- Vamos até a minha sala e falarei o que deves fazer senhorita Alves. - eu falei indo a minha sala, Alice me seguiu. - Quer beber alguma coisa?.
- Não obrigada - ela respondeu.
- Então senhorita Alves, você ficará responsável pelos contratos e ligações e me ajudar em algumas reuniões. Meu secretario te explicará melhor.
- Ok.
Nessa hora meu secretario apareceu, ele disse que uma mulher queria me ver, eu falei para ele explicar melhor as coisas para a Alice enquanto eu atendia essa mulher.
Ela veio até minha sala, quando vi era minha amiga.
- Glória, o que faz aqui. - eu falei surpreso.
- Vim ver meu amigo.
- Sente, me conta as novidades, faz anos que não te vejo. - eu falei dando um sorriso curto.
- Muito trabalho não dá tempo para nada, mas dessa vez vim me divertir aproveitar - ela levantou e passou a mão em minha perna, não esbocei nenhuma reação.
- Que bom. - eu falei fechando a cara e tirando a mão dela.
- Não faz isso Fe . - ela falou manhosa.
- Se quiser ser minha amiga, vai ter que me respeitar. - eu falei seriamente.
- Nossa que mal humor. - ela falou.
- Não me diga que está ficando com alguém e agora é sério. - ela falou rindo, eu olhei para ela bravo.
Nessa hora Alice trouxe um café. Esse não era o trabalho dela, mas tudo bem , ela queria ajudar, meu secretario devia estar ocupado para trazer café.
Ela veio entregou o café para Glória e a comprimentou, depois entregou o café para mim, fiquei observando seus olhos castanhos. Até que voltei para a realidade, ela foi Glória ficou me encarrando.
- O que foi ?. - perguntei sério.
- Esse olhar que olhou para ela é novo. - ela falou me encarrando.
- Por favor, só não diga que tá com ciúmes da secretaria, você não tá velha para isso. - eu falei na defensiva.
Ela fechou a cara depois que falei isso
- Te espero na minha casa para um jantar hoje. - ela falou se levantando e indo, eu nem falei se inha ela já tirou as conclusões.
O dia se passou, amanhã seria sábado então eu só trabalharia de manhã, que no descanso.
Eu estava indo vi que Alice ainda não tinha ido, me aproximei.
- Está ainda aqui . - perguntei sentando ao lado dela.
- Está chovendo muito, não sei se meu guarda chuva aguenta. - ela falou passando as mão nos braços em sinal que estava com frio.
- Venha eu te levo. - eu falei.
- Não precisa senhor Felipe, logo a chova para e eu vou. - ela falou nervosa.
- Acho que a chuva não vai parar tão cedo. - falei sorrindo, quando percebi o sorriso que eu dei fechei a cara, essa mulher estava mechendo comigo.
- Tá bom, mas pode descontar do meu salário. - ela falou sem jeito.
- Não precisa. - falei.
Então fomos pra o carro , o caminho para casa dela, nós ficamos quietos, ela parecia estar nervosa, mas porque será.
Cheguemos ela saiu do carro rapidamente, me agradeceu e saiu, era um lugar lindo onde ela morava e humilde, ela tinha esquecido o telefone, então fui até a porta da casa dela para bater, ouvi umas conversas. A sorte é que a chova tinha parado, o céu estava só um pouco nublado.
- Mãe de novo não. - parecia a voz da Alice falando.
- Me de um motivo para não fazer. - uma voz desconhecida.
Eu bati na porta, Julia apareceu, quando me viu levou um susto.
- Senhor Felipe. - ela ficou disfarçada
- Vim trazer seu celular que ficou no carro.
Uma mulher apareceu tombaliando.
- Ui quem é esse playboyzinho gato com esse carrão. - ela falou.
- Mãe. - Alice falou, pude perceber que ela corou.
- Pode me dar um minuto. - ela falou me olhando.
- Claro. - eu falei.
Alice foi para dentro de casa, logo depois voltou.
- Me desculpa, me desculpa mesmo senhor Felipe. - ela falou sem jeito.
- Não precisa. - eu falei.
Pude perceber que ela queria chorar mas se manteve forte. Então ela se abriu para mim.
- Minha mãe, ela tem problemas com bebida. - ela falou desviado o olhar para conseguir se manter firme . - Desde que o pai morreu ela se jogou, eu tenho que sustentar ela é a mim, quando perdi meu serviço a esperança se foi, eu procurei serviço mas eu não consegui achar, o aluguel tava atrasado nós estávamos com problemas financeiros, aquele dia quando te conheci estava no meu limite, mas você mudou as coisas. - ela falou me encarrando, nessa hora meu coração disparou.
- Não se preocupa Alice. - eu falei colocando minha mão em seu ombro. - Vou fazer algumas mudanças no seu salário, e eu tenho um amigo que ele trata pessoa com problemas de álcool.
Um brilho em seus olhos surgiu, mas logo desapareceu.
- Não posso aceitar. - ela falou se distânciando.
- Senhorita Alves, não é nada.
- Não quero abusar do senhor, estou grata por tudo, com o salário que me paga dar de cobri todos os custos. - ela falou sorrindo. - Vou deixar o senhor respirar um pouco, depois de eu te encher com meus problemas, tenha uma boa noite. - ela falou se despedindo.
Essa mulher é cheia de surpresas.