Meu Rei Lobisomem
img img Meu Rei Lobisomem img Capítulo 5 O urso-lobo selvagem
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Capítulo 6 Experimentando a paz img
Capítulo 7 Um sonho estranho! img
Capítulo 8 Podemos ser amigos img
Capítulo 9 Pensamentos pecaminosos img
Capítulo 10 Invasão de privacidade img
Capítulo 11 Presença da Raquel img
Capítulo 12 O beijo acidental! img
Capítulo 13 Professor louco img
Capítulo 14 Na cama com um homem nu img
Capítulo 15 Jantar do lobo img
Capítulo 16 Trovão salvou a minha vida img
Capítulo 17 Tenho um gênio img
Capítulo 18 Pesadelo de poderes! img
Capítulo 19 Eu sou o gênio próprio! img
Capítulo 20 Alucinações img
Capítulo 21 Plano para destruir Edgar img
Capítulo 22 Não vou ser a 'Bella' img
Capítulo 23 Preparando-se para a festa img
Capítulo 24 Edgar sendo possessivo! img
Capítulo 25 O amor está no ar img
Capítulo 26 Dançar a noite toda img
Capítulo 27 A velha assustadora img
Capítulo 28 Sou uma bruxa img
Capítulo 29 Adoção da Amanda img
Capítulo 30 Agora sei por que sou diferente img
Capítulo 31 Estou chateado com minha companheira Amanda! img
Capítulo 32 Ela não pode me rejeitar! img
Capítulo 33 Posso me proteger img
Capítulo 34 Não quero morrer assim img
Capítulo 35 Meu salvador! img
Capítulo 36 Quero confessar a Edgar, mas ele nem sequer me convida para o baile, então como faço img
Capítulo 37 Marcelo vai propor a ela img
Capítulo 38 A maneira esquisita de Edgar me convidar para o baile inclui sequestro img
Capítulo 39 Tudo bem que ele tivesse flertado, mas agora beijar meu pescoço também img
Capítulo 40 Marcelo me pediu em namoro! O que eu devo fazer img
Capítulo 41 Beijo feliz img
Capítulo 42 Poder telepático exposto img
Capítulo 43 Meus amigos são lobos img
Capítulo 44 Tenho o meu próprio Jacob img
Capítulo 45 Milena está tramando algo img
Capítulo 46 Amanda me deixou img
Capítulo 47 Transformação! img
Capítulo 48 Entrada triunfal img
Capítulo 49 Boas fotos img
Capítulo 50 Salvando uma donzela em perigo img
Capítulo 51 Interrogatório! img
Capítulo 52 Ela busca vingança img
Capítulo 53 Ele sabia de tudo img
Capítulo 54 A menina triste na foto! img
Capítulo 55 Confissão e beijos img
Capítulo 56 Não é fácil intimidar img
Capítulo 57 Alguém quer controlá-la! img
Capítulo 58 A amo de verdade img
Capítulo 59 Uma oferta tentadora img
Capítulo 60 Me sinto calma ao lado dele! img
Capítulo 61 Estava na hora de eu dormir com Edgar img
Capítulo 62 Festa de aniversário e acertando as diferenças img
Capítulo 63 O segundo passo para o acasalamento img
Capítulo 64 Meu mundo desabou em um minuto img
Capítulo 65 Não posso vê-la triste img
Capítulo 66 Lutando por amor img
Capítulo 67 Senti pena do Vinícius img
Capítulo 68 O que ela temia aconteceu img
Capítulo 69 Lendo a mente de Milena e descobrindo a verdade! img
Capítulo 70 Quem é você e onde ele está img
Capítulo 71 O interrogatório img
Capítulo 72 Seu lado escuro img
Capítulo 73 A guerra começou img
Capítulo 74 Vinícius é meu amigo de infância img
Capítulo 75 Sou eu quem merece a culpa! img
Capítulo 76 Se você me ama, pare com isso img
Capítulo 77 Em busca de calor img
Capítulo 78 Teresa convida a loba lendária img
Capítulo 79 O feitiço do sacrifício! img
Capítulo 80 Ele está se alimentando de Edgar! img
Capítulo 81 Mude o sacrifício para mim! img
Capítulo 82 Onde está Amanda img
Capítulo 83 Adeus, meus entes queridos img
Capítulo 84 Procurando meu amor! img
Capítulo 85 Um final não tão feliz! img
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Capítulo 5 O urso-lobo selvagem

PONTO DE VISTA DA AMANDA:

Olhei para meu guarda-roupa e depois para a bagunça que criei em cima da cama.

