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Eu estava em uma floresta, correndo sem para como se eu estivesse sendo perseguida, então ouço um barulho de osso quebrando e quando olho para a frente vejo uma pilha de corpos, e em cima dessa pilha de corpos tinha um homem que eu não conseguia ver o rosto, então me aproximei mais foi quando o homem de virou para mim e eu consegui ver seu rosto com clareza era o rosto do meu pai, o que me deixou muito aterrorizada.
-Não! - grito e então acordo ofegante e chorando, a porta do meu quarto é aberta de uma vez e então Marcel vem até mim preocupado.
-Ei, calma, foi só um pesadelo - ele diz se sentando na cama e me abraça forte - O que foi? - ele pergunta secando as minhas lágrimas.
-Eu sonhei com o meu pai, quer dizer tive um pesadelo - digo me acalmando - Marcel eu estou com um mal pressentimento, alguma coisa vai acontecer - digo.
-Fica calma vem deita aqui, olha se te deixa melhor vou pedir para que todos fiquem alertas com qualquer um que entrar na cidade - ele me puxa para deitar em seu peito, e fica fazendo carinho no meu cabelo até eu pegar no sono.
Acordo no dia seguinte, olho no relógio e já marca 09h00 da manhã, me levanto da cama, troco de roupa e desço encontrando Marcel dando ordens aos nosso " guardas" e eles notam a minha presença.
-Bom dia rapazes - digo.
-Bom dia - eles respondem em unissono.
-E aí está melhor? - Marcel pergunta se aproximando de mim.
-Estou, obrigada e desculpa por ontem - falo sem jeito.
-Que isso, não precisa pedir desculpas - ele diz sorrindo - já pedi para eles ficarem de olho em tudo que acontecer na cidade - ele fala.
-Então, temos aquela reunião com o padre e os outros - digo com divertimento.
-E você vai? - ele pergunta.
-Você acha que eu vou perder a oportunidade de irritar aquele padre - digo e ele ri.
-Então vamos - ele diz e eu assinto.
Chegamos na igreja do padre Kieran O'Connell.
-Lucy - Marcel diz parando de andar.
-O que foi? - Pergunto o encarando.
-Pega leve, esse acordo é importante para nós - ele diz.
-Tá bom - digo.
Então entramos no local, senti um arrepio dos pés a cabeça por estar dentro da igreja, caminhamos até o grupinho que havia ali.
-Olá - Marcel diz sorrindo.
-Eu já disse para não trazer ela até aqui - o padre diz me encarando com escárnio.
-Acontece que ela faz parte disso, e o acordo funciona por causa dela também - Marcel diz.
-Obrigada Marcel - digo - padre por acaso você tentou colocar uma barreira na porta? - Pergunto.
-Eu...eu... - ele começa a gaguejar.
-Não minta para mim, eu senti um arrepio ao entrar na igreja - digo.
-Deve ser porque demônios não gostam da casa de Deus - ele diz debochando.
-Não brinque comigo, esqueceu que eu também sou uma bruxa, sinto magia de longe - digo.
-Lucy relaxa eu já resolvi isso - Marcel diz - eu só não sabia que tinha sido usada na porta da igreja - ele diz olhando para o padre de forma séria.
-Eu disse eu não quero ela aqui - o padre diz tentando se defender.
-Isso não vai me impedir - digo - mas vamos falar do que realmente interessa.
Quebra de tempo
Resolvemos todos os assuntos do nosso acordo e então fomos embora.
-Sabe é a primeira vez que te vejo controlada perto do padre se fosse outros tempos você já teria o matado - Marcel diz rindo.
-Bom foi você que disse pra eu me comportar que o acordo era importante - digo dando de ombros.
-Que bom saber que você me ouve - ele diz.
-Somos amigos leais, por que eu não te ouviria? - questiono.
-Tem razão - ele diz.
Voltamos para casa e continuamos os nossos afazeres, cuidar de uma cidade é muita responsabilidade, só tivemos um descanso quando estava quase anoitecendo.
-Nossa hoje foi exaustivo - digo.
-Foi mesmo, não tivemos paz - Marcel diz.
-Como se demônios tivessem paz - digo fazendo o mesmo gargalhar.
Somos interrompidos pelo celular do Marcel tocando, ele pega o aparelho e se afasta um pouco para atender, deve ser a garota com quem ele anda saindo, então não vou nem ouvir a conversa.
Entro na casa e encontro com Julian um dos nossos homens, o mesmo parecia exausto, acho que estava treinando.
-Ei não se esforce demais, quanto mais se esforçar mais sede vai sentir - Julian é um recém vampiro que encontramos perdido e acolhemos o mesmo.
-Sim, senhora - ele diz.
-Não precisa disso, me chame apenas de Lucy - digo e ele assente.
-Lucy - Marcel me chama - vou dar uma saída e já volto.
-Tudo bem, eu também vou sair, estou precisando caçar - digo.
-Vai fazer seu show - ele brinca.
-Você sabe que eu gosto de ser teatral com as minhas presas - digo rindo.
-Só você mesmo, vai lá depois a gente se encontra, se puder guarda alguns para mim - ele diz.
-Vou pensar no seu caso - digo brincando com ele.
-Que isso Lucy, e a nossa amizade - ele diz brincando.
Saio de casa, eu não havia percebido o quanto a lua estava linda, e as ruas bem iluminadas da cidade, fui andando a procura de minhas presas, e então vi quatro homens assediando uma garota e por sorte ela conseguiu se livrar deles, já me decidir vai ser o quatro, eu gosto da desvantagem.
Passei por eles como estivesse com medo, me fazendo de garotinha indefesa.
-Oi gatinha tá com medo? - um homem alto pergunta caindo no meu jogo e eu finjo me assustar e os quatro riem.
-Ela parece um ratinho indefeso - o outro diz, iludido.
-Me solta - digo dando um tapa no rosto do mesmo que me olha furioso.
-Você não devia ter feito isso - ele diz e então eu o empurro e começo a correr em direção a um beco justamente por não ter saída.
Chego no final do beco e finjo procurar uma saída.
-Nós subestimamos você ratinha - ele diz.
-Vamos acabar com isso logo - o outro diz.
E ambos se aproximam de mim, e quando eu estava prestes a atacar tenho uma sensação de morte.
-Eu também quero participar do show - ouço aquela voz que eu tanto conheço e que me fez arrepiar por inteira, olho na direção dele incrédula, Marcel estava acompanhado de ninguém mais ninguém menos que Klaus Mikaelson, ele estava ali na minha frente, me deixando sem reação, nossos olhos se cruzam por um tempo. - Posso participar? - ele pergunta carregando um sorriso tentador nos lábios.
-Nem pensar - digo e então olho para as minhas presas que estão sem entender nada e em um piscar de olhos mato os quatro drenando o sangue dos mesmos.