- Primeiramente eu não preciso que ninguém me defenda e em segundo lugar eu estou com uma grande duvida. Você vai me bater ou me beijar? – Disse Allex abrindo um lindo sorriso de deboche para Juan que ficou estático sem falar nada, por alguns segundos.
- O que está acontecendo aqui? – Perguntou Lincon entrando na sala
- Nada demais, estava esperando ganhar um beijo do Juan, mas acho que o tempo dele acabou. – Disse Allex com um sorriso ainda maior – e pra constar Juan, você não faz meu tipo.
Juan já irritado soltou Allex e saiu da sala chutando algumas cadeiras e mesas.
- O que realmente estava acontecendo aqui?- perguntou Lincon
- Nada demais, ele veio me ameaçar com o papinho da escola ser dele, e eu apenas fiz um piada com ele.- Disse Allex
- Mas se ele te beijasse? – Indagou Lincon
- Como disse, ele não faz me tipo – Allex sorriu
- E eu?
- Você o que? – Perguntou Allex olhando para o menino.
- Faço seu tipo?
- Talvez – Disse Allex surpreso.
Lincon se aproximou de Allex e quando estava quase o beijando.
- Seu pai está lá na quadra te procurando – Disse Sophie entrando na sala
Os dois meninos se assustaram então Allex deu um tchau para os dois e seguiu de encontro ao pai.
- Pai o que faz aqui? – perguntou Allex
- Quando chegar em casa conversamos filho. – Respondeu o homem, os dois já estavam
dentro do carro.
- Você não me contou que o Scott estava estudando no mesmo colégio que você? – Disse Paul
- Eu não sabia que ele e a Sophie viriam estudar aqui – Respondeu Allex
Chegando em casa...
- Vamos para o seu quarto Allexander – Disse o homem em tom autoritário
O menino subiu acompanhado pelo seu pai.
- Você quer mesmo transformar minha vida em um inferno não é Allexander? – Disse o homem já alterado
- Do que você está falando pai? – perguntou o menino confuso.
- Hoje o senhor Gerard me ligou perguntando se eu sabia das marcas que tinham no seu corpo, você as mostrou para ele?
- Não é bem assim pai, eu derramei suco na minha camisa, e quando eu tirei todo mundo viu, e ele entrou no refeitório e me levou até a sala dele e me fez um monte de perguntas e eu disse que não precisava se preocupar, pois eu mesmo resolveria isso.
- Bem pelo visto ele não caiu no seu papo furado, veja bem – disse o homem pegando o filho pela garganta – eu não quero esse diretor me enchendo o saco, e transformando minha vida em um inferno, odeio esse povo que acha que pode salvar o mundo.
- Transformar sua vida em um inferno, assim como o senhor faz com a minha?- Questionou o menino.
O homem então solta o filho se vira de costa para ele, pensa por um segundo, e então vira com tudo e dá um soco em Allex com a mão esquerda, fazendo com que a aliança que ele usava corte o rosto do garoto logo abaixo do olho.
- Allexander, me desculpa, mas é que você me tira do serio – Diz Paul se aproximando do menino para ver direito o estrago.
Allex leva a mão no machucado limpando o pouco de sangue que escorria.
- Acho que já está feliz por hoje afinal fez sua "boa ação", se o senhor não se importar eu gostaria de ficar sozinho – Disse o menino sem derramar uma só lagrima.
- Espero que o aviso tenha ficado claro – Disse por fim o homem saindo do quarto.
Allexander era forte, mas assim que o pai deixou o quarto ele ao aguentou desabou no chão e começou a chorar, não pela dor física, mas sim pela dor emocional, pois tudo que o menino sempre quis foi que o pai o amasse, mas desde os sete anos de idade o pai deixou de ser o mesmo. Allex não aguentava mais tanta humilhação e com o passar dos anos tudo só ia piorando, mas o que ele poderia fazer? Ele não iria se arriscar a deixar sua mãe saber de tudo e também ser espancada pelo pai. Restava a Allex sentar e esperar o dia em que tudo mudasse, se é que algum dia tudo mudaria!