Naquele momento, pensava em qual roupa vestir para a festa que haviam me convidado.

Estava animada de ir? Não.

Contudo, por algum motivo desconhecido, estava super nervosa com aquilo, mas não era como se eu fosse algum tipo de introvertida só porque foi convidada para uma festa.

Talvez estivesse me sentindo assim só porque fazia mais de ano que não ia para uma festa e minha amiga que normalmente me acompanhava e me incentivava a ser mais ousada, não estava comigo.

Bufando frustrada, decidi que vestiria um short jeans colado na coxa, um top branco e minha jaqueta preta favorita. Calcei minhas botas de meio salto e me senti pronta para sair após passar uma loção no rosto.

Não coloquei maquiagem porque não era muito boa nisso, podia muito bem me transformar em um panda caso tentasse fazer sozinha.

Penteei meu cabelo para o lado e prendi ele, deixando o restante solto.

Satisfeita com o meu visual, tranquei a porta antes de sair de casa e parti para a festa.

Eu era muito boa em prestar atenção e seguir instruções, portanto sabia exatamente para onde me dirigir quando Luca me deu o endereço do café em que aconteceria o evento.

Contudo, só fui perceber a grandeza da festa ao chegar lá. O jardim em frente à casa, que mais parecia uma mansão, estava apinhado de gente, mesmo sendo enorme.

Havia barracas gigantescas em ambos os lados com diferentes comidas dispostas nas mesas.

Vamos combinar que não era exatamente um encontro casual de amigos como me contaram.

Fechei os olhos, pensando em sair logo dali antes que qualquer um reparasse na minha presença. Entretanto, antes que pudesse me virar e ir embora, ninguém menos do que Gael agarrou minha mão.

"Onde você pensa que está indo, linda moça?", ele me perguntou de maneira sedutora.

"Uh... olha, Gael, essa festa é bem grande e, desculpe-me por falar assim, mas não era isso que eu tinha em mente quando disse 'sim'. Por favor, quero ir embora, não gosto de lugares lotados desse jeito", falei, me sentindo desconfortável com a situação.

"Amanda, eu sei que você não gosta de lugares lotados, mas também não julgue um livro pela capa. Esta é uma festa normal, acontecendo ao ar livre. A verdadeira festa de que te falei é lá dentro e só há algumas pessoas além da gente", ele explicou, tentando me persuadir e me puxar lá para dentro.

"Está bem, vamos fazer um acordo. Nós vamos lá dentro e, se você ainda achar que há gente demais, eu mesmo levo você para casa, pode ser?", ele propôs, me encarando no fundo dos meus olhos para que concordasse com a ideia.

Me senti relaxando ao fitá-lo de volta e pensar na proposta, portanto sorri e murmurei: "Está bem."

Como já estava lá, não havia o porquê de não dar uma chance.

Após conseguir meu consentimento, ele me levou apressadamente para dentro da casa, como se houvesse alguma urgência nisso, abrindo caminho com 'licença' e 'me deixe passar' no meio da multidão.

Quando finalmente chegamos na casa, tive a sensação de estar diante de uma mansão muito antiga ou de algum lugar do mundo da fantasia. O lugar era enorme e muito bem adornado, parecia um cenário de filme.

Era aqui que eles faziam todas as festas? Se sim, era incrível.

Haviam investido muito em montar um lugar desses, talvez usassem para outras reuniões também, sempre que o grosso da cidade precisasse se encontrar.

Observei as pessoas balançando ao som da música enquanto conversavam e riam das piadas umas das outras. Com certeza era algo bem distinto do que se passava lá fora.

Avistei Marcelo de longe falando com uma garota e, como se tivesse pressentido minha presença, ele se virou e sorriu educadamente para mim.

"Então, o que você acha? Ainda preciso levar você pra casa, linda?", Gael sussurrou no meu ouvido.

Neguei com a cabeça, ainda atordoada pelo ambiente, ao mesmo tempo que senti ele me puxar mais para perto de si.

