Pov. Matt
- quer saber se fizemos amor? - sem esperar por uma resposta prossigo - quase sempre! Nossa primeira vez foi na sua casa
- n-na minha casa? - ela me olha nervosa, estava vermelha de vergonha - e o meu pai?
- até hoje não sabemos se ele estava em casa! - sorrio ao me recordar daquele dia
- meu Deus! Aonde eu estava cabeça?! - dou risada de um pensamento pervertido que invadiu a minha cabeça, mas prefiro não comentar, então me recomponho.
- já está tarde, melhor você descansar!
- certo. - ela abaixa a cama - boa noite Matt
- boa noite, amor! - apago a luz e nos acomodamos pegando no sono.
No outro dia após fisioterapia o médico informa sua alta, sorrimos felizes e saímos de lá instantes depois, guardo suas malas no carro e a auxílio. Ela entra e dou partida, em direção a casa dela.
Todos a esperava na sala e sorriem felizes, comemorando por vê-la bem. E em casa.
- pequena! - seu pai corre para abraçá-la e a enche de beijos. Quando eles se largam, Tay e Luk se aproximam dela.
- vocês são a Tayssa e o Lucas, certo? - eles rapidamente assente.
- Matt, acho que ela está se lembrando da gente! - a Tay sorri feliz
- nossos nomes eu disse no hospital, Tayssa! - ela fecha o sorriso
- ah, é! - noto quando a Júlia passa sua atenção para a pequena que brincava no canto com a Vanessa
- e ela? - pergunta ela para o seu pai, que me olha, a Júlia segue o olhar do seu pai e seus olhos encontram os meus.
- o nome dela é Gabriela! - sorrio para Júlia, com os olhos cheios de água - a Gabi é o fruto do nosso amor! - ela nega emocionada e eu assinto, e então ela se vira caminha até a Gabi.
Ela se abaixa próximo a pequena que a reconhece e corre para abraçá-la chamando "mamãe" ela sorri e abraça a Gabi, chorando. Tempos depois ela larga a Gabi que corre de volta para o seus brinquedos, Júlia nos olha por um instante e balança a cabeça negando antes de correr para o seu quarto. Também subo e vou em direção a ela que estava deitada na cama, chorando.
- ei! - me sento na ponta da cama e acaricio seus cabelos - me conta o que te deixou tão abalada, minha pequena? - tento compreender, ela se senta e me olha com ódio
- não sou sua pequena! Dá pra parar de me irritar? - ela nega puxando os cabelos, estava muito confusa.
- ma.mais.. - tento acalmá-la, mas sem ter as palavras corretas, me calo.
- eu sei que você fala que é meu namorado, mas eu continuo sem te conhecer! Até minha filha é uma estranha pra mim.. - ela dá de ombros e chora irritada - ela nasceu de mim e eu não me recordo dela! - ela nega outra vez e eu a abraço
- fica calma, amor.. - ela se esquiva se soltando do meu abraço e ficando em pé
- já falei para não me chamar assim! - engulo em seco
- m.me desculpe - peço sem jeito
- foi você que me deu isso? - assinto olhando o solitário em seu dedo
- vamos terminar a nossa relação! - ela tira seu anel e o joga na minha direção e eu nego com os olhos cheios de água. - eu não me sinto atraída por você..
- não fala isso meu amor..
- NÃO ME CHAMA DE MEU AMOR! - ela grita brava - eu não te am.. - a corto
- Júlia, por favor, não diga isso!
- eu não posso amar alguém que eu não conheço!
- vou te provar que você me ama
- como?
- te fazendo lembrar!
- o.o que?
- iremos reviver tudo que já passamos, e se ainda sim você não se recordar do nosso amor, eu te reconquistarei! - sorrio e ela me olha confusa - me dá uma chance?
- e.eu quero.. - ela pausa por um instante e seca as lágrimas de seu rosto - eu quero muito me lembrar! - sorrio e assinto
- você vai! - faço um cafuné nela, que dessa vez não recua. - descansa um pouquinho, amanhã começaremos, tá bom? - ela assente em silêncio e eu saio de lá voltando para sala.
- como está se sentindo, meu amigo? - o Márcio se aproxima se sentando ao meu lado, Luk e Tay já haviam retomado ao trabalho.
- péssimo! - confesso dando de ombros
- sei que já está sendo, mas precisa ser mais forte - ele acaricia meu ombro, me consolando - a Júlia ainda está meio confusa, mas ela te ama! Ama mais que tudo!
- eu não sei o que vai acontecer agora.. eu estou cada vez mais desnorteado! - nego - a Júlia não merecia passar por tudo isso. Isso não é justo!
- acontece que a vida não é justa! É por isso que..- ele procura as palavras certas - por isso que a gente tem que estar do lado pessoas que a gente ama.. Matt você não pode continuar deprimido assim! Você precisa reagir! - ele pega um comprimido tranquilizante e água, que ele vinha tentando me dar há um tempo
- ah Márcio, me deixa em paz! - eu estava esgotado
- se você tomar esse comprimido e ir descansar um pouco, eu te deixo em paz!
- eu não quero tomar nada!
- Matt, eu não aguento! Não aguento mais te ver nesse estado! Me corta o coração.. poxa, Matthew. Deixa eu te ajudar!
- Márcio, calmante uma hora dessas não adianta nad..- ele me corta
- claro que adianta! Adianta sim! Matt você precisa reagir! Sério, tá todo mundo sofrendo e a sua filha precisa de você! - seco as lágrimas meu rosto e respiro fundo tentando me recompor - por favor, toma!
- tabom, vai! - ele sorri e me dá o comprimido. Engulo e me deito no sofá - obrigado, Márcio. Obrigado por cuidar de mim!
- eu nunca vou te deixar sozinho, por que sei o quanto você é importante para as minhas pequenas! - sorrio para ele antes de pegar no sono.