Arianna chegou ao prédio onde morava e pediu para Genesis estacionar. Genesis, contente, estacionou o carro, desceu e acompanhou Arianna até o apartamento.
"Você vai conhecer meu filho, Genesis", anunciou Arianna com entusiasmo, radiante por ter reencontrado a amiga. Arianna, Genesis e Daisy foram grandes amigas até o dia em que flagrou Daisy com seu noivo, na véspera do casamento com Ethan.
A traição a fez perder completamente a fé na amizade, optando até não procurar mais por Genesis. Mas agora, ao ver Genesis novamente, sentiu que aquele laço de carinho e confiança havia renascido.
"Filho? Você tem um filho, Arianna?", perguntou Genesis, surpresa. Arianna realmente tinha um filho com o antigo amante? Ela não queria acreditar no que Ethan dissera, mas o fato de Arianna ser mãe a deixava pensativa.
"Sim. Ele já passou dos três anos", respondeu Arianna, sem dar importância à surpresa da amiga. já que estava feliz demais por reencontrá-la.
Ela então abriu a porta e convidou Genesis a entrar e se sentar, já que iria buscar o filho para apresentá-lo. Genesis assentiu e se acomodou.
A casa parecia simples e pouco mobiliada. As paredes estavam desatualizadas e os móveis, antiquados e modestos. Arianna devia ter enfrentado muitos desafios desde traiu Ethan e deixou tudo para trás.
Ao retornar, Arianna trazia consigo um menino adorável. Os olhos do pequeno eram azul-oceano e sua pele clara realçava ainda mais sua doçura, incapaz de resistir, Genesis o puxou para um abraço apertado.
Durante alguns segundos, ela permaneceu em silêncio. Arianna sempre foi muito bonita, a mais linda da época da faculdade, mas o menino era ainda mais encantador.
Ao fitá-lo atentamente, seus olhos se encheram de lágrimas. Que criança adorável. Ela desejava ter um filho como ele, não importava o que dissessem, aquele garotinho afastava qualquer receio.
Um leve suspiro escapou pelo nariz, e Eli não sabia o motivo daquela reação da tia. Sentindo suas lágrimas, ele se afastou devagar e a fitou com curiosidade.
"Por que está chorando, tia? Mamãe disse que pessoas corajosas não choram", comentou, tocando gentilmente o queixo de Genesis com suas mãozinhas.
"Não, meu amor. A tia não chora por estar triste. É de tanta alegria por te conhecer. Você é muito fofo", respondeu Genesis, forçando um sorriso afetuoso.
Genesis tinha razão, ele era fofo demais para aquele ambiente tão simples. Ainda assim, sua ternura se mantinha encantadora.
"Não me faça chorar, Genesis", interrompeu Arianna, emocionada. Ela nunca entendeu por que todos olhavam repetidamente para seu filho.
Alguns até se aproximavam para apertar sua mão ou beijá-la. Diziam que ele era extremamente fofo e encantador. Mas Arianna não via nada tão extraordinário em Eli em comparação com outras crianças.
Por isso, às vezes evitava levá-lo para sair. Diante do longo abraço e dos olhos marejados de Genesis, Arianna se perguntou se a emoção era mesmo por causa de Eli, até que ouviu.
"Arianna, você sempre me surpreende. Esse é seu filho? Você realmente o gerou? Ou... você o adotou?", indagou Genesis.
Aquele menino poderia facilmente fazer sucesso como modelo infantil. Genesis mal conseguia acreditar que ele era filho biológico de Arianna.
"Claro que ele é meu filho. Carreguei por nove meses e tive parto normal, sem cesárea", disse Arianna, rindo.
"Arianna, eu te amo", exclamou Genesis, abraçando-a novamente. "Tenho um compromisso agora. O que acha de nos vermos amanhã à noite?", propôs Genesis.
"Claro, combinado. Mas antes, quero te oferecer algo", disse Arianna, levantando-se.
Genesis também se levantou e segurou sua mão. "Não precisa. Vou comer até me fartar da próxima vez. Quero vir sempre ver você e esse menininho adorável", disse ela, mandando beijos para Eli.
Sorrindo, Arianna explicou: "Ele se chamo Eli." Mas aquelas palavras doces ainda mexiam com ela de um jeito estranho.
Quando Genesis se foi, Arianna lembrou do presente que havia comprado para Eli. Ela então pediu que ele fechasse os olhos, e o menino obedeceu, cobrindo-os com as mãos.
Em seguida, foi até o brinquedo e o boné, erguendo o presente diante dele, e disse: "Agora abra os olhos, Eli."
"Uau... eu amei!", exclamou Eli. Ele correu e abraçou a mãe, passando os braços ao redor das pernas dela. Arianna sorriu, contente por ver a alegria dele.
Logo após ela lhe entregar o presente, ele rapidamente colocou o boné.
"Usarei esse boné todos os dias, mamãe", disse ele, acariciando a aba.
"Que bom que gostou", respondeu Arianna. Ela não tinha muito, mas tudo o que conseguia dar a Eli, ele valorizava. Sentia-se verdadeiramente abençoada por ter um filho tão especial.
Ela deveria se encontrar com o doutor Richard, mas resolveu adiar por conta do reencontro com Genesis.
Não queria sair de novo e deixar Eli sozinho. Com isso, ela ligou para Richard e contou que conseguiu o emprego, mas que só poderiam se ver no dia seguinte.
Ele entendeu e disse que ajustaria sua agenda para levá-la para jantar. Após desligar, Richard suspirou.
Arianna sempre teve receio de estar a sós com ele. Ele tentou ajudá-la diversas vezes desde que ela voltou à Cidade Z, mas ela o evitava sempre que podia.
Na manhã seguinte, Arianna chegou ao trabalho e cumprimentou o Ryan, que já estava lá.
"O CEO está no escritório. Vá se apresentar antes de começar", orientou ele, e Arianna assentiu.
Depois de guardar sua bolsa, ela seguiu em direção ao escritório do CEO. Vendo que Sara já havia chegado, ela a cumprimentou e informou que estava ali para se apresentar ao CEO.
"Sim, ele está no escritório", confirmou Sara, e Arianna bateu à porta com cautela. Afinal, era sua primeira vez diante do CEO.
"Entre", disse uma voz masculina e firme. Arianna abriu a porta e entrou. Ele digitava no computador e não levantou a cabeça para ver quem havia chegado.
"Bom dia, senhor. Eu me chamo Arianna", disse ela, começando a se apresentar.
No entanto, ele rapidamente a interrompeu, dizendo: "Sente-se."
Ela o observou e teve a sensação de já tê-lo visto antes. Seu perfil era estranhamente familiar.
Alguns minutos depois, ele fechou o notebook e levantou o rosto, e então, seus olhos se encontraram.