REFÉM DE UM MAGNATA
img img REFÉM DE UM MAGNATA img Capítulo 3 Dois
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Capítulo 6 Cinco img
Capítulo 7 Seis img
Capítulo 8 Sete img
Capítulo 9 Oito img
Capítulo 10 Nove img
Capítulo 11 Dez img
Capítulo 12 Onze img
Capítulo 13 Doze img
Capítulo 14 Treze img
Capítulo 15 Quatorze img
Capítulo 16 Quinze img
Capítulo 17 Dezesseis img
Capítulo 18 Dezessete img
Capítulo 19 Dezoito img
Capítulo 20 Dezenove img
Capítulo 21 Vinte img
Capítulo 22 Vinte e Um img
Capítulo 23 Vinte e Dois img
Capítulo 24 Vinte e Três img
Capítulo 25 Vinte e Quatro img
Capítulo 26 Vinte e Cinco img
Capítulo 27 Vinte e Seis img
Capítulo 28 Vinte e Sete img
Capítulo 29 Vinte e Oito img
Capítulo 30 Vinte e Nove img
Capítulo 31 Trinta img
Capítulo 32 Trinta e Um img
Capítulo 33 Trinta e Dois img
Capítulo 34 Trinta e Três img
Capítulo 35 Trinta e Quatro img
Capítulo 36 Trinta e Cinco img
Capítulo 37 Trinta e Seis img
Capítulo 38 Trinta e Sete img
Capítulo 39 Trinta e Oito img
Capítulo 40 Trinta e Nove img
Capítulo 41 Quarenta img
Capítulo 42 Quarenta e Um img
Capítulo 43 Quarenta e Dois img
Capítulo 44 Quarenta e Três img
Capítulo 45 Quarenta e Quatro img
Capítulo 46 Quarenta e Cinco img
Capítulo 47 Quarenta e Seis img
Capítulo 48 Epílogo img
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Capítulo 3 Dois

- Solte-me. - Ordeno a ele, mas de nada adianta.

- E por que eu faria isso? Estou gostando dessa proximidade. - Ele se aproximava cada vez mais, o cheiro do seu perfume me deixa tonta, eu não consigo entender como posso me sentir atraída por alguém que ia me machucar, se é que ainda não vai me machucar. Tento recuar, mas, estava imprensada entre ele e a mesa.

- Non toccarmi! (Não me toque!)

- Sei bellissimo la mia piccola. (Você é linda minha pequena). - Ele me acha linda. De alguma forma esse pensamento me alegrou.

- Não sou tão pequena. - Não posso ser fraca e deixar esses homens fazerem o que querem comigo. Onde está o meu orgulho? - Afaste-se de mim, senhor.

- Você não manda em mim, ponha-se em seu lugar. - Ele parecia irritado com meu comportamento. - Eu não lembrava que as brasileiras eram tão difíceis. - Eu não me surpreendo de ele falar português, nem de saber que sou brasileira, faz tempo que estou falando português, mas, não tinha notado que ele me entendia. - Ainda mais uma facile donna. - Ele completa em italiano.

- Eu não sou uma mulher fácil...

- Como não? Meu primo é tão bom de cama que você me rejeita? Quanto ele te pagou? - Dessa vez ele foi longe demais. Empurro meu joelho com tudo, o fazendo recuar de dor. Quem ele pensa que é, me ofendendo dessa forma? Idiota como sou, ainda pensei em ceder as suas investidas.

- Por que fez isso?

- Porque não sou suas vagabundas. Não me toque.

- Você vai se arrepender por ter feito isso. - Senti meu corpo todo se arrepiar, mas dessa vez de medo. Ele não me parece uma pessoa que faz ameaças à toa.

- Eu quero ir embora. - Digo me sentindo cansada de repente. Seu rosto parecia uma máscara sem expressão nenhuma.

- Faça como quiser, mas, não pense que vai se livrar de mim, você agora me pertence.

- Eu não sou de ninguém, eu sou dona de mim. - Falei assustada.

- Tarde de mais. - Ele diz com ironia. - Quem mandou vir até mim?

- Não tive muita escolha...

- Isso é conversa. - Que homem arrogante, onde fui me meter meu Deus? Onde fui me meter? Que arrependimento por ter saído à noite passada, você é uma estúpida Cecile por fazer as vontades de Lívia.

Lívia é a minha melhor amiga, todos os dias conversamos pelo Skype e noite retrasada, ela me convenceu a sair. Mesmo longe, ela pode ser convincente quando quer.

- Imagine-se em meu lugar. No momento em que alguém se aproxima, flertando com você, mas, quando você menos espera esse alguém te empurra dentro de um carro e te força a entrar em um hotel, onde outro alguém te força a fazer o que você não quer.

- Eu não forcei você a nada.

- Se dizer isso o faz sentir-se bem quando deita sua cabeça no travesseiro. Você é igual a Jonas, duas pessoas aproveitadoras.

"Meu Deus, o que me levou a dizer isso? Ainda em voz alta."

Eu nem conheço esse cara.

"E nem quero conhecer."

Tudo bem que eu queria ofendê-lo, mas, o que causou foi totalmente o contrário.

- Abbastanza (Já chega). - Ele grita em italiano me fazendo encolher e recuar de medo. - Nunca mais me compare a esse homem.

"Acho que fui longe demais."