Senti um arrepio percorrendo a minha espinha. Do tipo bom de calafrio.

Não me senti eu mesma quando percebi que meu corpo estava ficando quente justo onde a mão dele tocou na minha cintura.

Me virei para ele arregalando os olhos, ao que ele me deu uma piscadela e me puxou para dançar.

O que diabos estava acontecendo comigo? Eu gosto de Gael? Por isso reagi dessa maneira?

As perguntas foram pipocando na minha cabeça.

Perdida nos meus devaneios, quase perdi o equilíbrio quando ele me girou na pista, mas por sorte me agarrou bem na hora. Me puxando mais para perto do seu peito, ele mirou bem nos meus olhos e vi sua miríade de emoções percorrer seu rosto.

Sem ter certeza se deveria fazer isso ou não, mas convencida de que precisava saber o que estava acontecendo, baixei um pouco minha barreira telepática para ler os seus pensamentos.

'Ela é tão bonita. Talvez se eu der o melhor de mim, consiga ficar com ela. De qualquer maneira não encontro minha companheira e Amanda é uma boa garota. Me sinto atraído por ela, será que é a minha companheira?', eram os pensamentos que corriam na mente dele.

Apesar da minha curiosidade, não consegui me concentrar muito.

Como se soubesse que havia algo errado comigo, parecendo até que sentia que eu estava tentando ler seus pensamentos, ele me olhou com uma expressão chocada antes de me soltar do seu abraço.

Tropecei em mim mesma e já estava me preparando para o impacto com o chão quando alguém me segurou. Senti aquele choque elétrico perpassando meu corpo novamente.

Deduzi quem havia me segurado. Ao me endireitar, me virei para olhar e me deparei com uma expressão irada de ninguém menos do que Edgar.

"O que você está fazendo aqui, vestida dessa maneira? Não podia usar algo mais apropriado?", de repente ele soltou com faíscas saindo dos olhos.

Encarei o homem diante de mim, percebendo que sua tez era tão sombria naquele momento que parecia estar querendo sugar minha alma. Um contraste total com quem eu me lembrava da manhã.

De repente, atinando para a pergunta que ele havia feito, abaixei a cabeça para ver o que eu estava vestindo. Não havia nada de errado com aquelas roupas, já havia visto meninas usando shorts e tops mais curtos que mais pareciam sutiãs esportivos. Então por que diabos eu era a única a ser repreendida?

"Olha, senhor Edgar, se você tem qualquer tipo de problema com as minhas roupas, pode simplesmente dar meia-volta e ir embora. Fui convidada para esta festa e é por isso que estou aqui, mas de qualquer maneira, não tenho o menor interesse em eventos de psicopatas, só vim aqui porque Marcelo me convidou. E, até onde posso ver, as garotas estão usando roupas mais ousadas e estilosas que a minha, portanto se o seu problema é somente com as minhas roupas, me permita lhe dar um conselho: Vá procurar um médico!", retruquei, sem saber direito por que havia ficado tão indignada com isso.

Respirei fundo, procurando controlar minha raiva e notei que havia algo errado no ambiente. Olhei ao redor e percebi que todas as outras pessoas haviam parado o que estavam fazendo e se viraram para nós para assistir à briga.

Fantástico! Como se aquela cena não pudesse ser mais humilhante.

Saudei Marcelo com um sorriso uma última vez antes de deixar a festa. Não era o tipo de garota que aceitava ser tratada daquele jeito, só porque havia um cara de quem eu gostava na festa.

Ao respirar o ar do lado de fora, senti uma onda de alívio percorrer meu corpo.

Me sentei numa pedra aleatória e me coloquei a massagear a cabeça, que doía terrivelmente. Era a primeira vez que me sentia assim só por tentar ler os pensamentos de outra pessoa.

Normalmente, não me custava nem um pouco ler mentes, conseguia fazer isso facilmente com umas cem em sequência. Talvez estivesse me sentindo assim porque não praticava fazia uns 6 ou 7 meses e agora que tentei novamente, senti o baque da falta de prática.

Suspirei alto e, quando estava prestes a me levantar, escutei um farfalhar de folhas perto de mim.

