, como se tirasse uma sujeira invisível.

- E então, Alessandro?

- Luana perguntou, com um sorriso vitorioso.

- Quem é que vai para a prisão agora por falso testemunho e difamação?

Alessandro inclinou-se sobre Luana. A beleza de suas feições, antes um refúgio para ela, agora parecia esculpida em gelo. Ele a cercou com seu peso, a sombra de seu corpo nublando a visão dela. De repente, sua mão disparou, prendendo o queixo de Luana com uma força bruta.

O ódio emanava dele como uma onda de calor, mas Luana não recuou. Ela não era mais a sombra frágil que ele costumava pisar. O "novo eu" dela queimava por baixo da pele.

- Me solte, Alessandro.

- A voz dela baixou para um sussurro perigoso.

- Ou eu vou garantir que essa seja a última vez que você toca em alguém.

Com um movimento brusco e um chute certeiro que o obrigou a recuar, ela se desvencilhou.

A mão dele, antes áspera e firme, agora parecia apenas patética. Ela o olhou de cima a baixo, gravando na memória aquele rosto bonito e detestável.

- Quantos anos, Luana?

- O sorriso dele era uma cicatriz de escárnio. - Naquela época, você mendigava por um filho para me amarrar.

Agora que se livrou do "Casamento", quer o quê? Uma medalha de pureza?

Luana sentiu o gosto amargo da ironia. Ela soltou um riso seco, que vibrou contra os dedos dele.

- Pura? Limpa? - Ela o encarou com um brilho de aço nos olhos.

- É assim que você me vê? Se eu fosse metade da vilã que você imagina, Alessandro, eu não estaria aqui ouvindo seus insultos.

- Você está cego, Alessandro.

Sempre esteve.

- Ela o empurrou pelo peito com as duas mãos, um gesto de repulsa final.

- Não cruze meu caminho de novo. Eu não tenho mais nada a perder, e pessoas como eu são letais.

Ela girou os calcanhares. Suas costas, retas e rígidas, eram um muro que ele não conseguia mais atravessar.

-

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