Capítulo 4 Predestinados

Geralt.

Larguei meu santuário de lobos. Acreditei que iria passar o resto da vida nesse lugar odioso, mas assim que completei meus 18 anos, finalmente pude me libertar. Estava super curiosos para conhecer o mundo, eu não aguentava mais ser tratado como objeto de estudo por esses malditos mestres. Desde a minha cerimônia de maior idade e da cerimônia de formação do clã dos bruxos e lobos, eu ansiava por sair desse lugar.

Meus mestres finalmente resolveram me dar minha sonhada liberdade e me deixar explorar esse mundo.

Por mais que eu não goste do clã dos bruxos, eu sei que eles são minha família. A única que eu tenho. Minha mão é presente em sonhos, e meu pai nunca conheci. Sei somente de sua fama. Sentirei falta de todos, até dos mestres que pareciam me vê como experimento.

Estou completando 19 anos hoje, e pretendo passar pela temida floresta das bruxas, para ano após largar o lar dos lobos, ainda estava trilhando meu caminho ao redor do mundo.

Ainda não conheci metade do que planejei, mas já conheci vários domínios humanos.

Muitos lugares eram odiosos. Rodeado de reis mesquinhos, que só visavam enriquecer as custas do seu povo. Para eles não importavam que seus cidadãos estivessem perecendo. Em alguns lugares eu pude ajudar, em outros eu não era bem recebido.

Fui criando fama, e acabei ficando conhecido como lobo branco por causa da cor dos meus cabelos. A cor dos meus olhos quase sempre eram a causa dos meus problemas. Muitos me chamava de bruxo por ter cor de olhos violeta. O que não era mentira, mas eles não precisavam dessa confirmação.

Retornei algumas vezes ao reduto dos lobos, e tive a indicação para trabalhar para um rei. Seguir rumo ao castelo do Rei sobrenatural Heríades, para oferecer meus serviços como guerreiro. Que tipo de ser era o rei? Não fazia ideia. Mas fui bem recomendado pelos mestres a ele.

Segundo meu mestre eu não posso mostrar meus poderes para os humanos, mesmo sendo poderoso, eu não poderia enfrentar tantos, sozinho. Com exceção do rei Heríades, que aceitava em seu domínio todo tipo de criatura e era fortemente contra todas as doutrinas da igreja. Ele clamava liberdade para seu povo, e acreditava que humanos e as criaturas sobrenaturais poderiam conviver todos juntos.

Os humanos odeiam tudo que difere deles, e eu queria entender o porquê de tudo isso. Não gosto de andar nas sombras, mas por enquanto irei respeitar os humanos e colocar em prática tudo que aprendi com meus mestres.

Eu gostava de andar pela floresta. Podia deixar meu lobo Siriús correr livremente na mata, sem arriscar ser pego. Era raro poder liberta-lo. Então sempre que estava pela floresta densa, eu o deixava livre. Plokta meu cavalo branco, ficava bem agitado no começo, mas já está habituado ao meu lobo, e meu lobo a ele.

Cavalguei o dia todo e já estava escurecendo quando cheguei a tão temida floresta das bruxas.

Resolvi parar num local rodeado de pedras. Seria ótimo para passar a noite. O chão era tomado por um capim macio, o qual iria me servir de cama. Me deitei e senti uma leve brisa e um cheiro de baunilha e morango. Me levantei para sentir de onde vinha o cheiro e foi então que eu vi uma forte luz vindo do meio daquele local estranho rodeados por pedras, pude então vê que era um local sagrado, e quando olhei para o meio, meus olhos ficaram petrificados numa bela jovem parada ao lado de uma mesa de sacrifícios e um altar para algum tipo de divindade. Perguntei-me como não vi ela e a luz brilhando ao redor.

Eu não conseguia desviar meus olhos daquela donzela, e me assustei quando vi outras duas mulheres sussurrando algo ao meu lado. Elas diziam:

Jovem bruxo, tire suas roupas imediatamente. Você pisa em solo sagrado...