Somente então me dei conta que estava numa área cercada por árvores enormes. Devia ser a floresta que havia visitado da última vez, se não me falha a memória.

"Quem... quem está aí?", perguntei.

O farfalhar das folhas foi ficando mais alto e, antes que eu pudesse agarrar um pau ou algo assim para me defender, encarei a coisa que surgiu diante dos meus olhos.

Imediatamente abandonei a ideia de agarrar um pau porque, mesmo que estivesse segurando um tronco grosso, não seria capaz de me defender daquilo.

Na minha frente estava parado um gigantesco lobo. Seus olhos castanhos se fixaram em mim como se eu fosse sua presa. Mesmo em suas quatro patas, ele era mais alto do que eu e também possuía um corpo musculoso, portanto eu não tinha a menor chance contra ele.

Puxei meu celular com as mãos trêmulas e tentei chamar alguém enquanto o encarava, e ele, por sua vez, observava atentamente cada um dos meus movimentos.

Com o canto dos meus olhos, percebi que ele começou a andar na minha direção, o que fez com que eu deixasse cair o celular imediatamente.

Será que ele estava com raiva de mim porque peguei meu celular?

Pois é, gente, é assim que você se torna comida de um animal gigante!

Por Deus, eu não queria morrer assim.

Depois de tudo que havia sofrido até agora, não podia simplesmente morrer sendo comida por um urso-lobo gigante.

Sabia que deveria correr numa situação dessas, mas contra um lobo desse porte, isso não passaria de inutilidade. Além disso, os animais selvagens não gostavam desse tipo de coisa, de perseguir presas? Talvez... talvez se eu implorasse pela minha vida, ele me deixaria viva?

Ainda estava matutando sobre essa ideia quando reparei que já estávamos bem próximos.

'É agora ou nunca, Amanda. Você consegue', procurei animar a mim mesma.

Imediatamente me coloquei de joelhos e comecei a implorar.

Ao me ver nessa posição, o lobo balançou a cabeça, como se estivesse confuso ou pensando alguma coisa.

Me pareceu um bom sinal.

"Urso-lobo, por favor não me coma. Veja, sou tão magrinha e você é tão grande, não haveria como você saciar sua fome completamente. Quem sabe te dou o endereço de onde há uma festa acontecendo? Se você gosta de comida vegetariana, pode comer qualquer coisa das mesas e, caso prefira comer carne, há várias opções de pessoas com as quais você pode se alimentar. É um bom negócio, portanto, por favor, posso ser poupada?", supliquei de olhos fechados.

Ainda estava clamando pelos bons sentimentos do lobo, pensando em que mais poderia dizer, quando senti uma lambida na minha coxa que gelou minha espinha.

'Ele está me provando? Talvez esteja vendo se atendo seus padrões alimentares ou não', pensei comigo mesma, assentindo diante dessa ideia e começando a rezar.

'Por favor, não goste do sabor, por favor, não goste do sabor. Apliquei uma loção antes de sair de casa, como lobos têm bom olfato, é possível que ele não goste do sabor químico na pele. Por favor, pense que estou suja e não sou digna de ser comida', suplicava na minha mente.

Antes que pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, aquele lobo selvagem se sentou na minha frente e abaixou a cabeça, colocando ela suavemente sobre o meu colo.

Encarei para aquele animal enorme, estupefata e sem saber como agir.

Por acaso estava pedindo para que acariciasse sua cabeça? Ou talvez estivesse procurando um travesseiro para descansar?

Hmm... poderia ser isso. Dormir no chão duro da floresta deve ser desgastante e desconfortável, por isso ele quer se deitar no meu colo.

Abri os olhos para encará-lo e, deus que me perdoe por pensar isso de um animal selvagem, mas ele era tão fofinho. Com seus olhos brilhantes e bem abertos me observando, parecia um pet que queria brincar com seu amigo.

Reunindo a pouca coragem que me sobrava, coloquei a mão sobre a sua cabeça, sentindo seu pelo aveludado.

Seu pelo era tão espesso que minha mão mergulhava para dentro dele a ponto de eu não conseguir vê-la.

Ouvi um leve ronronar vindo dele e foi a coisa mais linda e amorosa que já escutei em toda minha vida.

Pela primeira vez, depois de um ano, sorri verdadeiramente feliz.

                         

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