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- É que eu não achei uma cozinheira então preparei o jantar e fiquei para ajudar Mariana. Mas já estou de saída. Antes que ele fale algo,eu guardo o celular na bolsa e ando em passos largos.
Ate que,novamente, esbarro em alguém. - Perdão, eu estava distraída. Levanto o meu rosto e encontro o rosto sorridente da sra. Boland.
- Srt. Clark,que prazer em reencontra-lá aqui. Ela fala.
- Também é bom revê-lá. Mas já estou de saída. Tento sair mas ela segura meu braço.
- Por que a srt não fica para o jantar?.
- E-eu tenho que ir. Forço um sorriso e tento sair,mas o sr. Boland entra na minha frente.
- Fazemos questão de que a srt fique e jante conosco. Ele fala também sorridente.
Céus, estou na cova dos leões!
- Sr. Boland,eu realmente tenho... Sebastian me interrompe.
- Srt. Clark,vai recusar um pedido dos pais do seu chefe?. Ele fala.
- Mas minha casa fica longe daqui e estou sem carro. Falo torcendo para que eles aceitem essa desculpa.
- Isso não é problema,meu bebê te leva. Não é, Bash?. A sra. Boland vem ate mim e abraça meu ombro.
- O motorista também pode leva-lá,mãe.
- Mas eu faço questão que o meu filho te leve. O sr. Boland me abraça pelo outro ombro e eu me sinto esmagada pelos pais do meu chefe.
- Tudo bem,eu fico. Falo forçando um sorriso e eles me soltam.
- Srt. Clark, qual o seu nome?. A mãe do meu chefe pergunta.
- Emily. E podem me chamar apenas pelo nome.
- Só se você também nos chamar pelo nome. Eu sou o Nick e minha esposa é a Nádia. E nosso filho,bom,como assistente você já deve saber.
Eu balanço a cabeça confirmando. Nick e Nádia continuaram a falar comigo enquanto eu tentava interagir,mas a expressão do meu chefe me assustava um pouco.
- Mariana,onde estão os pratos. Ouço a sra. Boland perguntar e eu respondo.
- Sra...Nádia, eu preferi por servir a francesa. Mas caso não queira,podemos mudar. Eu me levanto e estava pronta para correr pra cozinha.
- Não precisa. Faz muito tempo que não ouço falar desse serviço. É bem antigo,a maioria das pessoas e dos lugares não fazem mais.
- Sim.
- Você é da família Clark,correto,Emily?. Meu chefe pergunta.
- Sim. Sou filha do falecido Antônio Clark.
- Que eu saiba,ele morreu deixando muitas dívidas. Dívidas milionárias.
- O que esta insinuando com isso?,Sebastian.
- Apenas que... A mãe dele o interrompe e parece irritada.
- Acho que os Petrov chegaram,vamos recebe-los. Ela se levanta e sai puxando Sebastian pelo braço.
- Perdoe meu filho,as vezes ele é um idiota. Nick fala.
- Tudo bem,já estou acostumada. Caminhamos ate a entrada e os pais de Sebastian ficaram na frente enquanto meu chefe e eu mais atrás.
- Bolands!,é uma honra estarmos aqui novamente. Uma mulher de aparência madura fala com um sorriso.
- Que isso,para nos que é uma honra. Nádia fala e em seguida da um beijo de cada lado do rosto da mulher.
O homem cumprimenta a sra. Nádia e depois o sr. Nick. A mulher mais jovem,que acredito ser Miranda,faz o mesmo que a mãe.
E por último, eles chegam no sr. Sebastian e em mim.
- Bash,quanto tempo!. Miranda o abraça de maneira calorosa como se fossem velhos amigos. - E quem é essa?. Ela pergunta olhando pra mim.
- Prazer,sou Emily Clark. Falo sorrindo e estendendo a mão.
- E eu sou Miranda Petrova. Ela aperta a minha mão e depois rola os olhos e me puxa para um abraço.
- Essa é sua noiva,Bash?. A mãe de Miranda pergunta com uma cara nada boa.
