Alice
img img Alice img Capítulo 2 Chegando
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Capítulo 6 Os gritos img
Capítulo 7 As feridas img
Capítulo 8 O Presente img
Capítulo 9 O desfile img
Capítulo 10 O jantar img
Capítulo 11 A declaração img
Capítulo 12 Acidente img
Capítulo 13 Doente img
Capítulo 14 Alucinações img
Capítulo 15 As desculpas img
Capítulo 16 Coisas a resolver img
Capítulo 17 A conversa img
Capítulo 18 A casa nova img
Capítulo 19 A casa nova 2 img
Capítulo 20 Ciúmes img
Capítulo 21 Primeiro dia de trabalho img
Capítulo 22 Aulas de auto defesa img
Capítulo 23 Os primeiros clientes img
Capítulo 24 Uma doença img
Capítulo 25 A Decisão img
Capítulo 26 Desmaiando img
Capítulo 27 O parque de diversões img
Capítulo 28 Flores para o lixo img
Capítulo 29 A festa img
Capítulo 30 Um recado img
Capítulo 31 O passado 1 img
Capítulo 32 O passado 2 img
Capítulo 33 O passado 3 img
Capítulo 34 Acreditando em Alice img
Capítulo 35 Comida maravilhosa img
Capítulo 36 O passado de Arthur img
Capítulo 37 O reencontro img
Capítulo 38 O favor img
Capítulo 39 Comprando lingerie img
Capítulo 40 A proposta img
Capítulo 41 A decisão img
Capítulo 42 Conhecer a sogra img
Capítulo 43 Tentando agradar a sogra img
Capítulo 44 O pedido de desculpas img
Capítulo 45 O medo foi embora img
Capítulo 46 Negociando img
Capítulo 47 O ciúme de novo img
Capítulo 48 Dormindo juntos img
Capítulo 49 O presente img
Capítulo 50 Apresentando os amigos img
Capítulo 51 A doença da mãe img
Capítulo 52 O pedido de desculpas img
Capítulo 53 Alice traindo img
Capítulo 54 Um pedido especial img
Capítulo 55 Notícias ruins img
Capítulo 56 Mais pedidos de desculpas img
Capítulo 57 Debaixo da figueira img
Capítulo 58 O sequestro img
Capítulo 59 O resgate img
Capítulo 60 Alice não pode ver Arthur img
Capítulo 61 Arthur acreditava em Alice img
Capítulo 62 Acidente ou armação img
Capítulo 63 Vendo Arthur img
Capítulo 64 A volta de Arthur img
Capítulo 65 A desconfiança img
Capítulo 66 o Jantar img
Capítulo 67 A surpresa img
Capítulo 68 O pedido img
Capítulo 69 A conversa no banheiro img
Capítulo 70 O chalé img
Capítulo 71 Voltando a realidade img
Capítulo 72 A inauguração img
Capítulo 73 Visita surpresa e o fim de tudo img
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Capítulo 2 Chegando

Quando Alice percebeu que o ônibus tinha parado já estava na capital. O céu já estava escuro e as luzes da cidade já brilhavam para mostrar que estava em um lugar totalmente diferente. Até mesmo a rodoviária era muito maior que na sua cidadezinha, com muitos ônibus parados e passageiros embarcando e desembarcando.

Ela saiu do ônibus arrastando a sua mala e resolveu ligar o celular para olhar a hora. Uma pessoa com muita pressa esbarrou nela, mas nem olhou e correu na direção de outro ônibus parado ali. O celular que estava na mão de Alice caiu no chão longe dela e trincou a tela.

- As pessoas aqui não olham para onde estão indo, passam pela gente como furacão. – Resmungou ela.

Quando estava ajuntando o celular do chão, ouviu um choro desesperado de uma criança. Olhou em volta e viu um garoto abaixado atrás de uma floreira, agarrando suas pernas.

-Oi, garoto! Posso te ajudar? Onde estão seus pais?

-Você só pode me ajudar se você vai me tirar daqui e me levar para bem longe. – Gritou o garoto. – Do contrário fique longe de mim.

-Pra onde você quer ir? Onde estão seus pais? Você não me respondeu essa última pergunta.

O garoto acalma um pouco o choro, mas logo começa de novo, não conseguindo falar. Alice fica com muita pena dele e o abraça falando.

- Venha aqui. Um abraço sempre ajuda quando estamos tristes. Que tal a gente comer um lanche, eu estou com fome. Você não está?

O garoto simplesmente assente concordando entre os braços da Alice. Eles caminham alguns passos e logo encontram uma lanchonete praticamente vazia devido ao avançado da hora. Sentam-se em uma mesa perto da janela e uma garçonete muito jovem, mascando chicletes aparece para fazer o pedido.

-O que vocês vão querer?

-Eu quero um café preto, sem açúcar e bem forte e para comer um sanduíche. E você garoto?

-Eu quero cachorro quente, tem? -ele responde animado- E refrigerante.

A garçonete assente para responder a pergunta do menino e anota os pedidos. Quando a garçonete sai Alice olha para o menino e pergunta:

-Você pode me dizer o seu nome e o que está fazendo a essa hora em uma rodoviária sozinho?

-Eu queria fugir daqui, já que não tenho ninguém que me ama. Só que a mulher do guichê disse que só posso ir acompanhado de um adulto.

-Então você fugiu de casa? – Ela sorriu pensando na ironia, dois fugitivos lanchando na metade da noite em uma rodoviária.

-É.

-Depois de lancharmos você precisa voltar pra casa, está bem? Você lembra do seu endereço?

-Sim, eu sei o meu endereço. Só que não quero voltar pra casa. - Ele dá um suspiro de decepção e depois continua: - Meu pai nunca tem tempo pra mim, trabalha o tempo todo, não ganho nem meus beijos de boa noite que ganhava uma vez. Acho que ele não me ama mais.

- Não diga isso, seu pai deve te amar muito. Só deve estar ocupado demais par te dizer isso. E agora ele provavelmente está desesperado procurando você.

O garoto dá um suspiro novamente. O Lanche chega e os dois devoram, pois estavam famintos. Alice pega o garoto por uma mão e sua mala na outra e os dois saem da lanchonete depois de pagar a conta.

- Já que você me contou a razão de ter fugido, pode me falar seu nome? Perguntou Alice.

- João Pedro. E o seu?

-Alice.

-Minha mãe me contou a história da Alice no País das Maravilhas a muito tempo. - Começou a chorar de novo.

Nesse momento ele chegaram ao ponto de taxi e entraram em um. Então Alice deu um abraço apertado no garoto que parou de chorar e deu o endereço para o motorista.

Ao longo do caminho houve um silencio mortal. Ninguém falou nada. Alice estava olhando o mar de prédios pelos quais estavam passando que com o andar do taxi foram diminuindo, dando lugar a casas luxuosas. Quando passaram pela entrada de um condomínio o guarda olhou viu João Pedro e os deixou passar.

O taxi parou bem em frente a casa de João Pedro. Alice paga o taxi e sai pasma de admiração por aquela mansão de dois andares, muitas janelas, um jardim de contos de fadas e a entrada da casa tem uma porta enorme de madeira maciça. Ela anda em direção a porta imaginando qual será a reação do pai de João Pedro, torcendo para que não seja um homem tão frio quanto o menino falou.

            
            

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