O que você não me roubou
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Capítulo 2 01 - Ester

DIAS ATUAIS

O

melhor dia da minha vida, transformou-se no meu pior pesadelo. Eu sabia o que estava acontecendo, mas eu estava forçando o meu cérebro para não acreditar. Minha mãe segurou firme o meu braço, e me impediu de avançar.

- Você não precisa passar por isso, querida! - Sua voz saiu fina.

- Mamãe, por favor! - Implorei encarando o meu braço, então, ela me soltou.

Minhas pernas e mãos estavam trêmulas, meu coração doía tanto quanto batia - minhas mãos estavam gélidas e minha garganta fechava a cada vez mais. Segurei na maçaneta da porta e a girei.

Lágrimas involuntárias desciam do meu rosto a cada gemido alto que o Thiago dava enquanto transava com a Elisa, ao me verem, nenhum tiveram reação. Eu não merecia passar por aquilo, e eles sabiam bem disso.

- Gostando do que vê, Ester? - Elisa debochou no exato momento em que Thiago gozou dentro dela, gemendo ainda mais.

- Você é uma vadia, Elisa! - Gritei e minha mãe subiu as escadas correndo.

- Eu não acredito nisso! - Disse minha mãe, e no mesmo momento Elisa se cobriu e Thiago engoliu seco.

- Podemos explicar! - Thiago tentou argumentar vestindo suas roupas por de baixo do pano.

- Isso é muito para mim!

Engoli o choro e voltei a descer. Elisa sempre conseguia o que era meu, e com o Thiago não seria diferente. Minha cabeça estava começando a ficar turva, as lágrimas desceram sem aviso prévio - me sentei no sofá e deixei com que elas saíssem, não consegui levantar o meu olhar, mas distingui os perfumes, todos estavam vendo a cena deprimente.

- Há quanto tempo? - Perguntei, referindo-me as traições de Thiago.

- Muito tempo - Ele gaguejou.

- Como você pôde, Elisa! - Exclamou minha mãe - E você, eu confiei minha filha mais nova a você! Ela te amava! - Mamãe o empurrou.

- Foi mais forte do que eu, dona Mirian - Ele lamentou.

- A carne só é fraca quando não se tem caráter.

Eu não tinha reação alguma. Tudo o que eu acreditava, foi destruído por quem me jurou amor eterno, e agora, eu tinha certeza de que o amor não passava de uma invenção criada pelo homem para alimentar o seu próprio ego.

- Eu estou grávida - Elisa disse baixo, mas todos ouviram e com clareza.

O primeiro soluço saiu da minha garganta, e por mais que eu estivesse tentando engolir o choro, não estava adiantando. Então, um barulho fino de duas coisas se chocando ecoou na sala - levantei o meu olhar e encarei a Elisa, que se encontrava com a mão em seu rosto.

- Pegue suas coisas e vá embora dessa casa agora, Elisa. - Ordenou a minha mãe me deixando boquiaberta.

- Está me expulsando? - Ela questionou.

- Saia da minha casa e não volte até segunda ordem - Apontou para a rua.

Elisa não passaria muito tempo fora de casa, na hora da raiva muitas coisas indesejadas saíam de nossa boca. Ela voltaria, e eu não quero estar aqui quando o dia chegar.

            
            

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