- Não, é apenas a minha assistente. Sebastian responde.
- Que bom. Então ,acredito que esteja de saída. Boa viagem,srt. Clark. Ela fala.
- Na verdade,Aura,Emily vai jantar conosco. Nadia fala enquanto coloca uma mão no meu ombro.
- Por que a assistente vai se sentar a mesa conosco?. Ela pergunta com uma expressão de nojo e eu quase cravo minhas unhas no rosto dela. Se eu não tivesse sido bem criada,já teria arrancado os cabelos dessa velha!.
- Vamos comer?,o jantar já esta pronto a um tempo. Nick fala mudando de assunto.
- Claro,vamos. Ele entra com Nádia e eu vou logo atrás.
Nos sentamos e mesmo que os Petrovs tenham me ignorado completamente, Nádia e Nick fizeram questão de me incluir na conversa.
Miranda nem se importou,só os pais dela que sim. O jantar finalmente chegou ao fim e eu estava aliviada. Finalmente vou voltar pra casa e me jogar no meu colchão!.
- Nádia, quem fez o jantar?,gostaria de parabenizar a cozinheira. Aura fala.
- Eu sou a cozinheira.
- Você?. Ela pergunta surpresa e com um pouco de deboche. - Assistente e cozinheira nas horas vagas. Uma empregada para todas as ocasiões. Sabe limpar também, srt. Clark?.
Todos se sentem desconfortáveis com a atitude dela,menos Sebastian e eu. Eu sorrio e com elegância e educação a respondi.
- Sim,sra. Petrova. Lavo,passo,cozinho. Faço de tudo um pouco. Sou uma mulher de muitos talentos.
- Como se serviço doméstico fosse talento.
- É sim um talento. Mas não tenho só esses. Sou brasileira e me formei em administração aqui, nos Estados Unidos. Falo inglês fluente,como podem perceber,francês, alemão, chinês, espanhol,russo e latim. Estou terminando minha primeira pos graduação, e pretendo fazer a segunda. Fui a melhor da minha turma no ensino médio e na faculdade. Isso e muitas outras coisas mais.
Vejo que Aura esta surpresa e irritada. Ela abre a boca,provavelmente para me ofender e eu me preparo,mas quem fala,é Sebastian.
- Com certeza Emily daria uma ótima esposa. Fico surpresa com suas palavras.
O clima se torna ainda mais pesado,e eu decido ir embora. - Bom,já estou na minha hora. Me levanto e pego minha bolsa.
- Meu filho vai te levar. Nick fala enquanto também se levanta.
- Não precisa,eu vou de taxi. Tenham uma boa noite e obrigada pelo jantar. Saio em passos largos para que não de tempo de ninguém me impedir.
Estou descendo as escadas da porta de entrada,quando ouço passos atrás de mim.
- Emily. Sebastian me chama mas eu o ignoro. - Emily. Ele me chama novamente e eu continuo a ignora-lo. - Srt. Clark!. Dessa vez eu paro.
- Sim. Falo enquanto me viro pra ele.
- Eu levo a srt. Antes que eu negasse,ele passa rapidamente por mim. Provavelmente indo em direção a garagem.
Eu rolo os olhos e fico esperando. Dois minutos depois ele para na minha frente dentro de uma lamborghini.
Entro no carro e coloco o cinto. Depois pego o celular para que ele não pense que quero conversa.
No caminho,eu estava cansada e com muito sono. Então perdi para o cansaço e dormi. Acordei na entrada do meu apartamento com ele me cutucando.
- Obrigada pela carona. Falo ainda sonolenta enquanto tiro o cinto. Quando estava prestes a abrir a porta do carro,ele fala.
- Espera. Eu me viro e olho pra ele. - Qual o seu interesse nos meus pais e em mim?.
- Ta de brincadeira!. Rolo os olhos e abro a porta saindo do carro.
Ando em passos largos ate o elevador,e ele vem atrás de mim.
- Não me de as costas!. Ele fala irritado.
- Não me chame de interesseira!. Falo também irritada.