Capítulo 4 POR DENTRO DO LIVRO

QUE ELE TANTO DESEJAVA LER, NAS PRIMEIRAS PAGINAS, NOMES E NUMEROS, MUITOS NOMES E MUITOS NUMEROS, FOI FOLHEANDO PAGINA POR PAGINA, ATE QUE CHEGOU NO MEIO DO LIVRO.

TOMOU UM SUSTO, A CURIOSIDADE DE OUTRORA, VIROU MEDO, O DESEJO, DESAPEGO, A ANSIEDADE, CALAFRIO, O PEQUENO ARLINDO NÃO GOSTOU DOQUE VIU, HAVIA IMAGENS DE CRIANÇAS MORTAS, DEITADAS SOBRE UMA MESA METALICA.

SEUS CORPOS ABERTOS DA CABEÇA AOS PÉS, E AO LADO SACOS PLASTICOS COM GRANDES PEDRAS DE GELO, CONTENDO OS PRINCIPAIS ORGÃOS, CORAÇÃO, FIGADO E RINS.

DERREPENTE A PORTA SE ABRE, SILENCIOSAMENTE, UMA SOMBRA USANDO MASCARA NEGRA, ENVOLVE O PEQUENO ARLINDO, QUE SE ENCONTRA SENTADO NA CAMA, COM SEUS OLHOS ARREGADOS, E CHEIO DE LAGRIMAS.

O PEQUENO ARLINDO, FOI ENTENDENDO PORQUE NÃO DEVIA MEXER NAQUELE LIVRO, SEU CORPO TREMIA, UMA QUENTE URINA CORRIA PELAS SUAS FINAS E PEQUENAS PERNAS, ERA UMA CRIANÇA, MAS PERCEBIA A APROXIMAÇÃO DO MAL.

AQUELA SOMBRA ERA O MAL EM PESSOA, O PEQUENO ARLINDO FOI DESFALECENDO, UM LENÇO MOLHADO, CHEIRANDO A ÉTER ENVOLVEU SUAS NARINAS, SEUS OLHOS FORAM SE FECHANDO.

ELE PODIA SENTIR DOIS BRAÇOS ENORMES, O LEVAR PARA FORA DA CASA, E O COLACAR EM UM VEICULO, QUE DEU PARTIDA E PEGOU A BR-316 COM SENTIDO A CAPITAL BELEM.