- Mattias? - Ele chama alguém. Um homem alto e atraente, de cabelos castanho claro em um terno preto feito sob medida aparece na sala. - Mattias, leve essa mulher daqui. - Ele falava como se eu não estivesse aqui e de alguma forma aquilo me magoou.

- Para onde Andrew? - Ele falava sem formalidades, deve ser alguém bem intimo.

- Para casa dela. - Eu quase suspirei de alívio. - Agora me deixem sozinho.

Ele não precisou pedir duas vezes. Saí sem olhar para trás. Uma parte de mim quer vê-lo novamente, mas, a outra metade, quer que eu fique o mais longe possível desse homem.

- Mattias, você não parece Italiano. - Digo, já no carro, um utilitário prateado. Passo meu endereço a ele e vamos embora.

- Sou brasileiro. - Ele afirma me deixando surpresa.

- Eu também sou. - Respondo a ele em português.

- O que me denunciou? - Ele pergunta com um sorriso descontraído.

- Seu sotaque. - Digo retribuindo o sorriso. - De qual parte do Brasil você é?

- Do Nordeste da Bahia, um interior chamado Retirolândia.

- Eu sou de Salvador, moro em Brotas. Fico feliz por conhecer alguém do meu estado.

- Eu também. - Ele afirma.

- Como você veio morar na Itália, Mattias?

- Um homem foi até Ritirolândia e atraiu vários jovens, alegando ser de uma agência de moda, eu nem estava presente no dia. Mas, esse homem me viu na rua e disse que eu tinha o perfil e convenceu minha família. Eu nem queria vim, só tinha 16 anos na época, eu pensava em namorar, terminar os estudos e ir para a faculdade. Mas era tudo mentira da parte dele, no momento em que chegamos aqui, ele nos forçou a se prostituir. - Fiquei abismada com o que ele disse.

- Sinto muito Mattias...

- Tudo bem, já é passado. - Ele diz com uma facilidade. - Fiquei nessa vida por seis meses, consegui fugir e comecei a passar fome, foi quando conheci Andrew, eu tentei roubá-lo. - Ele diz com um sorriso nos lábios. - Eu contei tudo a ele, ele me ajudou e ajudou a todos os outros jovens também, viramos amigos.

- Meu Deus, você passou por tanta coisa. Por que não voltou ao Brasil depois que ele te ajudou?

- Ele me fez uma proposta.

- Qual?

- Ele me ajudaria a terminar meus estudos e fazer minha faculdade de administração, em troca trabalharia para ele.

- Como motorista? - Pergunto incrédula.

- Não, sou seu braço direito, assistente executivo, a única pessoa que ele confia. - Ele completa com orgulho.

- Você falando assim parece até que esse homem é uma boa pessoa.

"Aquele idiota mandão, delicioso."

Que pensamento foi esse? Pare de pensar nesse cara Cecile, esse homem a humilhou, te tratou mal.

- Ele não é ruim depois que você o conhece.

- Sei. - Digo não acreditando no que ele diz.

- Ele só está com raiva. - E o que eu tenho a ver com isso? - Você estava com Jonas, eles dois são inimigos. - Ele faz uma expressão estranha, acho que ele falou demais.

- Eu não estava com Jonas, não no sentido que ele imagina, Jonas me sequestrou. Mas nem sequer aquele homem escutou o que eu disse, aquele troglodita. - Ele apenas sorrir para mim. - Por que o senhor Castillo é inimigo de Jonas? - Por um instante ele me pareceu desconfortável mais uma vez.

- Isso você terá que perguntar a ele.

- E a sua família Mattias? - Decido voltar ao nosso assunto de antes.

- Eu nunca contei a eles o que se passou comigo, eles iriam sentir-se culpado. Todo mês mando dinheiro para eles.

- Moram em Retirolândia ainda?

- Sim, não querem sair de lá por nada. - Ele diz sorrindo e eu retribuo o sorriso. - E você?

- O que tem eu?

- Eu falei muito sobre mim, mas não sei nada sobre você.

- Verdade, agora nem dá mais.

- Por quê? - Ele pergunta não entendo nada.

- Já chegamos.

- Verdade.

- Tome meu whatsapp, vai ser bom ter um amigo aqui. - Tiro um pedaço de papel e uma caneta dentro de minha bolsa e escrevo meu número, em seguida entrego a ele. - Agradeço a carona, Mattias. Ele sai, faz à volta no carro e abre a porta para mim. Dou dois beijos, um de cada lado de sua face e saio.

Mattias até que é bonito e atraente, mas, aquele homem não sai da minha mente, me sinto uma idiota.

- Quem ele pensa que é? - Digo em voz alta, entrando e batendo a porta com força. - Espero nunca mais vê-lo.

Vou até meu quarto, coloco minha bolsa no guarda roupas, meus saltos no sapateiro e vou até o banheiro, me despindo. Tiro a roupa e jogo no cesto de roupas sujas. Tomo um banho frio, me sinto cansada, já passa das oito da manhã e ainda não dormi, daqui a pouco tenho que ir para a faculdade.

Vou estudar um pouco. Assim que termino o banho vou até a sala, ligo meu notebook, caminho até a cozinha para pegar uma maçã na fruteira e volto para a sala e começo a estudar.

Foi o pior estudo que tive em minha vida, minha mente não conseguiu reter nada. Paro de estudar e decido dormir um pouco, aqui no sofá mesmo. Ponho o alarme do celular para despertar às 13h00min da tarde, já que a prova é às 15h00min e pego no sono rapidamente.

            
            

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